Capítulo 39

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Um som alto de metal batendo fez todos os que estavam dentro da gaiola despertarem. Uma das portas de metal tinham sido abertas.

-Vamos lá demônio! Andando! – Hate rugiu para o homem na passarela que tinha aberto a porta – Vamos! Ande! – Homens que estavam do lado de fora das grades (cerca de 6) lhe influenciaram a andar com bastões longos de choque, tentando faze-lo andar. Os demais que estavam na mesma pilha de corpos que ele se afastaram, com medo dos choques. Hate se afastou de 850, já que ele não podia se movem para longe dele. Mas não desistiu de brigar com os bastões, tentando investir contra as grades e contra os homens – Pare de se machucar atoa 666! Ande! – Snow ficou as costas de Hate, também rugindo para os homens. Valiant, Tiger e Ascension fizeram o mesmo, surpreendendo os guardas – Desde quando eles se protegem assim? – O homem estava realmente surpreso.

-Desde que falaram pra esses animais que eles são gente – Outro homem, do lado de fora das grades diz. Usou uma coleira forca para enlaçar o pescoço de 850, o puxando tanto que logo começou a ficar com o rosto pálido. Os demais da gaiola tentaram puxar de volta o bastão ou livra-lo do aperto do cabo de aço – SE AFASTEM OU EU QUEBRO O PESCOÇO DELE!

-Para fora e nós não matamos 850!

-Anda demônio! – Hate olhou para todos. Snow não queria deixar que Hate fosse. Não sabia o que fariam com ele. Ainda assim Hate o obrigou a se mover quando o empurrou para o lado com certa brutalidade. Parou na porta, segurando a grade aberta.

-Solte-o, e eu saio! – Olharam para o homem que parecia ser o líder deles. Um homem grande na casa dos 40, com os cabelos já grizalhos e olhos severos. Ele fez um aceno para o que segurava o bastão com a coleira, que soltou 850. Hate saiu da grade, vendo-o tossir bastante enquanto tentava recuperar o fôlego. O portão se fechou, e o ameaçaram de novo com choques para continuar a andar pelo corredor de grades.

Acabou indo parar em uma gaiola menor, sendo levado com uma empilhadeira para outro lugar. Não tentou se soltar. Tinha que estar com todos quando fosse fugir. Não os deixaria para trás. Sabia que Luci cuidaria de 850, e o levaria para casa.

Não tentaria sair, mas prestou bastante atenção em volta, tentando ver por onde poderia sair. Pensou ver para onde ficava a saída, pelas placas nas paredes, no entanto estava sendo levado para o lado oposto. Tinham muitos guardas, realmente. E médicos. A maioria direcionou seus olhares a ele, que se sentiu uma atração de circo ou algum animal preso em um zoológico. Detestava isso. Luci tinha lhe explicado da importância de alguns zoológicos para a preservação de espécies em risco de extinção - pelo menos os zoológicos que se importavam com o bem estar de seus moradores - mas não via mais que uma prisão. Detestava tais lugares. E circos? Luci também os abominava! Usando animais como atrações, mostrando um “espetáculo” em frente as pessoas para depois torturar criaturas tão magníficas por trás do picadeiro. Gostava muito de elefantes, não só por serem gigantes gentis, mas também porque os entendia. Como era mostrar sua força em frente a um público para depois ser torturado detrás de grades. Tudo era um grande show para esses humanos patéticos.
Só queria voltar para sua Luci e para o seu amor.

Foi colocado em frente a uma porta, que foi aberta antes que encaixassem a grade. De novo o portão foi aberto, e ele farejou antes de entrar. Sentiu cheiro de produtos para pele, que June costumava passar em sí mesma para evitar marcas em sua barriga. Entrou ali, vendo uma mulher que olhou com pânico para ele quando o viu.

-ME DEIXA SAIR DAQUI!

-Fique quieta mulher! Vai irrita-lo. Eu já te disse – Outra voz do lado de fora da sala lhe disse.

A porta de metal se fechou atrás dele, e foi trancada. A mulher chorava em pânico, tentando achar um jeito de sair. Hate ficou parado onde estava, se sentando no chão e olhando confuso para ela. Seu choro era irritante. Por que colocaram uma mulher ali com ele?

Hate - Novas Espécies (Livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora