Capítulo 44

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(Se tiver algum erro de ortografia, por favor, me avisem. As vezes passa batido nessa correria de digitação)

Snow se agarrava com força ao banco do passageiro, que estava a sua frente, cada vez que Slade fazia uma curva. Não gostava de veículos, e menos ainda quando estavam a mais de 140km/h. June estava naquele banco, o ouvindo rasgar mais a cada vez que Snow se agarrava com mais força. Tentava não rir da sua cara assustada, segurando um lenço contra o corte em sua barriga para estancar o sangramento. Não sabia se tinha parado de sangrar, e não tiraria a pressão para checar. Não podia perder sangue. Tinha que dar tudo ao seu filho, que insistentemente chutava o lugar do corte, como se soubesse que poderia sair por ali se ele, ou ela se debatesse o suficiente.
Não quis saber o sexo. Queria uma surpresa.

O pai de seu bebê tentava a tranquilizar, mas estava apavorado. Jack mantinha uma calma fria, estando no grande porta-malas, eu estava sem o tampão para poder ver por cima dos bancos traseiros, enquanto mantinha um aperto firme no pescoço de Omarley, que era onde tinha pegado o tiro.

Em um trajeto que normalmente demoraria mais de 2 horas, Slade fez em 45 minutos. E teria ido mais rápido se June não o tivesse ameaçado de “parir de susto”. Parou em frente a emergência do hospital local, descendo e abrindo a mala enquanto a equipe de 5 Novas Espécies no carro em que os seguia desceram primeiro, para espantar alguns repórteres que já estavam ali. Uma maca foi levada até eles, e Omarley se deitou nela. Jack puxou um revólver do coldre em sua perna, atirando para o alto, afastando as pessoas da frente da entrada do hospital.

-Que tal esta notícia senhores?! “Coronel aposentado morre porque repórteres não deram passagem para leva-lo para a cirurgia”. Da uma manchete e tanto... – Os repórteres saíram da frente, deixando os médicos trabalharem. Slade trocou palavras com Jack, e o homem deu um aceno com a cabeça, apertando sua mão. June fez a leitura labial quando Jack disse um “obrigado”. Slade voltou para o carro. 4 Novas Espécies seguiram Omarley enquanto o 5° entrou no carro, para tira-lo da frente da emergência.

-Desculpe June. Tenho que te levar para alguém de confiança. Não podem ver sua barriga.

-Tudo bem. Acho que já parou de sangrar. Mas queria tratar isso para não deixar cicatriz.

-Vou te levar para a minha esposa. Ela vai cuidar de você.

-Tudo bem. Obrigada – Snow tocou sua barriga, esfregando o rosto ao dela. Como um 6° sentido, seu filho parou de chutar, se acalmando ao seu toque, se mexendo devagar agora.

-Você está bem, meninão?

-Agora estou. Você está comigo agora – June sorriu, acariciando seu rosto. O beijaria, se o alcançasse – Tive medo de não ver nosso filhote nascer.

-Ele, ou ela, é bem obediente. Pedi para te esperar voltar. Nem nasceu e já é obediente – Slade sorriu junto aos dois.

-Queria que Forest me obedecesse quando o peço para parar de chorar – June riu com ele – Fico apavorado quando Trisha sai para cuidar de alguém. Fico sem saber o que fazer. Mas a pouco descobri que ele fica calmo quando o coloco deitado no meu peito.  

-É quentinho e tem cheirinho de papai. É claro que ele vai gostar. O Forest é muito lindinho...

-Eu que fiz – June riu de novo, depois mudando sua expressão. Slade dirigia a caminho de uma pequena base militar, onde tinham pego os carros e deixado os helicópteros.

-Seu filho só não vai ser tão bonito quanto o nosso.

-Duvido! Meu filho tem a minha cara. É claro que vai ser mais lindo que o seu.

-Está dizendo que não sou bonito?

-Não. Estou dizendo que sou mais bonito que você.

-Nos seus sonhos! Pergunte a June... June, sou mais bonito do que ele, não sou?!

Hate - Novas Espécies (Livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora