Prólogo

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— Você está louca, só pode! - Ethan parece querer me bater mas eu não posso me ajudar

— Ethan, você é meu melhor amigo, por que você não pode me ajudar com isso?

— Porque eu sou seu melhor amigo! - ele rebate e eu respiro fundo — Você realmente acha que alguém vai acreditar que nós dois de repente estamos apaixonados?

— Pode funcionar, Ethan, passamos a maior parte dos dias juntos. - ele nega e eu respiro fundo frustrada

— Lídia, não é porque eu não te amo, está bem? Eu te amo e muito, por isso mesmo que não vou te ajudar nessa besteira. - ele passa a mão pelos cabelos os colocando no lugar — Não há nenhuma necessidade de você fingir estar noiva de alguém só porque seu ex namorado está prestes a casar. - com ele falando assim eu realmente acho uma bobeira mas quem disse que uma mulher raivosa age pela razão?

Eu não quero parecer humilhada perante meus antigos colegas de faculdade, nem parecer encalhada porque estou com vinte e oito anos e não tenho nenhum namorado. Ou ficante. Ou um crush se quer. Eu realmente estou na seca mas ninguém além de mim mesmo precisa saber disso.

Eu não pensava desse jeito até a última sexta feira.

Quando a mentira saiu pela minha boca eu pensei obviamente no Ethan. Ele é meu melhor amigo e eu confio plenamente nele, como poderia pensar que ele ia me dizer um redondo não?

Mas eu não vou desanimar, não mesmo. Eu preciso arranjar alguém para fingir ser meu noivo apenas por alguns meses, só até eu tirar esse idiota do meu pé.

Por que mesmo o Scott foi aparecer justo agora?

— Você não quer mesmo ir almoçar comigo? - meu amigo me pergunta e eu nego levantando da cadeira

— Não, vou voltar para a clínica. - e tentar achar outra pessoa para me ajudar

Eu poderia fingir que virei gay, não é? Mas eu não conheço nenhuma menina lésbica ou alguém que toparia. Além de achar ruim fingir ser de um segmento já tão banalizado pela sociedade. Eu poderia chamar o José, mas eu não quero ser taxada de corna pelo estado.

Ethan me leva para fora do seu escritório e encontramos a deusa ruiva que se chama Ivy. Essa mulher não deve saber o que é acordar feia porque a beleza dela é extravagante demais.

Na frente do balcão de trabalho da Ivy está o idiota do Noah. Ainda continuo sentindo o mesmo desprazer que a primeira vez mas piorou por ser obrigada a conviver com ele. Tudo isso porque minha melhor amiga se casou por um acordo com o melhor amigo dele.

Espera um minuto. O Noah! Como eu não pensei nisso antes?

Eu ando até ele a passos rápidos deixando meu amigo falando sozinho e seguro seu braço. Noah se assusta mas eu não me importo, apenas puxo ele para dentro de sua sala e nos tranco lá dentro.

— Você está maluca? - ele se solta quando estamos dentro de sua sala

— Definitivamente. - eu respiro fundo — Eu preciso da sua ajuda. - bom, e foi assim que eu assinei um contrato com um idiota

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