Eu quero ter um filho.
Tudo bem que essa não deveria ser a primeira coisa que eu penso quando me olho no espelho depois de tomar um banho mas é o que passa pela minha mente.
Não tenho o que reclamar, minha vida é muito boa. Tenho um emprego bom, dinheiro não me falta, um apartamento grande e confortável, já transei com mais mulheres do que posso me lembrar e até agora tudo estava indo bem até eu perceber que estou com mais de trinta e cinco anos e não tive um filho ainda.
Meu melhor amigo, Antony Labarra, tem a minha idade e já tem três filhos. Três pestinhas que amam aprontar para cima de mim mas que faz meu amigo feliz.
Não sei se o que penso é o mais inteligente da minha parte mas eu quero algo assim. Para que eu me mato de trabalhar e junto dinheiro desde a adolescência se não tiver ninguém para deixar isso quando eu morrer?
Eu quero um filho agora. É estranho? Talvez, mas se eu deixar para muito tempo depois eu não vou ser pai e sim avô do meu próprio filho!
Eu tiro a toalha da minha cintura e deixo sobre um móvel do banheiro. Eu estou bem para ter minha idade.
Idade? Desde quando isso foi algo tão importante para mim?
— Ei, sugar daddy. - a mulher que trouxe para o hotel comigo me chama do quarto e eu franzo a testa
Sugar daddy? Quantos anos ela acha que eu tenho para me encaixar nesse termo?
Eu volto ao quarto e encontro ela numa posição que, se ela não tivesse me chamado de velho, eu adoraria mas só me causa asco.
— Se veste e vai embora. - digo e volto para o banheiro para pegar a toalha
— Ir embora? - a mulher grita e eu apenas reviro meus olhos
Me visto mesmo com os gritos dela e assumo que odeio essa parte da noite também. Mas por que toda mulher que me encontra numa balada ou bar e aceita ir para um hotel comigo acha que vou me apaixonar e casar com ela? Fala sério, eu disse que era sexo casual antes de sair da balada e aqui estamos, com a mulher jogando as coisas em mim e eu revirando meus olhos com as palavras nada puras que ela me lança.
Eu saio do quarto e vou embora do hotel caro no centro de Manhattan. Obviamente paguei minha hospedagem e um acréscimo porque sei que a mulher vai quebrar todo o quarto. Não é a primeira vez que algo assim acontece comigo.
Eu vou para meu apartamento e troco de roupa antes de ir para o escritório. Não posso me dar o luxo de faltar um dia no escritório porque sou o CEO do meu escritório e tenho compromissos. Sorte é do Antony que, se quiser, pode faltar porque tem centenas de pessoas para o ajudar. Eu não, tenho poucos advogados no meu escritório e nenhum pode me substituir.
Isso é uma mentira, grande e feia, porque o escritório cresceu nos últimos anos e tive que contratar mais advogados. É verdade que eu sou o CEO já que meu amigo me deixou a um ano para assumir sua própria empresa, mas posso ser substituído faculdade pela Crystal ou pelo Ethan.
Eu entro na minha Bugatti La Voiture Noire vinho e faço minha bebezinha rodar as ruas de Nova York até o meu escritório.
Eu aceno para algumas pessoas quando desço do meu carro. O segurança pega a chave e vai estacionar meu carro enquanto eu entro no prédio onde meu escritório já ocupa mais da metade dos andares. Há apenas dois andares que faltam para o prédio ser todo meu, um escritório financeiro se nega a sair e parece que eu vou ter que pegar pesado para conseguir o que eu quero. Como sempre.
Ivy está no telefone com um sorriso bonito e pisca para mim assim que passo por ela. Eu gosto de saber que uma amiga tão pessoal está por perto e me ajudando a fazer esse lugar andar.
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Nosso Contrato
Chick-LitLídia Woods está acostumada a cuidar dos outros e colocar suas vontades para depois. Ela fica adiando tanto viver que acaba vendo sua vida passar pelos seus olhos como se não a estivesse vivendo. Tudo piora quando ela reencontra o homem que ela juro...