— Acho que o senhor já bebeu demais. - a bartender fala mas eu não me importo
— Quero a garrafa. - digo colocando três notas de cem sobre o balcão do bar
— Acho que eu posso te dar outra coisa bem melhor do que esse uísque barato. - ela se inclina e provavelmente me mostra muitas coisas através do decote profundo de sua camiseta mas não olho
— Não estou interessado. - recuo e volto a olhar para a televisão que exibe uma reprise de um jogo do NY Yankees, só de lembrar de como conversei sobre eles com o pai da mulher da minha vida dói meu peito
— Vamos lá, sei que meia hora comigo vai te fazer esquecer qualquer uma que te magoou. - me irrita pensar que ela classifique minha tigresa desse jeito mas eu apenas a ignoro — Vai me dizer que não me quer?
— Eu estou noivo. - não sei mais se estou, se bem que ela não me devolveu o anel da minha avó
— Garanto que sei fazer melhor do que ela.
— Eu duvido. - tomo o restante do meu uísque e me levanto — Fica com o dinheiro para você comprar um vibrador para amenizar esse seu fogo. - vamos lá, não me julguem, ela realmente está com fogo
Jack está de braços cruzados sentado no meu carro. Ele parece realmente puto, mas não deve ser porque fugi dele e peguei o carro bêbado, não é? Ele é só esse tipo de cara que fica puto do nada.
— Me dá as chaves. - ele nem diz oi e eu cruzo meus braços
— Por que está rabugento? - eu bombeio para o lado mas consigo me equilibrar — Que vento forte, sentiu?
— Não está ventando, Noah, você que está bêbado!
— Você me chamou de Noah! - eu digo rindo — Finalmente!
— Me dá a chave do carro. - ele não parece tão feliz como eu por nosso relacionamento ter evoluído
— Sabia que eu tinha medo da palavra relacionamento? - pergunto depois de pensar um pouco — Eu nunca tive um até a Lídia aparecer.
— Todo mundo sabe disso, senhor White. Por favor, me dê a chave. - ele estende a mão e eu cruzo meus braços
— Por que tanta hostilidade? Até voltou a me chamar de senhor White.
— O senhor dirigiu bêbado da sua casa até aqui, fugiu da segurança e bateu em dois carros. - eu dou de ombros — Os dois carros são dos seus próprios seguranças, senhor White!
— Sorte a minha que não vão me processar então. - eu rio e tento passar por ele para entrar no carro mas ele me para
— Ou o senhor me dá a chave ou eu mando rebocar seu carro. - eu tento retrucar mas, em um movimento muito rápido para meu subconsciente bêbado, ele pega a chave da minha mão e me enfia dentro do carro
— Ei. - eu só consigo reclamar quando ele se senta ao meu lado no banco do motorista — Eu poderia...
— Poderia o que, Noah? Me diga? - ele briga comigo — Você não está se aguentando em pé!
— Está querendo dizer que estou bêbado? Porque eu estou ótimo! Nunca estive melhor. - eu cruzo meus braços e pareço uma criança birrenta
— Que dia é hoje? - eu franzo a testa — Dia do mês e da semana.
— Domingo, dia dois. - ele bufa
— É quarta feira, dia oito. Dia dois foi quinta feira passada. - eu o olho sem acreditar — O senhor não se lembra? Vê em seu celular para ver se estou mentindo ou não. - eu tateio meus bolsos atrás do meu celular mas não acho — Aqui está. - ele joga o celular no meu colo — Foi roubado a uma hora.
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Nosso Contrato
ChickLitLídia Woods está acostumada a cuidar dos outros e colocar suas vontades para depois. Ela fica adiando tanto viver que acaba vendo sua vida passar pelos seus olhos como se não a estivesse vivendo. Tudo piora quando ela reencontra o homem que ela juro...