Capítulo 21 - Lídia Woods

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Crystal sorri quando me vê e eu faço o mesmo. É bom ver alguém conhecido nesse mundo de gente esnobe.

— Por que você não me disse? - eu pergunto quando a abraço e sinto ela rir

— Porque sei que não viria e o Noah foi um fofo com aquele pedido. - isso eu não posso negar

Nem em um milhão de anos eu imaginaria que o grande e fodástico Noah White iria me comprar uma centena de rosas e chocolates suíço apenas para me convidar para jantar. Tudo bem que na hora que ele falou eu pensei que era apenas um pedido por conta do nosso contrato mas ele explicou e foi bonitinho ver ele todo meigo me dizendo aquelas coisas doces. Ele ganhou tantos pontos comigo que nem faz ideia.

— A Ivy ficou bem com os meninos? - Crystal afirma quando nos afastamos

— Foi um alívio ela querer ficar lá junto com a babá, eu estava com medo. - eu sorrio porque isso é tão ela — Vem, vamos pegar alguma bebida. - eu encaro ela de festa franzida e olho para o Noah que está conversando com o Antony e um outro homem não conheço — Já volto. - ela diz para o marido que olha para ela imediatamente e afirma depois de olhar em seus olhos

Caminhamos para longe dos meninos e sinto os olhos do Noah em mim, na hora eu o olho e vejo que ele realmente estava me olhando e sorrio. Ele pisca para mim e mexe com meu coração algo tão simples. Eu o imito e volto a caminhar com a minha amiga.

A casa dos meus sogros está arrumada  para uma festa mas ainda é a casa elegante de sempre. A recepção do jantar é na enorme sala e tem um pequeno bar montado na divisão das salas. Vejo as pessoas andando de um lado para o outro, esbanjando suas jóias e ternos caros. Crys pede duas taças de champanhe e eu sorrio em gratidão ao barman.

Andamos lentamente pela sala até voltarmos para perto dos meninos. Eu percebo olhares sobre nós, principalmente quando chegamos perto dos dois gatos e eles predem a mão nas nossas respectivas cinturas. Parece sincronizado com o momento que as mulheres começam a cochichar entre si.

A noite passa com mais olhares e cochichos, Noah percebe e me pede para relaxar. Os pais dele aparecem para nos cumprimentar e nos leva para conhecer algumas pessoas. Eu apenas sorrio quando me apresentam como noiva do Noah. Minha sogra me surpreende ao dizer que sou uma médica do melhor hospital da cidade, que me formei com louvor em Harvard e tento não transparecer minha surpresa cada vez que ela me elogia.

Eu percebo que tudo isso é um negócio, que ela nos usa - eu e o Noah - como qualificações deles próprios e isso me enjoa. Piora quando o jantar é servido e sou obrigada a comer lesma. Noah ri da minha casa e eu o belisco por baixo da mesa.

— Você me paga por isso, idiota! - ele apenas ri e toma mais um gole de seu uísque

Eu mal toco na comida, tento comer a salada mas só de pensar o que passou por ali eu fico com nojo. Essas pessoas se dizem tão patriotas mas vivem comendo comida da França. Nada contra mas já ouvi falar que lá tem mais do que lesma ou coelhos. Esse povo rico tem casa loucura!

— Come pelo menos a sobremesa. - Noah sussurra no meu ouvido e eu tento sorrir mas tomei tanto champanhe que estou enjoada

— Por que não podia ser comida de verdade? - eu o pergunto baixinho e ele ri — Não sei como você pode comer isso. - ele dá de ombros

— Costume, eu acho. - um homem bate na taça de champanhe chamando a atenção e todos o olham

Ele fala por longos minutos sobre um homem íntegro, corajoso e fiel ao seus ideais e eu só fico pensando em que merda o Noah nos meteu. Eu o encaro e ele faz uma leve careta e eu quase gargalho, minha sorte é que estava bebericando meu champanhe outra vez.

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