Afinal acabou sempre por aguentar ficar mais tempo sem lhe contar. Esperou mais do que um ano, esperou mais do que dois, esperou quatro anos para conseguir voltar para casa e conseguir finalmente descansar como deve ser depois de seis/sete anos sempre a trabalharem em todos os álbuns que saíram até ao momento da pausa.
A banda precisava realmente de férias, sentiam-se esgotados e sabiam que não conseguiam dormir como deve ser desde que tinham saído da sua cidade natal quase sete anos antes.
-Mal posso esperar para ver a minha antiga cama. – Murmurou Gustav num tom ensonado, Bill riu-se e assentiu com a cabeça.
Tinham voltado mais vezes a Magdeburgo, mas sempre foi complicado de conseguir ver Dylan, quando eles chegavam lá: já ela tinha saído e sempre que ela voltava, tinham eles acabado de ir embora.
Bill estava com medo de já não sentir nada por ela, de já não sentir que a amava e de apenas sentir qualquer coisa pela sua voz... que acabara por ser uma mera esperança de sentir algo por ela quando voltasse finalmente.
-Achas que ela ainda gostará de mim? – Perguntou ao irmão gémeo que parecia estar num outro mundo que não aquele. Suspirou e deu um pequeno safanão em Tom. – Tu estás a ouvir-me?
-Desculpa, mas desde que saímos de Los Angeles e viemos para Berlim e que estamos enfiados nesta maldita carrinha que eu te estou a ouvir a dizer isso. – Resmungou e Bill assentiu com a cabeça em modo de pedidos de desculpa, realmente ele não poderia fazer nada e ele compreendia como o irmão se devia estar a sentir. – Neste momento tu não te vais embora enquanto não lhe disseres que estás apaixonado por ela.
-Mas e se...
-Logo verás.
Tentava ao máximo não entrar em pânico porque era o facto de "ir ver" que o estava a deixar naquele estado de nervos. Sabia que estava totalmente diferente do normal, tinha deixado de pintar o cabelo de preto há muito tempo e passou ao loiro, começava a pensar em pintar o mesmo de rosa choque. Deixara crescer a barba e a maneira de se vestir tinha mudado radicalmente. Tinha feito mais uns quantos piercings e mais umas quantas tatuagens, tinha mudado. Apenas Jenny e Andreas tinham consciência dessa mudança. Não sabia se Dylan tinha...
Chegaram ao destino em menos de meia hora, a carrinha parou na casa onde outrora tinha vivido. Não conseguiu deixar de sorrir ao pensar nos tempos que fora feliz lá e nos momentos vividos entre todos.
-Vamos entrar?
-Ainda têm a chave?
Os dois amigos perguntaram, enquanto pediam para que o segurança os deixasse estar e fosse estacionar a carrinha um pouco longe por via das dúvidas. Enfiaram a chave na ranhura e abriram a porta com calma.
-Já chegaste, Dylan? Pensava que irias... - Bill foi o primeiro a avançar quando ouviu a voz de Jenny. A mesma abraçou o melhor amigo sem saber o que dizer. Sentia as lágrimas já a quererem derramar com tudo o que estava a acontecer. – Há quanto tempo que não vos via... parece um sonho!
Respondeu concretamente e todos se riram. Na realidade, nos últimos quatro anos tinham acabado por ver mais Andreas pela parceria que os cinco tinham em relação ao design das capas dos seus álbuns e nas outras colaborações.
-Desculpa, querida, mas chegámos! – Georg confessou e foi ele o segundo a ser abraçado.
-Visita relâmpago?
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An Deiner Seite
FanfictionSobreviver era a sua única prioridade até finalmente sair de casa. Fugir foi a sua única opção. Confiar era uma das tarefas mais complicadas que ela alguma vez pensara ter de enfrentar em toda a sua vida. Estaria sozinha no mundo sem ninguém ao seu...