Durante o caminho, um dos telemóveis fez-se ouvir. Dylan assustou-me quando se apercebeu que era o dela. Automaticamente, tirou-o da mala. Assim que reparou no número de identificação, suspirou.
O seu coração tinha ficado apertado. Depois de tudo o que tinha acontecido, agora que a progenitora sabia, entendia que estariam sempre a falar e que a mãe iria querer saber como a mais nova estava num país totalmente diferente de onde a progenitora estava demasiado longe para a poder proteger.
-Olá. – A sua voz saiu estranha e ela tentou mostrar alguma naturalidade e falar com calma para que a sua mãe não estranhasse nada e não ficasse ainda mais preocupada. – Está tudo bem? Como está o pai?
-Está tudo bem, não te preocupes. O pai está bem. Estou há espera que ele volte do trabalho para irmos sair. – Ouviu de fundo uma voz e entendeu que o seu progenitor tinha acabado de entrar em casa e sorriu, olhou para a janela e reparou que estava quase na casa que agora poderia considerar a sua. – Espera, estou a falar com a Dylan. – Entendeu que não era para si, mas não escondeu o sorriso quando ouviu a voz do seu pai. – Entretanto, como correu o teu dia?
-Bem. Já consegui entrar na equipa de basquetebol. – Disse entusiasmada, era das poucas coisas que tinha contado à sua mãe quando estava em Londres ao longo da sua vida. Depois de tudo, tinha-se tornado reservada e... com a sua nova vida, tentava ao máximo deixar de o ser em demasia.
Quando se apercebeu, estavam já em casa. Saiu do carro e abriu ela a porta quando todos ainda falavam atrás dela. Bill fechou-a e foram todos para a sala de estar. Dylan sentou-se no sofá, com as chaves ainda na mão.
-A sério que está tudo bem? Estou preocupada contigo, não quero que nada te aconteça.
A preocupação visível no tom de voz da sua mãe era um murro no estômago por ter deixado o seu problema ter-se arrastado por tanto tempo. Suspirou e acabou por grunhir.
-Está tudo bem, estou a falar a sério.
Em pouco tempo acabou por desligar o telemóvel. Bill foi para o jardim e Dylan ficou na sala com os outros dois companheiros de casa. A morena olhou para a loira e, a mais recente inquilina arqueou a sobrancelha... passava-se alguma coisa?
-Obrigada por nos teres feito o pequeno-almoço. E sei que foste ver do teu horário, mas não precisas de sair tão cedo. Já vi que entramos sempre à mesma hora. – Dylan assentiu depois do que ouviu de Jenny. Mordeu o lábio inferior, especialmente depois de ver Tom a abandonar a sala para ir buscar uma cerveja para si. – Trás uma para mim! – A morena gritou e Dylan sorriu. A mais recente inquilina voltou a olhar para Jenny. – Sei que passou um dia e que está a ser tudo diferente para ti, mas nós somos teus amigos. Podes confiar em nós.
O baque que levou fez com que um formasse um leve sorriso. Jenny foi abraçada pela loira e Tom resmungou quando chegou e deixou a cerveja da rapariga em cima da mesa. Jenny levantou-se e abraçou Tom em modo de agradecimento.
Bill apareceu e foi abraçado pela morena quando largou Tom. O facto de pelo menos os ter a viver consigo, significava que poderiam ser amigos e que ela poderia confiar neles. Dylan, já conseguia confiar em Jenny pelo menos... não podia guardar tudo para si ao longo do tempo em que estiver com eles. Estava a tentar mudar isso em si.
-Vou fazer o jantar. – Disse e caminhou em conjunto com a rapariga para a cozinha. A loira pegou no pingente e apertou-o com força antes de olhar para Jenny com um sorriso amistoso. – Obrigada, Jenny.
A morena não estava a sorrir quando os seus olhares se cruzaram. Pegou numa cadeira e deixou-a ali para que ela se sentasse. A com um piercing sentou-se ao seu lado e esperou.
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An Deiner Seite
FanfictionSobreviver era a sua única prioridade até finalmente sair de casa. Fugir foi a sua única opção. Confiar era uma das tarefas mais complicadas que ela alguma vez pensara ter de enfrentar em toda a sua vida. Estaria sozinha no mundo sem ninguém ao seu...