Bill assustou-se quando ouviu a buzina de um carro. Jenny apenas se riu com aquele momento.
-É a minha filha, faz sempre isso para saberem que já chegou a casa. Vão reparar... - Começou a contar com os dedos e de repente uma chave foi colocada na porta e ouviu-se a voz de uma pequena menina que continuava a contar o seu dia e todos os momentos altos e baixos dele.
Bill tinha conseguido apanhar uma história sobre cigarros e sobre brinquedos emprestados e também em relação a duas pessoas e na forma como tinha caído... aquela devia ser realmente uma menina e tanto.
O loiro com piercings estava nervoso demais para se conseguir conter. Dentro de em breve iria ser analisado por uma menina de 4 quase 5 anos e pela sua melhor amiga.
Reparou quando uma menina de cabelos loiros chegou a correr com uma pequena mochila das princesas Disney com um grande destaque para a Cinderella. Sorriu para o conjunto da menina e o quão encantadora ela ficava com uns All-Stars pequenos.
Jenny foi abalroada pela menina que continuava ainda a rir-se pela forma como tinha chegado a casa.
-Mamã, fui ao escritório da tia! – Riu-se ainda mais com as novidades e continuava a beijar a bochecha de Jenny e a abraçá-la ainda com a mochila da Disney. – E olha! – Apontou para a pequena ferida que tinha nos dois joelhos que tinha feito e que tinha estragado por completo os collants. As feridas pareciam desinfetadas, mas não muito bem tratadas. - Achas que o pai vai ficar zangado?
Bill adorava como a filha dos amigos era: elétrica, simpática e não conseguia deixar de sorrir ao ver a forma como o facto de ter novas feridas a deixavam e logo a seguir essa excitação tinha morrido ao pensar no progenitor.
-Aposto que vai ficar mais preocupado do que zangado, mas o que é que aconteceu? – Perguntou ela enquanto ajudava a pequena a tirar o casaco e a mochila das princesas. A pequena apenas tinha tirado os sapatos por conta própria e começava a olhar para as pessoas que estavam à sua volta. – Onde está a tia?
-Ela abriu-me a porta e depois o George ligou. -Resmungou por não ter ido com Dylan para o trabalho mais uma vez. – Eu gosto dele, mas ele agora só quis que fosse ela a ir.
Jenny abanou a cabeça e notou quando a pequena se sentiu demasiado observada. Pegou nas suas coisas e agarrou-se ao pescoço da mãe, enterrando a sua cara no pescoço dela.
Bill achou aquele gesto a coisa mais bonita e amorosa de sempre e só queria sorrir para aquela menina o resto das suas vidas. A pequena não disse nada e toda a gente ficou em silêncio.
-Vai cumprimentar as pessoas...
A menina suspirou e assentiu com a cabeça. Saiu, com os pés descalços, do colo da mãe e depositou um beijo em cada bochecha dos quatro e Bill não conseguia estar mais babado com aquela menina: era uma querida.
-Sou a Taylor. – Estou enquanto se sentava ao lado da mãe e voltava a pegar nas suas coisas. Depois olhou para Jenny e esperou um sorriso de como tinha feito as coisas todas bem. Bill viu o sorriso de alegria da pequena quando a amiga lhe beijou a testa em modo de aprovação.
-Olá, eu sou o Bill.
-Eu o Tom.
-Georg.
-Gustav.
A pequena analisou cada um dos quatro sem dizer nada e demorou algum tempo. Bill apanhou os olhares de Jenny carregados de humor, pelos vistos ela sabia exatamente o que a sua filha estava a fazer e não negava que estava a achar piada.
-A minha mãe disse-me que ele era o mais fofo. – Apontou para Gustav e chegou-se perto dele e pegou-lhe nas mãos num grande à vontade que há minutos não tinha. – És fofo?
-Para ti? Sempre.
Parecia que tinha conquistado a menina por completo e Bill sorriu. Depois a menina passou totalmente para Georg e analisou-o com os olhos semicerrados.
-A minha mãe disse-me que eras engraçado. És engraçado?
-Yup.
A pequena sorriu para ele e assentiu com a cabeça. A pequena parecia estar a fazer uma entrevista analisando cada um dos candidatos para saber se poderiam realmente brincar com ela ou não. O loiro com piercings estava a adorar aquela forma de ser da pequena. Via-se a quem tinha saído, Jenny tinha exatamente o mesmo espírito dentro de si.
Depois passou para Tom e Bill esperou para saber o que Jenny ou Andreas tinham contado sobre o seu gémeo à menina, porque de qualquer forma iria fazer com que ele acabasse por rir, mordeu de imediato o lábio.
-O meu pai disse-me que és um mano mais velho. – Apontou ela enquanto passava a mão pelos olhos e os esfregava. Taylor olhava atentamente para a tatuagem que o irmão tinha no polegar, exatamente a dos pontos. – Podes ser o meu mano mais velho?
-Podes crer.
A pequena sorriu e abraçou-se a ele com força, porque parecia realmente isso que queria ouvir. Bill sorriu e abanou a cabeça, Andreas realmente tinha sido um ótimo amigo por ter dito aquilo sobre o gémeo, sabendo que desde sempre que tinha uma grande reputação de "cabrão". Pensava que tinha usado a sua filha para que naquele momento o pudesse insultar à grande e todos se pudessem rir.
Estava nervoso quando Taylor se colocou à sua frente. Era pequena e uma querida, os olhos eram grandes e amistosos e cheios de curiosidade sobre o mundo que a rodeava e ele estava totalmente disposto a ajudar a pequena a descobrir tudo.
A pequena pegou nas mãos dele e olhou atentamente para a tatuagem que tinha na mão, aquela que tinha feito logo depois de ter feito a sua primeira tatuagem de gémeos com Tom.
-O meu pai disse-me que cantas bem. – Bill riu-se para o que o Andreas tinha dito a seu respeito à sua filha. Olhou para Tom que começava a rir-se de ri. – Poderias cantar para mim? Ele também me disse que gostas do amor. – Bill assentiu com a cabeça e encolheu os ombros. – Cantarias para mim? Podes gostar de mim?
-Já somos os melhores amigos, princesa.
O dito fez a menina sorrir e abraçar Bill com força de um momento para o outro. Jenny sorriu para aquele momento delicioso. O rapaz levantou os polegares a fim de mostrar que a amiga estava a cuidar realmente muito bem da sua filha. Jenny emocionou-se com o dito e Bill reparou nos três rapazes a concordarem consigo.
No momento como aquele, ouviu-se a porta a abrir-se e duas vozes fizeram-se ouvir finalmente. Bill sentiu o seu coração a bater mais forte. Era naquele momento que tudo iria acontecer...
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An Deiner Seite
FanfictionSobreviver era a sua única prioridade até finalmente sair de casa. Fugir foi a sua única opção. Confiar era uma das tarefas mais complicadas que ela alguma vez pensara ter de enfrentar em toda a sua vida. Estaria sozinha no mundo sem ninguém ao seu...