#43 > Por favor, não faças nada estúpido.

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Nunca pensou que as coisas ganhassem tamanha proporção. Era o seu sonho, mas chegar onde tinha chegado e tão rapidamente, era realmente impensável. Nunca pensara que poderia partilhar um autocarro com os três amigos e irmãos e que dessa forma poderiam andar pela Europa inteira e que tinham conseguido ir de transporte até Londres para começar realmente o seu primeiro concerto da sua turné pela Europa. Depois de meses em entrevistas a promover o álbum que tinha saído também meses antes, finalmente estavam a começar a turné.

Não se lembrava de ter estado em Londres. Poder realmente estar lá era um sonho. Preferia ficar lá durante imenso tempo apenas para conseguir conhecer mais um pouco daquela linda cidade que era diferente da sua cidade natal.

Mordeu o lábio ao lembrar-se de que era a cidade natal de Dylan e em tudo o que tinha acontecido com ela até finalmente contar aos pais e entrar na faculdade e mudar-se para uma cidade diferente daquela.

A culpa era dele a forma como Dylan se sentia. Bill também não a conseguiu proteger numa cidade diferente e nada central. Suspirou.

Estava na sua cama que era mais um compartimento e com a cortina aberta por causa do calor que se fazia; não podia usar o ar condicionado porque sabia perfeitamente que isso poderia condicionar a sua voz. Suspirou quando viu passar Gustav a falar ao telemóvel por causa de algo importante e Georg que continuava atarefado com as coisas da banda na parte das finanças.

Afinal, o curso do amigo acabaria por ser usado nas suas carreiras como músicos. Já tinham realmente chegado a Londres e Bill esperava que o autocarro parasse finalmente, mas não sabia o que fazer durante o tempo em que ele estivesse em andamento.

Pegou no telemóvel e vasculhou o seu saldo, na tentativa de verificar se tinha saldo no telemóvel para fazer uma chamada que iria custar muito mais do que poderia realmente ter.

Fazendo os cálculos, passou para a lista de contactos e marcou o número de telemóvel da melhor amiga. Estava a morrer de saudades dela e há meses que apenas se contentava com a sua voz, no entanto, eram cada vez mais escassas as vezes que falavam ao telemóvel. Sabia que ela trabalhava realmente para a uma firma e que tinha de fazer o seu trabalho e não poderia estar sempre a receber chamadas.

-Sim? – Respondeu do outro lado da linha e o rapaz de cabelo preto mordeu o lábio, as borboletas no seu estômago voltaram num ápice por causa da voz da rapariga por quem estava apaixonado. – Olá, Billy. – Adorava quando ouvia o próprio nome vindo da sua boca, era perfeito e sentia-se demasiado nas nuvens para voltar. – Está tudo bem?

-Está tudo bem, desculpa estar a ligar-te. – Ela resmungou com a última parte do que tinha acabado de ouvir. Ignorou o irmão gémeo quando o viu a olhar para si quando reparou que estava a falar ao telemóvel com alguém. No final, ele revirou os olhos e manteve-se atento à conversa. – Estavas a trabalhar?

-Não, estava ainda a preparar-me. Mas está tudo bem com vocês?

-Está, estamos em Londres. Finalmente começou a turné. – Apontou logo. Não tinham dito a nenhum dos três amigos que tinham saído do país alemão, especialmente porque não os queria preocupar e deixá-los nervosos por irem sair para o primeiro concerto. Ouviu o riso dela e entendeu que estava feliz por ele. – O que me aconselhas a ver?

Quando perguntou, revirou os olhos quando ouviu Georg murmurando algo de que aquilo não era realmente nenhuma excursão e que estavam ali para trabalhar. Suspirou e voltou a focar-se em Dylan e em tudo o que ela tinha para lhe dizer.

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