#8 > Gostaste mesmo de brincar comigo.

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Estava a começar a irritar-se com todas pessoas à sua volta. Precisava de descobrir toda a informação que o rapaz tinha conseguido. Não podia passar mais tempo sem saber o que é que aquela miúda andava a fazer. Precisava de agir... ele precisava de a ver, de a ter e de acabar com o seu próprio sofrimento.

Os pais estavam em casa, infelizmente. Ele só queria entrar no quarto dela e conseguir ainda sentir o perfume da irmã. Excitado com a ideia, levantou-se e pegou nas suas coisas e saiu do quarto.

Ouviu a sua mãe a falar consigo, mas ignorou por completo. Sabia que a cabra estava feita com a sua irmã e que era graças a ela, Dylan tinha saído de Londres e de momento ele tinha de andar a procurá-la fora da cidade. Só aquela ideia o deixou sem vontade de ir ao quarto da irmã. Passou pela entrada em direção à porta de casa.

-Lucas, onde é que tu vais?

-Não te interessa, minimamente.

Respondeu ao pai de forma abrupta e violenta. Bateu com a porta de uma forma agressiva e entrou no carro que tinha. Conduziu até ao sitio do costume e antes de sair do veículo, encontrou logo o rapaz que por ali andava. Bingo...

Estava sentado no chão e parecia que tinha acabado de administrar mais uma dose ao seu corpo. Tirou do porta-luvas a sua arma, para o caso as coisas dessem para o torto. Saiu da viatura e andou até perto dele.

Quando o mais novo reparou em Lucas, tentou levantar-se o mais rapidamente possível. – Olá mano.

-Já tens o que te pedi? – Foi diretamente ao assunto, acendendo um charro que tinha feito antes de sair de casa. O rapaz inalou o cheiro que saia da substância. Lucas estava a perder a paciência com o tipo. – Tens ou não?

-Ia hoje mesmo falar contigo. – Tirou um papel das calças e constava lá tudo o que ele precisava de saber. – Tens aí tudo o que eu consegui sacar.

Abriu a folha e controlou a sua fúria ao ver o nome dela seguido da bolsa de estudos que tinha ganho. Estava numa cidade alemã tão pequena? Partilhava a casa com mais uns quantos? Guardou o papel. Entregou-lhe uma dose gratuita para o deixar feliz, fazendo assim a troca pela informação pedida.

Suspirando profundamente e acabou por voltar para a casa. Queria ir o mais rapidamente possível para a cidade onde a cabra da sua irmã estava a viver. Precisava de a ver, mas antes precisava de arranjar um plano.

Irritado, entrou em casa e voltou a fechar-se no quarto onde ninguém foi lá para o criticar. Sabia que os pais não queriam confusões e acabavam por se manter bastante de parte em relação a si, especialmente o pai que demonstrava um grande ódio por ele. Pegou no computador e acabou por fazer a reserva para o dia seguinte.

Pegou na sua mochila e acabou por colocar tudo o que precisava. Teria apenas de comprar um bilhete só de ida. Não sabia quando voltava... precisava de tempo e precisava de a ver. As coisas podiam demorar mais do que o normal.

Excitado com as suas próprias fantasias de a torturar, acabou por sair quando arrumou tudo. Entrou num bar que era perto de casa e por ali ficou bebendo e tentando encontrar uma rapariga suficientemente parecida a Dylan para conseguir fazer o que queria. Ao fim de meia hora, uma chamou-lhe a atenção. Bebia uma bebida qualquer e provocava-o bastante com o olhar.

Chegou perto dela e cumprimentou-a com um sorriso. Ficaram a dançar durante algum tempo e quando se apercebeu já a estava a beijar. Deixou numa das mesas as bebidas que tinham sido pedidas e saíram do estabelecimento juntos. Foram andando para o carro dela que estava estacionado e entraram na parte detrás do mesmo.

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