Não estava totalmente curado e ele sabia disso, mas sentia-se muito mais capaz de fazer o que quer que fosse já que não estava no hospital e ao lado das pessoas que amava.
Os pais da rapariga estavam no átrio do hotel e John também os acompanhava. Era sabido por todos que Dylan não voltaria nunca mais para a casa onde nascera e crescera, devido às más memorias que acabariam por regressar depois do pesadelo ter terminado.
-Têm a certeza que ficam bem? – Perguntou ela aos pais, enquanto deixava que o segurança dos gémeos levasse as malas dos três para o táxi, que os iria levar para o aeroporto. – Se quisessem podíamos ir todos...
-Por muito que não consigamos desculpar o teu irmão por tudo o que ele te fez, continua a ser nosso filho. – A mãe de Dylan confessou e suspirou enquanto ajeitava o suporte que tinha na mão e deixava que o marido a segurasse por muito que se mantivesse apoiada à moleta por causa da perna magoada.
O pai da rapariga continuava sem expressar qualquer emoção em relação ao irmão dela. Desde que Bill o conhecera que nunca viu nada da parte dele em relação ao seu filho, parecia que simplesmente estava desligado de emoção.
Não o podia censurar, soube que tentaram ajudá-lo desde que era mais novo em relação às drogas, mas fugia sempre e quando voltava parecia totalmente mudado e nada era como antes. O pai dela, principalmente ele, devia sentir-se culpado em relação ao que tinha acontecido à sua filha.
-Apenas quero saber se ele vai ser punido por tudo o que fez à minha filha. – Respondeu ele enquanto dava a sua mão à sua esposa. Bill reparou no quanto a mãe de Dylan sofria em relação a isso, mas ambos não poderiam fazer nada: Lucas estava perdido.
Saíram todos do hotel após feitas as despedidas e foram andando para ao táxi que já esperava por eles. John acabou por se despedir na hora e voltar para o escritório onde trabalhava, não tinha conseguido ter mais do que aquele tempo disponível e, portanto, não poderia ir com eles ao aeroporto.
-Obrigada por tudo, Johnny. – Disse ao amigo e abraçou-o com força. Bill olhou para a forma como o rapaz continuava a olhar para Dylan e sorriu. Eles seriam amigos para a vida.
Eles e os pais de Dylan encontraram-se todos no aeroporto. No terminal, a rapariga voltou a despedir-se dos pais e comprovou que tinham trocado os novos números de telemóvel e que nunca mais iriam deixar de falar uns com os outros.
Bill abraçou-a enquanto caminhavam para a porta de embarque depois de terem finalmente passado e terem feito todos os procedimentos. O segurança continuava atrás deles e Bill continuava a ser demasiado discreto para não atrair atenções especialmente de paparazzi. Não queria Dylan naquela vida, especialmente não lhe queria tirar a liberdade.
-Estás bem? – Ela perguntou-lhe e ele sorriu para ela, confirmando. Já não lhe doía como antes e tentava ao máximo fazer as suas coisas com cuidado e continuar a sua vida. – Não digas que não sentes nada, enquanto eu sei que sim.
Bill revirou os olhos e beijou-a na testa enquanto se sentavam nos bancos até ser hora de embarcarem. Sorriram um para o outro e Tom continuava a falar ao telemóvel mais afastado.
Possivelmente as coisas não andavam muito bem no mundo do irmão, especialmente depois de ter ido com ele para Londres sem dizer nada à pessoa com quem ele estava numa relação séria há anos. Olhou para Tom e ele continuava a falar ao telemóvel e pela forma como se estava a expressar, entendeu que a conversa não estava a correr bem.
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An Deiner Seite
FanfictionSobreviver era a sua única prioridade até finalmente sair de casa. Fugir foi a sua única opção. Confiar era uma das tarefas mais complicadas que ela alguma vez pensara ter de enfrentar em toda a sua vida. Estaria sozinha no mundo sem ninguém ao seu...