#47 > Desculpa, mas até prefiro o Bill a conduzir.

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Estava cansado, precisava de dormir mais do que o normal e parecia que ninguém o queria deixar descansar.

Tom tentava dormir nem que fosse um pouco na carrinha que os levava de novo para a casa deles em Berlim para reunirem o máximo de coisas para saírem do continente europeu e fazer uma nova promoção e começar uma nova turné pelo continente americano.

Bill nunca pensara que aquilo poderia acontecer, mas estava consideravelmente cansado e esperava que entre a turné europeia e a americana tivessem algum tempo para voltar para a cidade natal, mas parecia que não tinham qualquer hipótese de isso acontecer.

-Precisava de umas pequenas férias apenas para conseguir descansar, parece que não durmo como deve ser há dois anos.

-Isso é porque não dormes como deve ser há dois anos, Gustav. – Bill confessou enquanto suspirava.

Passaram dois anos em turnés em relação ao seu primeiro álbum e celebrando o facto de terem lançado igualmente a versão inglesa do mesmo, juntando dois dos álbuns que tinham saído ao mesmo tempo.

Suspirou. Há um ano que não conseguia ir para a sua cidade natal: desde que tinha estado a resolver as coisas da sua antiga casa e colocar tudo em nome de Andreas e de Jenny. Não via Dylan há mais tempo ainda.

Fechou os olhos tentando fazer a mesma coisa que o gémeo, mas era em vão. Os dois outros melhores amigos continuavam a falar, na tentativa de recordarem os melhores momentos que tiveram em todas as cidades e em todos os concertos.

Talvez se não tivesse o seu leitor de música sem bateria, teria colocado os seus auscultadores e assim teria realmente conseguido descansar alguma coisa.

-Porque é que vais dormir agora? Vais ter quase 8 horas para dormir no avião. Relaxa meu. – Comentou Georg enquanto ficava a mexer no telemóvel e falava com alguém. Bill tentava não se meter na vida dos melhores amigos, mas sabia perfeitamente que o rapaz andava muito interessado numa rapariga: estava ansioso para saber se aquilo acabaria por dar frutos ou não. – Agora diz-me lá, nunca pensaste em ter aulas de dança? Aqueles passinhos, tem muito que se lhe diga, Kaulitz.

-Vai te fuder Listing.

O mais velho dos quatro riu-se e abanou a cabeça e continuou a falar com Gustav. Tom virou a cabeça para a janela e ajeitou os óculos de sol enquanto estava a dormir. Manteve-se na mesma posição até finalmente chegarem a casa.

Bill tentou pensar em algo que não fosse aquela viagem. Estar numa cidade diferente, mas no mesmo país era uma coisa, outra era simplesmente estar num continente diferente. Aquilo significava ficar demasiado longe de Dylan.

Suspirou quando saiu do carro e entrou no seu quarto. Sentou-se na cama e pegou no caderno que em tempos partilharam. Abriu-o e passou a sua mão pela letra dela: sentia-se sempre mais perto dela.

Tom apareceu, ainda ensonado, ao pé da sua porta com um dos seguranças com as suas malas.

-Obrigado, desculpa não ter ajudado.

O gémeo não disse nada, deu a volta e saiu pela mesma porta que tinha entrado. Bill pegou no caderno e deixou-o em cima da cama, enquanto pegava nas suas malas e as abria.

Tirou algumas roupas e mudou-as para outras, outras ficaram e aquelas dos concertos teriam de ficar: acabaria por ser a sua imagem de marca.

Suspirou profundamente quando entendeu que tinha sido demasiado fácil voltar a fazer as suas malas para voltar ir embora.

Carregou por pouco tempo o seu leitor de música, enquanto tomava um banho e vestia uma roupa ainda mais confortável do que aquela que tinha estado a usar. No final, quando estava já com as malas na mesma carrinha onde tinha vindo – ficou sentado na sala a ver um pouco de televisão enquanto os amigos ficavam a arranjar-se.

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