#35 > Vais ser a primeira a sobreviver à comida dos Kaulitz.

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 Bill estava preparado para que a qualquer momento ela pudesse ter alta. Estava estável e o grande problema passava por ser psicológico. Nada de físico.

Sentiu o arrepio ao lembrar-se de todos os cortes que ela tinha em todo o seu corpo. Entrou no carro com Jenny e mordeu o lábio enquanto conduziam para o hospital para irem buscar a rapariga.

-Vais tu ajudá-la a vestir? – Perguntou à amiga que tinha finalmente parado de mandar mensagens a Andreas sobre algo que eles tinham combinado fazer. Bill continuava a olhar para a estrada e via o pôr do sol. – Acho que ela se sentiria mais confortável, do que se fosse com uma enfermeira.

-Tens razão. Eu vou ajudá-la.

Entraram no hospital e saíram do carro. Bill caminhou com a mala onde tinha a roupa dela e foram andando para o andar da enfermaria onde a sua melhor amiga ainda estava. Em tão pouco tempo e já tinha decorado o número do quarto.

Sentiu a rapariga a ficar demasiado hirta quando abriram a porta, mas assim que reparou neles sorriu. Lá dentro estava a médica que a estava a acompanhar para que ela não ficasse demasiado nervosa com o médico que anteriormente estava encarregue do seu caso e que tinha falado com eles quando tudo tinha acontecido.

-Já viste? Os teus amigos vieram buscar-te. Eu sabia que não irias sozinha para casa. – Sorriu. Depois, Jenny pegou na mala dela e deixou-a em cima da cama. A médica e Bill acabaram por sair do quarto para lhes dar alguma privacidade enquanto ela trocava de roupa. – Ela ainda está fraca mesmo com a transfusão que fizemos. Ela vai ter de tomar estes comprimidos por causa das dores, com especial por causa das costelasdentro de dois meses elas já devem estar reconstruídas. Entretanto, tentem que ela ande todos os dias. Está melhor, mas como disse está fraca. – Bill apontou tudo na sua cabeça e recebeu todos os papeis com as receitas que ela tinha. No final, foi com a doutora terminar os papeis por causa da nota de alta.

Quando finalmente estava tudo tratado e Bill já estava cheio com folhas, voltou para perto do quarto. Não abriu a porta, sabia que quando ela estivesse pronta, Jenny acabaria por falar.

Guardou os papeis na pasta que tinha trazido para aquele caso e guardou tudo na sua mala. Pegou no telemóvel e verificou as horas e mandou uma mensagem rápida aos amigos que Dylan iria realmente sair naquele dia.

-Já estamos prontas.

Bill entrou no quarto quando ouviu a voz de Jenny. Dylan estava sentada e totalmente composta com as suas calças largas e com uma t-shirt também larga. As marcas que tinha deixavam-na demasiado exposta. Olhou para os pulsos e mordeu o lábio – se as feridas que tinha nos pulsos fossem maiores, poderia ter deformado a sua tatuagem. Ela estaria ainda pior mentalmente.

-Vamos? – Ela não falou, assentiu com a cabeça. Sorriu para ele, quando Bill colocou o casaco que Jenny não tinha posto. Sabia que ela iria precisar daquilo para não se sentir tão mal, por causa das marcas que tinha.

Quando deu por si, a enfermeira tinha deixado a cadeira de rodas para quando se fosse embora e ali estava ela; na esperança de a poder levar até à entrada do hospital. Bill ficou sempre com ela, enquanto Jenny foi à frente para buscar o seu carro.

Ficou com ela e com a enfermeira até a amiga chegar. Depois, ajudou a levantar-se a e colocar-se dentro do carro. Jenny saiu do lugar do condutor e foi para os lugares detrás com ela. Bill conduziu até casa, sempre atento a como ela reagia.

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