Bill estava preparado para que a qualquer momento ela pudesse ter alta. Estava estável e o grande problema passava por ser psicológico. Nada de físico.
Sentiu o arrepio ao lembrar-se de todos os cortes que ela tinha em todo o seu corpo. Entrou no carro com Jenny e mordeu o lábio enquanto conduziam para o hospital para irem buscar a rapariga.
-Vais tu ajudá-la a vestir? – Perguntou à amiga que tinha finalmente parado de mandar mensagens a Andreas sobre algo que eles tinham combinado fazer. Bill continuava a olhar para a estrada e via o pôr do sol. – Acho que ela se sentiria mais confortável, do que se fosse com uma enfermeira.
-Tens razão. Eu vou ajudá-la.
Entraram no hospital e saíram do carro. Bill caminhou com a mala onde tinha a roupa dela e foram andando para o andar da enfermaria onde a sua melhor amiga ainda estava. Em tão pouco tempo e já tinha decorado o número do quarto.
Sentiu a rapariga a ficar demasiado hirta quando abriram a porta, mas assim que reparou neles sorriu. Lá dentro estava a médica que a estava a acompanhar para que ela não ficasse demasiado nervosa com o médico que anteriormente estava encarregue do seu caso e que tinha falado com eles quando tudo tinha acontecido.
-Já viste? Os teus amigos vieram buscar-te. Eu sabia que não irias sozinha para casa. – Sorriu. Depois, Jenny pegou na mala dela e deixou-a em cima da cama. A médica e Bill acabaram por sair do quarto para lhes dar alguma privacidade enquanto ela trocava de roupa. – Ela ainda está fraca mesmo com a transfusão que fizemos. Ela vai ter de tomar estes comprimidos por causa das dores, com especial por causa das costelas – dentro de dois meses elas já devem estar reconstruídas. Entretanto, tentem que ela ande todos os dias. Está melhor, mas como disse está fraca. – Bill apontou tudo na sua cabeça e recebeu todos os papeis com as receitas que ela tinha. No final, foi com a doutora terminar os papeis por causa da nota de alta.
Quando finalmente estava tudo tratado e Bill já estava cheio com folhas, voltou para perto do quarto. Não abriu a porta, sabia que quando ela estivesse pronta, Jenny acabaria por falar.
Guardou os papeis na pasta que tinha trazido para aquele caso e guardou tudo na sua mala. Pegou no telemóvel e verificou as horas e mandou uma mensagem rápida aos amigos que Dylan iria realmente sair naquele dia.
-Já estamos prontas.
Bill entrou no quarto quando ouviu a voz de Jenny. Dylan estava sentada e totalmente composta com as suas calças largas e com uma t-shirt também larga. As marcas que tinha deixavam-na demasiado exposta. Olhou para os pulsos e mordeu o lábio – se as feridas que tinha nos pulsos fossem maiores, poderia ter deformado a sua tatuagem. Ela estaria ainda pior mentalmente.
-Vamos? – Ela não falou, assentiu com a cabeça. Sorriu para ele, quando Bill colocou o casaco que Jenny não tinha posto. Sabia que ela iria precisar daquilo para não se sentir tão mal, por causa das marcas que tinha.
Quando deu por si, a enfermeira tinha deixado a cadeira de rodas para quando se fosse embora e ali estava ela; na esperança de a poder levar até à entrada do hospital. Bill ficou sempre com ela, enquanto Jenny foi à frente para buscar o seu carro.
Ficou com ela e com a enfermeira até a amiga chegar. Depois, ajudou a levantar-se a e colocar-se dentro do carro. Jenny saiu do lugar do condutor e foi para os lugares detrás com ela. Bill conduziu até casa, sempre atento a como ela reagia.
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An Deiner Seite
FanfictionSobreviver era a sua única prioridade até finalmente sair de casa. Fugir foi a sua única opção. Confiar era uma das tarefas mais complicadas que ela alguma vez pensara ter de enfrentar em toda a sua vida. Estaria sozinha no mundo sem ninguém ao seu...