sunset × JJ & Kiara

🌅| juliet

Entrar em casa foi fácil, já que não havia absolutamente ninguém. Subimos para o meu quarto e assim que entramos, JJ assobiou.

- Caralho, Kie, você é mesmo uma kook burguesinha. - Ele ri olhando o quarto grande.

Revirei os olhos e fui até meu banheiro, onde peguei algodão, álcool e uma pomada. Quando voltei, JJ estava deitado na cama, olhando pro teto, me aproximei dele.

- Você tá todo sujo. - Reclamei, enquanto ele bufava e se sentava na cama.

Me sentei em sua frente, coloquei alcoól no algodão e aproximei devagar no corte em sua boca. Ele fez uma careta de dor.

- Ai!

- Para de reclamar. - Resmungo.

Segurei seu rosto com uma mão e me aproximei mais dele, começando a limpar toda a região do corte. Quando apertei o algodão, ele sotou um gemido de dor e bateu no meu joelho.

- Kiara! - Ignorei.

Coloquei um pouco de pomada na ponta do dedo, espalhando suavemente sobre sua pele.

- Você é uma péssima médica. - Ele reclamou novamente.

- E você um péssimo paciente! - rebato. - Será que dá pra calar a boca?

Depois de tudo limpo no primeiro corte, fui fazer a mesma coisa no segundo.

- De verdade, você não apanhou nada perto do Topper. - Comentei e ele sorriu.

- Eu te falei, sou um ótimo lutador. Você ainda dúvida.

- Eu chamo isso de sorte. - Dou de ombros.

- Chame do que quiser. Eu chamo de habilidade.

Balançei a cabeça e sorri de lado. Assim que terminei, dei duas batidinhas na sua bochecha, exatamente onde estava roxo.

- Ai!

Ri baixo, pensando no que fazer com as marcas roxas que tinham no seu rosto. Peguei outro algodão, e passei com cuidado para remover qualquer sujeira e grãos de areia. Depois, o empurrei, fazendo-o deitar na cama para limpar o outro roxo. Enquanto limpava, ele cantarolava alguma música aleatória, a qual me fez rir com a letra. Toquei no canto da sua barriga, finalizando meu trabalho por ali. Joguei os algodões sujos para o lado, enquanto passava os olhos por todo o seu abdômen checando uma última vez.

- Tá admirando, é? - Ele brincou, e quando percebi ele estava me olhando, com um sorriso travesso nos lábios.

Demorei seis segundos para voltar a realidade e pensar numa resposta.

Por fim apenas revirando os olhos. E levantando da cama, jogando os algodões fora. Quando estava voltando, ele já estava sentado na cama de maneira mais correta.

- Se quiser, saiba que isso pode ser tudo seu, gata. - Ele semicerra os olhos e bagunça os cabelos, me fazendo rir.

- Credo, tô fora. - Ri negando com a cabeça, indo guardar o álcool e a pomada.

- Vou buscar gelo pra você, fica aí. - Digo e ele confirma com a cabeça.

Assim que saí do quarto, me encostei na porta e soltei um ar que nem sabia que estava preso. Balancei a cabeça, afastando pensamentos que surgiam e descendo as escadas.

Chegando na cozinha, abri a geladeira e peguei dois sacos de gelo. Fechei a porta e quando estava prester a sair, escuto a porta da frente sendo destrancada. Fazendo com que um susto tomasse meu corpo e meus olhos se arregalassem. Escondi o gelo atrás de mim e vi meus pais entrando em casa.