vinte e um.

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G A B R I E L.
Eu não poderia está terminando esse ano no flamengo de forma melhor e seria ainda mais se agarrassemos esse título. Já estavamos no aquecimento para o jogo. Meu peito estava batendo forte de tanto nervoso, ansiedade e principalmente por sentir essa sensação tão gostosa de está na final da libertadores e ainda mas com um time tão grande e adorado como o Flamengo. Passei parte do dia conversando com os moleques, todos nós estavamos nervosos e a porra do arrepio que dava fazendo colapsos atingirem o meu corpo me deixava ainda mais ligado.

Ajeitei a chuteira pela última vez e bati os pés no chão, fazendo com que ela se encaixasse ainda mas nos meus pés. Fui para onde a Ayla iria aparecer para me entregar o Gael e fiquei dando pulos para começar a esquentar o meu sangue enquanto ela não aparecia por ali. Vi o Everton dançar se balançando com o Guto no colo, selou a cabeça do molequinho que batia palmas.

— Gabriel, ele tá muito assustado. — Escutei a voz da Ayla próxima de mim e me virei a encarando usando uma das minhas blusa que eu havia lhe dado.

— Vem com o papai, amor. Vamos lá no gol, vamos? — estiquei meus braços e mexi minhas mãos o chamando e ele pulou para mim, estava agitado olhando tudo ao redor enquanto uma de suas mãozinhas segurava em minha orelha. — É rápido Ayla, nem vai dar tempo para que ele chore, não é Ga?

— GOOOL!

— Hoje tem gol do papai!!! — o sacudi fazendo ele dançar e ele caiu na risada. Me coloquei na fila com os caras, todos estavam em seu momento particular do qual faziamos as nossas orações, nos concentravamos e por fim a fila começou a andar. Beijei a cabeça do meu filho que tinha se encolhido em meu colo com tamanho era a festa dentro do estádio. Passei minha mão pela taça quando me aproximei e logo estavamos em fila, á prestar o hino e comprimentos. Minha mente estava gravando boa parte dos momentos em câmera lenta e todo esse dia com certeza ficaria gravado em toda a minha memória para que eu contasse aos meus futuros netos. Dei o Gael no colo de um carinha que apareceu para levar as crianças e voltei a trotar para dentro de campo, o apito foi assoado e agora era o sangue fervendo entre as veias e a vida sendo dada a todo momento. O jogo estava correndo com pressão, a torcidas nos deixavam extasiados, todo e qualquer toque era valorizado, preciso e disputado. Nos primeiros minutos a adrenalina tomava conta tanto de nos quanto do time rival. Aos dezenove minutos e meio, o River abriu o placar.

A Y L A.

O gol do River me deixou sem chão, o Gael que tava no meu colo agora estava no colo da minha sogra, o meu coração angustiava, pra mim não existia naquele momento Gabriel e sim o meu Flamengo.

A torcida estava calada, as meninas estavam tristes, algumas lançavam palavras de conforto a seus maridos e namorados.

— O Gabriel vai surtar se não ganhar esse jogo .. — Dhio falava triste do meu lado.

— Eu vou surtar se o Flamengo não ganhar .. — Rebati a fala dela.

Olhei pro lado e um pouco mais longe da gente eu enxerguei a Priscila no meio da torcida.

— Eu não quero acreditar que a Priscila está aqui, a culpa é daquela vagabunda ali, como ela veio pra cá? Ela não torce nem pro Flamengo ... — Perguntei olhando pra Dhio.

— Não viaja Ayla, se controla pelo amor de Deus. — Dhio fala rindo em meio ao desespero da derrota do Gabriel.

O primeiro tempo depois daquele gol só ouvíamos os gritos da torcida rival.
Troquei algumas palavras com as meninas, estávamos pra baixo.

Aproveitei o clima parado da nossa torcida e mandei mensagens no grupo das meninas, e oscilei isso entre os meus susto com o River que tomou conta daquele primeiro tempo.

E sempre que eu te procuro é pra me achar 》 GB9Onde histórias criam vida. Descubra agora