cem +32

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Eu segurava meu choro, eu estava desesperada, só pensava na Márcia falando o quanto a Giulia era gordinha.

— Até em momentos como esse você tem uma pérola né? — Dhio falava rindo também nervosa.

— Não tem como sair daqui agora, se duvidar tá tendo até tiro lá fora com a polícia tentando diminuir a quantidade de confusão. — Marília invadiu a sala e olhava pra gente.

— AHHH. — Gritei tombando a cabeça pra trás. — Cadê o Gabriel caralho? Ele colocou pra dentro, ele arranje a melhor forma pra colocar pra fora.

Eu tava fincando as unhas no estofado da maca, com certeza esse parto era mil vezes mais dolorido do que o do Gael.

— Eu tô querendo te bater Ayla, você estava sentindo isso desde de manhã. — Tia Linda me olhava. — Gabriel não vai te ajudar em nada, só vai te descascar no esporro!

— Eu queria vim pro jogo tia, ele é especial pra mim, é o último clássico da temporada. — Comentei em meio aos meus gemidos de dor.— E eu preciso dele aqui perto, ele começar com esporro agora com todo meu ódio eu dou na cara dele.

— Esse vai ser inesquecível. — Dhio falou balançando a cabeça e rindo.

— Ri puta, ri mesmo .. — Falei encarando ela. — Eu vou parir como?

— Essa menina era pro mês que vem? — Marília comentou.

— Ela é filha do Gabriel, ela seguiria alguma regra? — Perguntei debochando.

GABRIEL.
Estávamos eletrizado pela vitória, um único gol, nos acréscimos e ganhamos pra o nosso rival de clássico.

— Jogaram como nunca, perderam como sempre. — Falei gravando um vídeo pra por no Instagram.

Bruno sambava, Arrasca tentava imitá-lo, era só festa dentro daquele vestiário.

— Calma senhora, preciso vê se estão todos vestidos. — Ouvi o segurança falar com alguém no momento que a BH tinha trocado a música.

Olhamos todos pra porta do vestiário e a Jully entrou segurando o Gael e colocou ele no chão que correu pra mim.

— Se o que tiver sem roupa for o Uruguaiu, não tem problema. — Ela falou rindo.

E nós gargalhamos, estamos todos vestidos.

— Embuste caralho, sua filha vai nascer. — Ela soltou assim que entrou no vestiário.

— QUE? — Gritei pegando o Gael no colo e levantando.

— A bolsa estourou, Ayla tá em trabalho de parto dentro da enfermaria, maior escândalo, corre lá.

— Meu Deus. — Ouvi o Diego falar.

— Eu tô sem assimilar. — Falei meio confuso.

— Vai lá, vai que com os gritos que ela tá dando você vai conseguir. — Jully falou rindo.

Nem entreguei o Gael a ninguém, corri com ele no meus braços mesmo.

Encontrei o Marcos Brás no caminho.

— Tô tentando o helicóptero pra tirar ela daqui. — Ele falou me olhando preocupado e eu afirmei sem nem argumentar.

Era real.

— Cadê ela? — Perguntei olhando pra meu pai que estava andando de um lado pro outro com o celular na mão.

— Lá dentro. — Ele apontou pra uma porta e eu sem pensar entrei, ainda com o Gael no colo.

E sempre que eu te procuro é pra me achar 》 GB9Onde histórias criam vida. Descubra agora