dez.

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AYLA.
Uma semana do Gabriel jogando fora, nos falamos todos os dias por vídeo chamada, o Gael até febre teve.

Ele chegaria agora, no final da tarde e a noite teríamos um evento do Flamengo.

— O papai tá chegando meu amor, ele tá chegando ali ó .. — Apontei um avião que passava no céu.

O Gael tava todo tristinho e eu não vou negar que eu também estava.

Não sei como o Gael em meio a esse relacionamento doido meu com o Gabriel se acostumou com o fato da gente junto, ele adoece quando não está na convivência do dois ao mesmo tempo.

— Vamos tomar um banho pra esperar o papai todo cheirosinho? — Eu beijei meu pretinho levando ele pro banheiro.

Estava no meio do banho do Gael quando ouvi o barulho de chaves, e gritei.

— Gabriel?

— Cheguei!! — Gabriel apareceu no banheiro, com o sorriso mais lindo nos lábios, Gael gritou se agitando na banheira que ele tava.

— Papaaa ... — Gael bateu a mãozinha na água, fazendo graça.

— Meu filhote. — Gabriel entrou tirando ele da banheira ainda molhado.

— Que saudade ele tava desse pai. — Eu falei enquanto observava eles dois, peguei meu celular e comecei a gravar story.

Gabriel me deu um selinho demorado, terminamos junto o banho do Gael.

— Tava com saudade também. — Falei sorrindo pra ele.

— Eu também minha menina. — Ele me abraçou de lado, beijando meu pescoço.

Esse era o apelido que o Gabriel me dava, menina, ele vivia me chamando desse jeito, ele dizia que eu cresci apenas no tamanho, aliás nem nisso, afinal eu batia no peito dele.

GABRIEL.
Não tem nada melhor no mundo do que ser recepcionado pelo Gael.

Terminei junto com a Ayla o banho dele.

— Você viu filhote os gols que o papai fez? — Eu falava com ele.

— Viu, diga a ele que você viu, ficou gritando aqui na sala, não viu o vídeo que eu coloquei? — Ayla me falou sorrindo. — Amor, depois temos que vê o lance do aniversário dele, ir lá no espaço, tudo certinho.

— Vamo! Nem parece que se passou todo esse tempo né? Um ano do Gael .. parece que foi ontem que você fez o exame la em casa.

Flashback 

— Gabriel, eu comprei na farmácia mais de 10 testes de gravidez. — Ayla chegou ofegante.

— Porque você tá ofegante assim? Calma. — Eu olhava ela inquieta.

— Subi esses andares tudo aí de escada, sem ter paciência pra esperar o elevador.

— Porra, você subiu 6 andares, correndo ? — Eu não aguentei, tive que rir.

— Não ri filho da puta, minha mãe vai me matar. — Ela me olhava agoniada.

— Vai logo pro banheiro fazer o teste. — Falei olhando pra ela.

— Agora é foda, você sabe que eu não uso anticonpcional, e só quer gozar dentro, inferno.

— Se eu gozo na perna você reclama, na barriga você reclama, na boca as vezes tem nojo .. vou gozar onde? — Falei enumerando com os dedos.

— Na camisinha, que tal? — Ela respondeu debochando.

— Vai fazer o exame véi, eu tenho certeza que você está. — E realmente eu tinha, desde que ela me falou os sintomas eu joguei no Google e batia gravidez.

— Valeu Gabriel, valeu pela força. — Ela falou indo pro banheiro.

Minutos depois Ayla voltou aos prantos, acho que o meu pensamento foi confirmado.

— Eu to grávida Gabriel, eu to grávida. — Ela se escorou não parede, escondendo o rosto e chorando compulsivamente.

Eu tomei aquele susto, eu já desconfiava, mas a confirmação me assustou. Fui até ela e a puxei pra um abraço.

— Calma meu amor, calma. — Eu a abracei e ela soluçava em meus braços.

— Minha mãe vai me matar, meu Deus. — Ela chorava.

— Porque? Seu filho tem pai e o pai dele é o seu namorado. — Eu falava limpando as lágrimas dela. 

Fim do flashback

— Em dois meses terminamos. — Ayla falou gargalhando.

— Nunca terminamos Ayla... — Falei também rindo.

O Gael tava grudado em mim, liguei pra meus pais, informei que já tinha chegado e que estava com a Ayla.

— Almoçou? — Ela me perguntou quando sentamos no sofá.

— Não, não deu tempo. — Tentei colocar o Gael no sofá mais ele não desgrudava.

AYLA.
Levantei do sofá e fui preparar um almoço pro Gabriel, cheguei na sala e encontrei ele cochilando com o Gael.

— Amor? — Futuquei ele. — Acorda, sua comida! — Tentei mais duas vezes. — BARBOSA!

Gritei fazendo ele e o Gael acorda.

— Você é louca, namoral. — Ele falou depois que se ajeitou pelo susto.

Peguei o Gael no colo pra deixar ele comer.

— Hmmm, tá bem mulherzinha você, bem dona de casa em? — Ele falou sorrindo.

— Oxi, porque? — Eu fiquei seria pra disfarçar o "elogio".

— Comidinha pronta, casa arrumadinha, filhotinho lindo bem cuidado. — Ele enumerava as coisas e me fazia lembrar o quão machista o Gabriel era, aff. — To quase voltando pra cá ..

— Quero não! — Falei rindo. — Fique com sua mãe mesmo, vim aqui e quando me estressar e eu te mando embora e pronto!  — Gargalhei da cara que ele fez. — Só fiz isso porque to de boa hoje, to de bom humor.

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ja ouviram falar em felicidade de pobre dura pouco? ai ai

E sempre que eu te procuro é pra me achar 》 GB9Onde histórias criam vida. Descubra agora