cinquenta e oito.

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G A B R I E L.
A festa tava rolando há horas mas era como se tudo girasse ao redor da Ayla, desde a nossa conversa a pelo menos duas horas atrás, ela não parou. Bebeu, cantou no palco, dançou com uns caras ali do time e bebia ainda mais e parecia até que fazia me provocar... maldita.

Chega ser escroto a forma como sua ex se expõe, será que ela nem mesmo pensa no bebê? — golei minha cerveja enquanto escutava a Rebeca falar e ela se virou para mim.

— Como é?

— Sua ex não se dá valor, isso é música pra dançar?  — Rebeca falava e eu ouvia bem longe.

Tenho certeza que eu babava vendo a Ayla dançando naquele palco.

— Ela não respeita nem o filho de vocês...

A Y L A.
Eu estava em cima do palco junto da Ka  e da Jully que dançava junto de mim o hit "Seu gostoso". Já tinha bebido demais e pouco me importava com quem eu tava ou não mexendo mas era inevitável não perceber a cara de bocó do Gab enquanto a namoradinha dele falava sem parar e gesticulava repetidas vezes, com toda a certeza estava montando a minha caveira, mas com aqueles olhos negros em cima de mim nem mesmo ele iria se recordar do que ela está falando com ele agora, daqui á cinco minutos caso ela o questiona-se.

Ele desviou o olhar quando viu que eu tinha percebido e dançava ainda mais descaradamente só para o provocar, vi ele sair de perto da Rebeca e desci do Palco puxando a Ka e a Jully comigo.

Parei na frente da Receba, percebia o medo no olhar dela e de todos ao nosso redor, mordi os lábios.

— Se você veio arrumar problema eu não tô afim... — Ela falou me encarando e dando um passo pra trás.

Eu dei um pra frente para não perdemos a distância de antes. — Tá com medo de que, gatinha?

Vi de canto de olho o Gabriel vindo em passos apressados e tomar a frente dela.

— Qual é? Já não basta a surra que você deu nela naquele dia? — Ele falou me encarando.

— Eu não estou fazendo nada! — Falei rindo e levantando as mãos.

— Bora, vai... vai ficar com suas amigas. — Ele falou apontando pra Jully que ria também.

— Fala direito comigo, que não sou tuas negas. — Karen interviu e eu gargalhei mais ainda.

Gabriel bufou e ameçou vir ainda mais pra frente.

— Se você me tocar eu faço um escândalo aqui tão grande, que você vai se arrepender. — Falei sentindo ele tocar em meu ombro.

— Toca nela, vai! — Jully falava rindo. — Bora Ayla, não vale a pena... — Jully me puxou pela mão e eu fui saindo ainda encarando a Rebeca.

— Nem sempre você vai tá com ele, se liga! — Falei pra ela e logo virei indo com a Jully.

— Você é uma retardada! — Karen falava entre risos e eu dei de ombros.

— Eu quero mais que os dois se fodam, só fui lá pra fazer uma gracinha pena que aquele arrombadinho acabou com a minha graça. — golei meu gin e elas gargalharam.

G A B R I E L.
— Olha como ela falou comigo, Gabriel! — Rebeca batia o pé birrenta enquanto saíamos do salão de festa para o estacionamento. — Parece uma leoa, se transforma e já vem toda pra cima das pessoas.

— Olha só Rebeca, aquela ali não chega nem perto do que a Ayla pode ser. Ela só estava bêbada, se divertindo e principalmente debochando de sua cara.

— E você acha que aquilo não foi uma afronta? Gabriel, ela iria me bater!

— Não, ela não iria. — respondi já exausto e abri a porta do carro para que ela entrasse logo e calasse a porra da boca.

Mas não iria ser tão fácil assim, a Rebeca não deixaria ser tão fácil. Em toda a volta para o apê dela, ela veio quieta mas era notório o quanto estava se segurando para que só falasse quando eu já não estivesse com o volante em mãos. E foi bem assim, mal entramos no apartamento e ela voltou a falar.

— Você ao menos poderia pedir para que ela me respeitasse como sua namorada, não acha?

— Rebeca, por favor... chega. — resmunguei e puxei minha blusa pela gola. — Tô cansado e só quero dormir, na moral... esquece a Ayla.

— Mas... amor...

— Não! — falei firme e dei as costas para ela,  e subi as escada indo para o quarto, entrei direito no banheiro, lavei meu rosto ali na pia e me sentei na tapa do vaso para que eu tivesse apoio ao chutar o par de meu tênis para longe.

Tirei meu telefone do bolso antes de tirar a calça e acabei parando um tempo por ali para ficar vendo umas coisas até parar no Instagram da Ayla e ver uma foto que ela postou hoje pela manhã, parecia ter feito algum ensaio.

— Desgraçada, maldita! — resmunguei entre os dentes e não consegui tirar meus olhos daquela foto

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— Desgraçada, maldita! — resmunguei entre os dentes e não consegui tirar meus olhos daquela foto. — Mando Rebeca esquecer e eu mesmo não tiro essa filha da puta da minha cabeça.

Larguei o telefone de qualquer jeito ali e terminei de tirar minha roupa, liguei o chuveiro na água gelada mesmo e  me taquei em baixo, precisava relaxar e esquecer essa perturbação que a Ayla sempre me faz.

Rebeca entrou ali no banheiro um tempo depois, transamos ali mesmo mas nada comparado ao que a Ayla conseguia fazer dentro do box do banheiro, do meu quarto, lá em casa.

— Mas que porra!

— Que foi? — abri os olhos e vi que a Rebeca estava me encarando enquanto se molhava depois do sexo.

— Nada, amor... nada. — se eu contasse o que estava pensando ou em quem, arrumaria outra briga por pelo menos o resto da semana.

esse Gabriel é um comédia mesmo 🤭🤣
obrigada genteeeee, tantos comentários no ultimoooo!!!!
ficamos muito felizesssss!!!! ❤❤❤❤

E sempre que eu te procuro é pra me achar 》 GB9Onde histórias criam vida. Descubra agora