quarenta e quatro.

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30 de dezembro.. - Barra Grande / Bahia
G A B R I E L.

Cheguei aqui ontem de tarde junto do pessoal do Fla e a minha família. Ayla só chega amanhã com as amigas e o Gael, ela ficou pelo Rio pois ainda tinha que resolver umas coisas e iria passar na mãe dela antes de vir. Eu até tentei a convencer de trazer a tia Fê mas foi uma tentativa fracassada. Depois que jantei junto do Diego e do Bh, no hotel em que estavamos, eu fui direto lá pra praia e resolvi dar uma volta sozinho por lá mesmo.

O último ano tinha sido muito bom pra mim, tanto na vida profissional, quanto na pessoal... apesar de alguns problemas e principalmente a maior dona deles: Ayla.

Mas era foda, a nossa história é foda... apesar de meio conturbada, mas é nossa pô, vou fazer o que?

Tirei o fone dos ouvidos e me sentei na areia, a praia tava bem iluminada e tinha um pessoal por ali, mas por alguma sorte ainda não tinham me reconhecido, escutava de longe o pagode saindo por meus fones e o barulho do mar, esta relaxado e tranquilão até avistar de longe uma figura loira se aproximando com um sorriso no rosto.

—  Biel? — questionou e eu já me levantei tendo a certeza que era realmente quem eu imaginava.

— Oi, Beca... quanto tempo que não te vejo pô. — comentei meio sem graça e ela me deu um abraço rápido.

— Claro, você terminou comigo de repente né? — riu sem graça e eu dei uma ajeitada no boné.

-—Aconteceu né. — ri. — Mas e ai? Como você tá?

— Tô bem... consegui me recuperar um pouco do seu pé na bunda, e me refiz. Agora tô de férias.

Ela começou a contar que conseguiu trilhar mesmo a vida de modelo e tudo o mais e agora morava em São Paulo, momentâneamente pois estava sempre viajando por aí, como eu também com o meu futebol. Ficamos um tempão conversando ali e até nos sentamos num banquinho de quiosque e tomamos umas cervejas, a conversa tava boa que eu mal percebi o tempo passando e só me situei quando ela encarou a tela do telefone meio assustada.

— Nossa, já são quase três da manhã... eu preciso ir. — sorriu e eu assenti.

—  Em qual hotel você tá? Eu te levo, pô.

— Ai, sério? Eu estava mesmo reciosa de voltar sozinha. —  sorriu um tanto meiga e eu acabei dando um sorrisinho.

Paguei a nossa conta e por fim, a Rebeca estava hospedada no mesmo hotel que o meu. E eu acabei rindo daquela situação, pegamos o elevador e ela estava quietinha na dela, mesmo que tenhamos bebido um tanto consideravél. Se fosse a diaba da Ayla, estaria ligada no quatrocentos e vinte, neguei, nem longe essa mulher não sai da minha cabeça.

— Boa noite, Gab! — eu a deixei na porta do quarto dela e ela selou minha bochecha. —  Adorei te rever, viu?

—Eu também. — sorri e ela assentiu, entrou no quarto e eu girei os pés voltando para perto do elevador e apertando o botão do mesmo, afim de pega-lo e ir para o meu andar.

31 de dezembro.
A Y L A .

Vinhemos as meninas e o Gael e estavamos para descer na Barra Grande, Gabriel já estava aqui há uns dois dias junto de uns casais do Fla que vinheram também para curtimos a virada de ano nesse paraíso.

— Eu só para de beber ano que vem. —  Jully disse rindo assim que já estavamos para entrar no hotel.

—  Meu Deus, criatura... ainda tem algum fígado dentro de você? —  Nanda questionou e eu neguei rindo e Gael corria a nossa frente no hall do hotel.

E sempre que eu te procuro é pra me achar 》 GB9Onde histórias criam vida. Descubra agora