Cem +17

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AYLA.

Era exatamente duas e meia da manhã, Gabriel já tinha dormido há pelo menos uma hora e meia e eu estava aqui, inquieta e me sentindo incomodada nessa cama. Não conseguia achar nenhuma posição confortável e estava começando a sentir calor de tanto estresse por não conseguir dormir.

— Gabriel... Gabriel? — chamei baixo e cutuquei ele. — Barbosa, merda. Acorda!

— Que foi? Tá parindo? — ele perguntou resmungando mas eu sabia que estava sendo irônico.

— Tá muito apertado aqui e eu não consigo achar uma posição confortável pra mim. — resmunguei quase já choramingando e ouvi ele suspirar.

— Quer deitar no meu quarto?

— Quero. — confirmei vitoriosa e já me imaginando confortável naquela King deliciosa.

— Vamos, vou pegar a babá eletrônica. — ele levantou da cama indo para o closet e eu só conferi se o Gael estava direitinho e saí dali indo para o quarto do Gabriel.

A casa estava já em quase completo silêncio se não fosse por barulhos de louças e coisas sendo carregadas. Eu entrei no quarto e já me ajeitei na cama, me sentando e encostando a coluna na cabeceira.

— Que foi? — Gabriel parou do meu lado, deixando a babá ali e me olhava atento.

— Tô suada e com calor.

— Você tá é mimada, pretinha. — Eu fiz cara feia para ele e ele deu de ombros. — Vem cá, vou encher a jacuzzi pra gente.

— Pra gente?

— É, Gi, você e eu. — Eu encarei ele. — Me acorda e acha que vou só ficar servindo de empregado, madame?

— Óbvio que sim. — prendi a risada e não aguentei quando ele fez maior cara de tédio.

— Tu é muito bobona mesmo.

Fomos para o banheiro e eu me sentei sobre a tampa do vaso enquanto Gabriel ajeitava as coisas da banheira e voltou do quarto com uma mini caixinha já colocando uma música pra rolar, bem baixa. Disse ele que era para me ajudar a relaxar. Tirei minha roupa com tanto custo que quase desisti do banho, entrei na banheira, me colocando entre as pernas do Gabriel e encostando minha cabeça no peitoral dele.

— Tá muito boa. Bem quentinha. — quase suspirei de alívio.

— O pai é brabo, me respeita.

— Vou te jogar pra fora daqui, jajá. — Eu ri e ele riu junto, ficamos quietos aproveitando a água e a música a baixa que estava solta no banheiro.

— Tá se sentindo melhor?

Eu resmunguei em concordância e me fechei meus olhos, deixando de vez meu corpo relaxar e a cabeça ficar no peitoral dele. Gabriel passava as mãos em mim, me jogando água de leve. Meu cabelo tinha alguns cachos soltos e eu senti ele dedilhar algum, enrolando no dedo.

— Essa posição já tá começando a doer na minha coluna. Meu deus, eu não aguento mais tanta frescura dessa menina.

— Deixa minha princesa, ela pode fazer tudo o que quiser.

— O corpo não é teu né, seu arrombado!

— Eu tô te ajudando, Ayla. Calma pô. — Eu revirei os olhos com o cinismo dele e ele saiu da banheira, me ajudou a sair e voltamos o quarto. — Senta de costas assim.

— O que tu vai fazer?

— Senta aí porra, relaxa e fica quietinha. — Eu me sentei do jeito que tinha ordenado e estava segurando a toalha apenas na frente do meu peito.

E sempre que eu te procuro é pra me achar 》 GB9Onde histórias criam vida. Descubra agora