trinta e cinco

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AYLA
A festa rolava, o meu menino era o centro das atenções, diferente dos que muito diziam ele aproveitava a festinha dele, toda hora passava de braços em braços e a cada flash ele sorria.

— Pega o pretinho pra tirar uma foto comigo. — Murilo falou chegando atrás de mim, me fazendo até arrepiar com o toque dele na minha cintura.

Antes de virar olhei para cara da Jully que estava de frente pra mim e ria a perceber também aquela cena.

— Claro, ainda não tiramos? — Falei virando rápido, e sorrindo pra ele que me encarava.

Fui até a tia Linda e peguei o Gael dos seus braços, indo junto com o Murilo até onde tinha o painel gigante do Mundo Bita, me posicionei ali para foto, senti as mãos firmes do Murilo na minha cintura e sorri ao ver que o Gael também já sorria. Passei o Gael pro colo do Murilo, e de longe observava o Gabriel, o maxilar dele estava travado, eu conseguia perceber isso, mas foda-se.

GABRIEL
— Bem a vontade o pela-saco lá né? — Bruno chegou do meu lado me fazendo tirar a atenção daquela patética foto.

— Ela é atirada demais, ela quer me desautorizar, ela quer me foder .. — Falei puto, indo até onde a Ayla estava.

Cheguei sem nem ao menos falar nada e tirei o Gael que agora estava no colo dela, ele veio reclamando por ela está com o pirulito dele na mão.

— Mamãe .. — Ele falou esticando o corpinho pra frente tentando voltar pro colo dela.

— Tome meu amor. — Ela entregou o pirulito na boca do Gael. — Você é palhaço é? — Ela perguntou entre dentes enquanto o Murilo saia de perto da gente.

— Palhaça é você, sua idiota, eu disse pra você que não queria essa foto. — Eu respondi no mesmo tom, éramos mestres na discursão entre sussurros.

— Vá se foder que você não manda em caralho nenhum. — Ayla me respondeu.

— Eu vou chamar a Priscila agora e vou tirar uma foto com ela, como eu te disse que tiraria .. — Falei já dando as costas a ela.

Senti quando ela me puxou pela camisa, me fazendo quase desequilibrar como Gael no colo.

— Cê tá louca filha da puta? — Perguntei vendo algumas pessoas nos olhando, ajeitei a camisa.

— Se você fizer isso, eu acabo com a festa, por mais que seja do meu filho, eu acabo. — Ela falava pouco se importando com quem olhava pra gente.

— Ayla fala baixo, porra. — resmunguei entre os dentes e ela elevou o tom de voz.

— Eu tô gritando com você GABRIEL BARBOSA? — sinalou com a mão e eu bufei.

— Puta que pariu, mano.

Uta a paliu. — Gael repetiu e eu prendi meus lábios querendo rir.

— Olha só o que você ensinou pra ele, Gabriel. — ela bateu em meu braço e eu não aguentei e dei risada, entregando o Gael de volta pra ela. — Não pode falar isso, não, filho.

A paliu?

— Gael... pô, moleque. — eu tentava conter meu riso e a Ayla me olhava desacreditada. Respirei fundo e mechi na mão do Gael, chamando sua atenção pra mim. — Filho, não pode repetir isso. É feio.

— Hummm.... tá. — resmungou e eu neguei sorrindo. Ayla o colocou no chão e com a mão livre encravou as unhas em meu antebraço.

— Se ele falar outro palavrão desses, eu arrebento a tua cara toda, filho da puta!

E sempre que eu te procuro é pra me achar 》 GB9Onde histórias criam vida. Descubra agora