oito [parte 2]

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A Y L A..

Eu já nem sentia mais o gosto do alcool de tanto que já tinha bebido, misturei a porra toda. Vodka pura, caipirinha, corote e o que mas vinhesse eu só fazia virar o copão na boca e já era. Já estava em alta horrores e mal estava enxergando direito, mas ainda me restava o mínimo de noção... mínimo mesmo, quase nada.

— Ele tá vindo pra cá, Ay! — ri para a Nanda e ela negou rindo também.

— Vem, mas vem sem me...do! — minha língua já estava dando umas enroladas braba mas quem disse que eu largava meu copo? Nada disso. — Opa, bebê!

— Calma, morena. — ele riu e eu só neguei, começando a dançar enroscando meu corpo no dele. Já estava literalemente na chuva, se molhar mais um pouquinho era o de menos. Sua mão estava apertando com leveza a minha cintura e no meu rosto tinha um sorrisinho de quem tava perdendo a linha fácil. — Tá bem, tu?

— Claro, relaxa e só faz o teu servicinho. — eu assenti e depois neguei rindo. Vi ele pegar o copo da minha mão e segurar, com a outra mão me puxou pela nuca e atacou minha boca com um beijo gostosinho. — Ui, ricardão.

— Doidinha você, pô. — dei risada e ele balançou meu copo e depois de um tempo me devolveu. Dei uma golada e o Guilherme apareceu por ali me chamando no canto.

— Ah qual é a sua, viado? Me deixa chupar língui...nha. — ele negou e tirou meu copo num puxão, mas eu peguei de volta e bebi mais, me molhando toda porque o filho da puta daquele viado bateu no copo fazendo virar boa parte em cima de mim...

— Ele sabotou teu copo sua piranha, olha Ayla... mano, puta que pariu. — fiquei o olhando confusa e neguei, minha cabeça sacudiu tanto que eu fiquei até tonta e dei uma desiquilibrada.

— Viado, ô viadinho... quero vomitar, me ajuda aqui Guilherme, po...rra! — bati em seu braço e ele me puxou para onde estava mais vazio e me colocou sentada.

— Teu macho vai surtar quando chegar aqui, caralho, ja tô até vendo.

— Manda o ga... borsa ir a merda, não fode não. — senti uma ânsia e só deu tempo de virar pro lado oposto do meu amigo e vomitar o caralho todo.
— Aí, tá do.. doindo.

— Doendo, né? NANDA, Ô FILHA DA PUTA. PEGA UMA ÁGUA AÍ. — escutei de longe a voz do Gabriel mas eu não conseguia olhar para trás de mim, meu estomago tava me ocupando mais em doer e me fazer jogar toda a minha felicidade para fora de mim.

E sempre que eu te procuro é pra me achar 》 GB9Onde histórias criam vida. Descubra agora