Capítulo 36

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William

Meus nervos estão piores do que nunca. 

Depois de sair do hospital e da casa de Diego, eu e Davi viemos para a casa dele e acabamos transando. Mas isso não me relaxou tanto e claro que ele percebeu. Conversamos um pouco e, expliquei o porque da minha tensão. O homem veio com uma notícia ainda maior: Apresentar-me a família dele. Hoje. 

Estamos deitados ainda, estou temendo o momento que ele vai retirar os braços da minha cintura e que eu acorde no meu antigo apartamento e perceba que todos os últimos meses foram apenas um sonho demorado; Júlio não está no hospital e Warley não apareceu, em contrapartida, eu não conheci Davi Laurent. Os pensamentos me fazem trazê-lo para mais perto de mim, na escuridão do quarto, o calor dele me conforta de um jeito que nem se quisesse conseguiria explicar. 

- Consigo sentir o cheiro de fumaça vindo da sua cabeça. - Ele murmura.

Rio.

- Pensamentos bobos, só isso. Mas você parece meio... Sei lá.

- Estou meio sei lá mesmo. A empresa... Está tudo ocorrendo bem, Utah cuida de tudo muito bem. Meus pais ainda estão conversando, parecem propensos a um recomeço depois que meu irmão deu notícias. 

- Então o que foi?

- Quando seu amigo levou aquela facada, eu chamei meus irmãos.

- Eu sei. 

- Quero dizer que chamei a todos eles. 

Começo a compreender a linha de pensamentos dele alguns segundos depois. Ele também havia mandando uma solicitação para Rafael que claramente foi ignorada. Sinto uma chama de raiva por aquele homem, e se fosse algo com o irmão dele? Ele iria simplesmente ignorar? Ele rejeita os três irmãos que tem quando pessoas querem os irmãos por perto, mas é impossível. 

- Eu ainda não consegui localizar Billy. 

Não respondo. Ainda havia algo naquele homem que não me descia nenhum pouco também, apesar de eu nunca odiá-lo de fato, apenas não nos dávamos tão bem, e ambos gostávamos do mesmo homem o que colocou uma cerca ainda maior em nosso possível caminho de conversa civilizada. Mas, em parte, ele tem meu respeito porque sempre cuidou de Davi, durante anos. Mesmo que eles tenham dormido juntos, mesmo que eu ache que aquela coisa da janela fora armação dele. 

- Você vai conseguir. 

- Não tenho tanta certeza. Antes de você chegar estava tudo tão... Calmo, eu conseguia controlar tudo, sabe? Mas, aparentemente, você veio para me mostrar que algumas coisas estão fora do meu alcance não importa quanto eu tente. 

Procurei por seus lábios no escuro, o beijei com força, porém devagar. 

Enquanto o beijava conseguia me distrair de certas coisas. 

- Você precisa relaxar. - Ele falou.

- Não seria melhor esperarmos mais? - Pergunto.

- O natal é depois de amanhã. Quero que... Você... Isso nunca tinha acontecido antes. 

- O quê?

- Eu pedir que alguém passasse o natal comigo e minha família. 

O telefone dele tocou quando estava beijando-o de novo. Peguei o celular que estava na mesinha ao lado da cama e o entreguei. Enquanto ele falava ao seu telefone resolvi mandar uma mensagem para Ty, torcendo para que meu pai tenha devolvido o celular para ele. 

- Era Rafael. - Davi diz.

- E o que ele queria?

- Perguntar o que aconteceu. Mas ele não vem para o natal, acabou de me falar. 

Minha Solução | Série Irmãos Laurent-(Livro 3) (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora