William
Acabo respirando fundo pela terceira vez, mas eu ainda me sinto em chamas. Ainda quero mais do corpo dele e ainda sinto a necessidade de tê-lo nos braços porque os minutos, as horas que passei ao lado dele, mas não realmente com ele fora horrível, atordoantes demais para se apagarem apenas com alguns minutos de sexo. Talvez faça meia hora ou mais, mas ainda é pouco. Escuto a respiração dele, logo depois sinto-a no meu pescoço, em seguida a língua dele passeia pela área me trazendo arrepios, deixo que ele passe alguns segundos assim apenas indo e vindo com minha pele se acostumando com a textura de sua língua, deixando-me molhar pela saliva dele, deixando que os dentes raspem dele levem para a seguir darem uma mordida. Então reinicia. Levo a mão dele para meu membro que está ainda mais ereto, ainda mais necessitado. Em chamas. Ainda me sinto em chamas.
Davi murmura algo contra minha boca.
- De novo. - Murmuro meio rugindo.
- Enorme. - Ele diz.
Minutos se passam até que eu o deixo sair de cima de mim, meu corpo pareceu gelar quando nossos troncos se separaram e o calor das pernas dele deixou o das minhas. Davi estava tentando pegar as roupas. Ele vestiu uma camisa minha, do jeito certo.
- Você está calado.
- Apenas te vendo. Temos mesmo que ir ver seu irmão?
- Sim.
Bufo levantando-me e pegando outra camisa: há um tempo Davi me convenceu que eu tinha que colocar minhas roupas do outro lado do closet dele e quando o fiz ele perguntou como estava. Bom... As roupas de Davi eram organizadas por cores, das mais escuras às mais claras. Minhas roupas eram organizadas de qualquer jeito.
Pego uma camiseta preta que fica meio apertada e tem uma mancha de alguma coisa amarelo na manga. Em minutos estamos fora do quarto, quando estávamos chegando na biblioteca eu parei Davi perto da porta.- Deixa eu arrumar seu cabelo.
- Will... E Ty? - Acabei por parar o que estava fazendo.
- Ele ainda está de observação. Holis vai me dizer quando ele sair. Meus pais... Acho que entendo muito o lado deles sabe? Se eles me...
- Você voltaria se eles pedissem?
Calo-me. Assim que pisei o pé fora de casa eu tinha o desejo de voltar, mas acabei por guardar essa vontade tão fundo que a esqueci em alguma hora. Júlio me fazia esquecer de casa quando ele dizia que minha casa era ao lado dele, mas no que isso acabou? Ele não quer mais me ver. Agora estou morando com meu namorado e ainda me sinto culpado por aquela armadilha na casa dos seus pais que deixou dois dos meus irmãos mortos. Ainda tenho dúvidas que alguns da família dele ainda me achem realmente da família.
O local onde nasci, onde beijei pela primeira vez e fiz tudo na minha primeira vez, não posso esquecer tudo e não vou, mas voltar para lá seria como retroceder. Não iria mesmo que eles me pedissem, porque não vejo futuro voltando àquela casa.- Não. - Respondo. - É com você que eu quero ficar.
Ele corou.
Bati na porta da biblioteca para o caso do mais jovem dos Laurent estar cumprindo o que disse antes de sair do quarto.
Entramos quando a voz dele ecoou.Rafael estava segurando um livro de capa vermelha, o sol estava projetado para seu rosto fazendo ele brilhar e não consigo parar de pensar que mesmo não falando ou sorrindo, ele ainda parece perigoso. Uma bela rosa de espinhos, é ele.
- Já estão satisfeitos? - Ele pergunta abrindo o sorriso.
- Começou...
- Não estou pedindo detalhes - Ele parece ofendido apesar de ninguém ter sugerido nada. - Só queria... Garantir que está tudo bem.
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Minha Solução | Série Irmãos Laurent-(Livro 3) (Romance Gay)
RomanceOs últimos anos não tem sido fáceis para a família Laurent, e agora Valentim e Vanessa tentam convencer seu terceiro filho que ele precisa de um segurança. Davi Laurent não aceita a ideia de primeira, mas para tranquilizar seus pais ele decide fecha...