Rei das baladas?

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Eu já tinha tomado muitas doses, Bruna mais ainda e  Hugo dançava como se também tivesse tomado

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Eu já tinha tomado muitas doses, Bruna mais ainda e  Hugo dançava como se também tivesse tomado. Éramos um trio animado essa noite e por algumas horas eu esqueci o André. 

Senti sede e fui até o bar. Sentei em um dos banquinhos e peguei meu celular. Meus olhos demoraram a focar, acho que bebi mais do que imaginei. Ri sozinha da minha constatação. Peço ao garçom mais uma dose de gin. Eu começo a bebericar olhando a janela de conversa com o André no Whatsapp.

Nada.

Será que ele já se cansou de mim? Sequer perguntou se eu já tinha uma resposta. 24 horas e eu já tava surtando. Dane -se! Mandei uma mensagem...

"Se esqueceu fácil demais pra alguém que disse querer me possuir"

Aguardo a resposta bebendo mais do meu drink, me achando super certa do que estava fazendo.

"Olá Mariana, como você está minha linda?"

Não escapa à minha atenção bêbada que ele ignorou solenemente a minha acusação. Mas eu não deixei barato. Mandei uma mensagem de áudio:
"Olha aqui, não ignora a minha pergunta tá? Eu ainda não aceitei ser sua pra você me tratar como bem quiser"

Resolvi ouvir o meu proprio áudio. Era bem isso que eu queria dizer. Mas vou confessar, poderia ter saído menos embolado. Realmente eu bebi mais do que esperava. Sorrio sozinha de novo.

Meu telefone toca. Era o André, meu coração palpita. Eu atendo.

- Alooou - digo mais demorado do que pretendia.

- Mariana, você está bêbada?

- Claro que não, eu só bebi um pouquinho - minto descaradamente.

- Está mentindo para mim? Sabe que quando for minha isso seria punido com um bom castigo não é?

Eu não consigo decifrar a voz dele, se está bravo ou não.

- E quem disse que serei sua? - respondo bem malcriada.

- Mariana, onde você está? Eu quero ir te buscar. - ele diz parecendo impaciente.

- Estou por aí.. - digo, rindo igual boba.

- Mariana, eu não estou brincando. Me diz. Agora.

- Por que você sumiu e não me ligou, nem mandou mensagem? - digo chorosa.

- Te respondo quando for te buscar. - ele diz irritado.

- Ok, eu estou na Paradise. Uma bo... (soluço) .... boate.

- Estou indo.

Ele desligou na minha cara. Levanto do bar falando sozinha, não acredito que ele desligou. Vou até Bruna e Hugo e digo pra ela que falei com André e ele estava indo para me buscar. Ela tão bêbada quanto eu só acena com a cabeça, e me puxa pra dançar de novo. Alguns minutos depois ela puxa meu rosto pra perto dela e fala:

- Amigaa, pára tudooo. Se prepare pra ver um dos solteiros cafajestes mais desejados dessa boate. Todos os fins de semana ele está aqui para sair com uma, duas ou até três sortudas no carrão dele.

Ela aponta e eu sigo seu dedo só para ver o André chegando enquanto cumprimenta várias pessoas.

Minha cabeça tá girando. Ou é a boate que tá girando?

André chega por trás de mim e dá um beijo na minha bochecha. Vejo a cara de choque da Bruna e do Hugo. Eu faço as apresentações, mas o André parece empenhado em sair de lá.

Confesso que o ar gelado da rua me fez bem. André não soltou minha mão desde que me encontrou lá dentro. Ele veio meio que me arrastando. Quando abre a porta do carro eu não contenho minha curiosidade.

- Esse carro é seu?

- Claro que sim Mariana, entre logo. - ele diz impaciente.

Eu entro. E continuo a tagarelar.
- Hum, ele é lindo. Parece tão caro.

Ele não responde.

- Por que você está bravo comigo?

- Porque você bebeu demais. - ele respondeu num tom mais calmo.

- Acho que tô enjoada. - acabei de crer que ele tem razão.

André me levou pra casa e subiu comigo. Ele abriu a porta porque eu não conseguia nem acertar a fechadura.
- Você precisa de um banho. Onde fica o banheiro?

Eu aponto e ele me leva abraçando minha cintura. Ele olhou para o meu corpo.

- Gostou do vestido? Eu sabia que você ia gostar. - Eu perguntei e eu mesma respondi. Viagens do álcool...

- Gostei sim, e vou gostar ainda mais de tirar. - mordi meu lábio inferior diante do pensamento dele me despindo.

Não precisei imaginar muito. Ele se abaixou e começou a tirar minhas sandálias. Se levantou e abriu o zíper do meu vestido. Eu não tinha colocado um sutiã, sendo assim fiquei apenas com uma minúscula calcinha preta. Que ele logo tirou também, me deixando completamente nua.

Eu não conseguia desviar o olhar do dele. Ele prendeu meu cabelo em um coque. Ligou o chuveiro e me pôs para dentro.

- Se lave bebê, vou achar algo para você vestir e comer.

Eu gostei disso. Tomei banho de olhos fechados, o cansaço e a bebida já me vencendo. Quando terminei, ele já estava me secando e enfiando uma camisola pela minha cabeça. Me pegou no colo como se eu fosse papel e me levou ao quarto. Na cama ele me deu um copo de suco e um sanduíche. Eu estava com tanto sono que não comi nada. Bebi um pouco do suco e apaguei.

Mariana - Simples e deliciosoOnde histórias criam vida. Descubra agora