Um dia perfeito

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Depois de chegarmos ao máximo do prazer, André se deitou ao meu lado pensativo

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Depois de chegarmos ao máximo do prazer, André se deitou ao meu lado pensativo. Eu puxei seu braço e deitei minha cabeça em seu peito. Por alguns minutos ele ficou imóvel, mas depois me abraçou.

Eu deslizava meu dedo sobre seu peitoral como se fizesse desenhos. Mas a verdade é que eu só queria toca-lo tanto quanto fosse possível. Queria aproveitar esse momento pós-sexo que era novo para nós.

Eu pensava sobre tudo que já tínhamos passado. Em como eu me sentia inteira com ele. E a sensação de vazio de quando partia. Sobre como agora eu acredito que o fato dele ter medo de sentimentos, não quer dizer que ele não possua. Pois em cada momento seu comigo haviam atos de carinho, de afeição, de cuidado. Percebi que existe uma ínfima possibilidade de toda vez que ele se foi, só quisesse que eu o impedisse. E eu sempre virei as costas. Então conclui, que talvez... só talvez, ele possa me amar um dia. E vale a pena esperar por isso.

- Não fuja mais de mim... - pedi, quebrando o silêncio.

- Eu já te disse. Não é fugir, ou sumir. Eu só... preciso de algum espaço às  vezes - ele disse parecendo incomodado.

- E o que você faz quando tem seu espaço longe de mim? - perguntei genuinamente curiosa.

- Trabalho - ele respondeu simples.

- E você sente minha falta em algum momento? - falei e percebi que estava tocando na ferida.

Ele se remexeu agora visivelmente desconfortável.

- Acho que essa conversa é desnecessária - ele disse fazendo menção de se levantar.

Eu fui rápida e me sentei sobre seu abdômen dobrando minhas pernas em suas laterais do corpo. Agi, antes que ele se fosse, como sempre.

- Pois eu discordo. Não vou mais deixar você ir e vir quando bem quiser. Você pode ser o dominador na cama e saber de coisas que eu nem imaginei existirem no sexo. Mas eu vou te ensinar algumas coisinhas sobre sentimento - disparei.

André me olhava com um misto de susto com desespero e eu vi que minha decisão o tinha abalado completamente.

- Eu gosto muito de você, e o fato de você sumir por dias, sem mandar uma mensagem, ligar, ou enviar sinal de fumaça me machuca. Então se você achar que não quer me ver, pelo menos dê sinal de vida - achei melhor não me declarar para não assusta-lo demais.

- Tudo bem - ele assentiu finalmente.

- Ótimo, estamos caminhando aqui. Hoje eu vou deixar passar, mas no futuro eu vou querer saber sobre a falta que você sente de mim. Por que eu sei que sente - disse saindo de cima dele o deixando livre para partir.

Fui caminhando rebolativa para a saída do quarto, me aproveitando da minha nudez para seduzi-lo. Na porta eu olhei para trás e deixei minha provocação no ar.

- Agora você pode sair correndo feito um garotinho assustado, ou podemos aproveitar minha folga juntos fazendo coisas bastante divertidas - disse dando uma piscadinha e saí do quarto. 

Fui para o banheiro e abri a água quente. Com os olhos fechados a deixei molhar todo o meu corpo. Passei shampoo, logo depois enxaguando. Quando espalhei condicionador, a porta do box se abriu e se fechou novamente. Eu sorri sem abrir os olhos.

André se posicionou atrás de mim e começou a massagear meu couro cabeludo com a ponta dos dedos. Incrível como até uma coisa simples assim, parecia muito sexy vindo dele.

Ele me ajudou a enxaguar meu cabelo e quando abri os olhos lhe dei um beijo rápido na boca. Mas logo tudo se tornou fogo e ele me estocava firme no chuveiro, de costas com minhas mãos apoiadas no vidro embaçado.

Não vou mentir, fazer amor com o André é maravilhoso. Sentir o elo que criamos nesse tempo. Mas quando ele me fode assim duro, é sensacional.

Eu gozei inúmeras vezes, em muitas posições, por todo o meu pequeno apartamento. Quando finalmente pareciamos saciados, depois de um belo banho, dessa vez inocente. Nós cozinhamos e desfrutamos de uma boa refeição.

O clima era leve. De brincadeiras e conversas amenas. Durante a tarde sugeri assistirmos filmes, mas a condição dele para isso era que não fosse nenhum romance.

- Nem uma comédia romântica? É muito diferente de um simples filme romântico.

- Não, isso definitivamente está fora dos meus limites. Vamos assistir ação, muito melhor. Ou quem sabe um filme erótico, pode me inspirar - ele falou se aproximando de mim no sofá.

- Seu tarado! - falei jogando a almofada na direção do seu rosto, mas ele a pegou antes que o atingisse.

- Não te vi reclamar sobre eu ser tarado enquanto eu te fodia em cada um dos quatro cantos desse apartamento - ele disse devagar de uma forma muito, muito sexy em sua voz rouca.

- Nossa, que golpe baixo. Tudo bem, vamos ver um filme de ação. Mas sem filme de guerra, não gosto - respondi fingindo estar emburrada.

André puxou minhas pernas para o seu colo e iniciou uma massagem deliciosa no meu pé. Eu não resisti e sorri pra ele. Peguei o controle para  escolher nosso filme.

Quando a noite caiu, André disse que precisava ir. Talvez ele tenha tido medo de dormir comigo. Mas tudo bem, um passo de cada vez. O nosso dia já tinha sido perfeito.

- Ei, não suma está bem? Vou te ligar amanhã - falei encostada no batente da porta.

- Eu prometo que não vou.

Ele se inclinou me dando um selinho nos lábios e foi embora dando uma olhadinha para trás.

Eu fechei a porta atrás de mim e fiquei dando pulinhos de comemoração. Me julguem, pareço uma adolescente. Mas eu não importo, isso é felicidade.

Mariana - Simples e deliciosoOnde histórias criam vida. Descubra agora