Um vislumbre do paraíso

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Fim da tarde chegou, vinte minutos antes da minha hora eu já tinha conseguido executar minhas tarefas do dia

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Fim da tarde chegou, vinte minutos antes da minha hora eu já tinha conseguido executar minhas tarefas do dia. Meu chefe já tinha ido para casa e me deixado mais uma vez para fechar o escritório.

Fui ao banheiro e lavei meu rosto. Refiz minha maquiagem e resolvi soltar meus cabelos. Eles caíram em ondas sobre os meus ombros. Lamentei estar usando brincos pequeninos de pérola. Me olhei no espelho. Resolvi abrir um botão na minha blusa, criando uma visão para o vale entre meus seios. Acho que parece bom. Agradeci a Deus silenciosamente por estar usando meus saltos hoje.

Peguei minha bolsa e saí, fechando o escritório. Nunca me senti tão ansiosa sentada naquele metrô que eu pego todos os dias para ir e voltar do trabalho. Desci na estação de costume e fui caminhando até nosso ponto de encontro. Fiquei pensando como este mundo é louco. Ele trabalhava a uns dez minutos de distância do lugar onde moro há 2 anos e nunca nos encontramos antes. Inacreditável.

Quando cheguei na oficina que ele tinha me apontado mais cedo, ela já estava com uma das portas comerciais fechada e a outra abaixada. Cheguei próximo a ela e chamei pelo André. Nada me preparou pra visão que eu tive... André vindo só de calça jeans baixa, o elástico de uma cueca preta aparecendo por ela.  O peitoral malhado nu, cheio de gotículas de água. Usando uma toalha pra secar o cabelo.

Gente, que visão dos céus. Minha vontade era de passar minha língua em cada uma daquelas gotinhas.

Pra jogar a última pá de terra ( porque sim, eu estava mortinha), ainda tinha aquele sorriso...

- Me desculpa Mariana, eu fiquei meio enrolado com um carro aqui. Acabei me atrasando... nossa, você está diferente com os cabelos soltos. Linda. - disse ele parando para me olhar e jogando a toalha no ombro.

Não sei se eu imaginei coisas, mas por um momento seus olhos ficaram mais escuros e profundos. Parecia ter uma fome dentro deles.

Bingo! Acho que consegui abalar o Sr inabalável. A Florzinha já está dando seus sinais de vida, toda convencida.

- Obrigada - Eu disse, meio tímida. Por que eu e a Florzinha estamos tendo um conflito de personalidades hoje. Não consigo acompanhar tamanha devassidão.

- Me dá só mais um minuto e já poderemos ir. Senta aqui - Ele falou já pegando na minha mão e me levando a uma espécie de sala de espera da oficina.

Eu me sentei e abri minha bolsa. Uma conferida no espelho da maquiagem, me mostrou minhas bochechas vermelhas. Resultado do fogo que eu estava sentindo me queimar por dentro.

Um pouco depois ele volta. Mais vestido, porém igualmente gostoso usando uma camisa pólo azul. Os cabelos estavam penteados, embora ainda molhados. E o cheiro, um perfume maravilhoso que enchia o ambiente.

- Vamos?

- Oh sim, claro. E onde, vamos? - Eu disse, me lembrando que não  tínhamos combinado o lugar.

- Primeiro, senhorita. Café ou drinques? - Ele me responde sorrindo.

Alooou. Alguém avisa a ele que não consigo pensar quando ele sorri assim. Pelo menos não pensar em café  ou drinques...

- Huum. Drinques, por gentileza. Senhor. - Quando eu disse senhor, parece que eu vi aquela escuridão  nos olhos dele de novo. Ele tinha parado de sorrir e me olhava como se eu fosse um doce gostoso na padaria.
Não pode ser só imaginação...

O momento passou rápido, e ele logo voltou a sorrir e disse me pegando pela mão: - Tem um bar ótimo por aqui. Você vai gostar...

Mariana - Simples e deliciosoOnde histórias criam vida. Descubra agora