Conhecendo mistérios

807 48 3
                                    

Respirei aliviada à frente do bar quando um táxi deixou André na calçada

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Respirei aliviada à frente do bar quando um táxi deixou André na calçada. Quando ele se aproximou, eu lhe entreguei as chaves do carro e sorri feliz.

- Oi.

- Oi mocinha - ele disse retribuindo meu sorriso.

- Hoje você não parece bravo como naquela vez - Falei me referindo ao outro dia em que ele me repreendeu duramente por estar alcoolizada demais.

- É, você tem razão. Embora eu devesse estar... Se eu não ligasse, você teria ido embora dirigindo? - ele perguntou ficando sério.

Eu baixei a cabeça e chutei uma pedra qualquer no chão.

- Eu não pensei no que faria. Acho que já estou com coisas demais para pensar - admiti.

- Vamos embora - André disse me pegando pela mão e começando a andar para o estacionamento do bar.

Eu fui o acompanhando. Já no carro enquanto ele dava partida, tive um ímpeto.

- Não quero ir para casa. Me leva no seu clube de dominadores pervertidos - eu disse sorrindo maliciosa.

Ele me olhou incrédulo.

- O que você quer lá?

- Quero saber sobre você. Das coisas que você gosta e ainda não me mostrou. Quero saber o que você costuma fazer lá.

- Não acho que seja uma boa ideia - ele disse sem convicção.

- Por que? Está me escondendo algo? No começo você parecia interessado em me levar lá - perguntei desconfiada.

- Sim. Quero dizer... não escondo nada. É só que aquelas coisas não importam mais.

- Para mim importam. Eu quero ver, não vou desistir.

- Tudo bem Mariana - ele disse sem empolgação, finalmente se dando por vencido.

Quando André mostrou o chaveiro ao brutamontes na porta, imediatamente  nossa entrada foi liberada. André me fez adentrar primeiro, me guiando com uma das mãos em minhas costas. Quase tocando meu bumbum.

A excitação desse toque e a adrenalina do desconhecido já estavam me deixando úmida. Entramos por um corredor preto que culminou em um grande salão com vários ambientes, tudo muito luxuoso.

Eu diria que era apenas um bar chique, exceto pelas situações que presenciava. Perto de nós uma moça andando de quatro como um cachorro enquanto um homem mais velho a guiava por uma coleira. Ela usava um tipo de mordaça com uma bola que se encaixava em sua boca, aquilo a fazia babar. Ela ostentava um rabo balançando cuja extremidade desaparecia em seu interior.

Num canto uma outra moça com uma roupa de látex que só não cobria seus seios e partes íntimas se exibia numa mesa. Enquanto cerca de seis pessoas a tocavam despudoradamente por todo o corpo.

Numa mesa redonda de bar um rapaz atraente bebia e conversava despreocupadamente com outro, enquanto por baixo da mesa um moreno lhe chupava avidamente enquanto acariciava suas bolas.

Acho que se André não estivesse praticamente me empurrando com sua mão em minhas costas eu ainda estaria lá na porta do salão, olhando de boca aberta. Mas ele o fez e agora apontava um banco no bar.

- Sente-se Mariana - ele disse em tom neutro.

Eu me sentei e ele fez um pedido que eu ignorei ao barman, porque agora notei como ele estava vestido. O negro com sorriso perfeitamente branco à nossa frente parecia um armário de tão forte, usava apenas uma calça de couro tão apertada que marcava seus músculos, o volume de seu membro e a sua bunda perfeitamente redonda. Que pude ver quando ele se virou.

- Você está babando Mariana - André disse me acordando do meu transe.

Passei a mão pela boca rapidamente antes de perceber a ironia das suas palavras. Então me senti uma idiota e corei de vergonha.

- Tudo bem. Eu sei que ele é gostoso - ele disse me dando um sorriso sedutor.

Eu o olhei curiosa. E levantei uma sobrancelha enquanto uma idéia se formava na minha mente.

- Pergunte Mariana, estou conseguindo ouvir as engrenagens eu cérebro daqui - ele disse parecendo se divertir.

- Você... hum... tem interesse? - arrisquei tentando escolher as palavras certas.

- Em homens? - ele me ajudou.

- Sim. Isso.

- Não exatamente. Mas digamos que em certas circunstâncias de uns tempos atrás eu me permiti experimentar certas coisas - ele disse dando de ombros.

Levei minhas mãos à boca em surpresa. Ele estava me dizendo que já deu para um cara? Não consigo acreditar nisso. Então resolvi insistir nas perguntas, precisava saber.

- Então você já, sabe... foi penetrado? - perguntei chocada com o som das palavras saindo da minha boca.

- Eu não bebê. Sou um dominador, você sabe. Então faça suas contas. Às vezes um casal ou outro quer sair da rotina de um casamento e os dois tem os mesmos interesses...

Eu bebi um gole da água que foi posta à minha frente. Enquanto ele sorriu vendo o quanto eu estava surpresa e bebericou seu whisky divertido.

Quando eu ainda me recuperava do choque da revelação, a luz do lugar diminuiu e um palco foi destacado.

Ali uma ruiva de parar o trânsito começou um tipo de apresentação, ela dançava sensual no meio do palco. Um rapaz musculoso entrou usando somente máscara e calça, o torso estava nu. Olhando o conjunto ele parecia um tipo de torturador medieval. Ela abaixou a cabeça no instante em que o viu, como se fosse sinal de respeito e obediência. Ele se aproximou dela e acariciou o topo da sua cabeça, como fazemos com cachorrinhos bondosos.

Entao ele mostrou uma corda que trazia na mão. Habilmente foi fazendo nós e dando voltas, inicialmente pelos  pulsos e subindo pelos braços da ruiva que estavam posicionados juntos para trás. A corda foi fazendo seu caminho indo agora para o corpo da moça, circulou seus seios e desceu pela barriga e foi prendendo todo o quadril.

Nesse momento eu me distrai com o hálito quente do André que sussurrava em meu ouvido.

- Essa prática se chama shibari bebê, é muito prazeroso pra um dominador ter sua submissa rendida assim às suas vontades - ele disse com voz rouca, fechei meu olhos por um minuto e imaginei como seria nós  dois fazendo aquilo.

Um calor absurdo tomou conta do meu corpo, então abri meus olhos e me abanei com as mãos. André riu e se afastou novamente.

No palco a ruiva já se encontrava suspensa por cordas que se uniam as do corpo dela. Sua intimidade estava totalmente exposta e o homem batia com um chicote ali. Ela gemia alto. E eu fiquei molhada.

Mas isso não fez passar despercebido uma loira alta e esguia, um corpo maravilhoso com um vestido vermelho que abraçava suas curvas. Ela vinha na minha direção com passos decididos, foi aí que notei que não era na minha direção...

Mariana - Simples e deliciosoOnde histórias criam vida. Descubra agora