Bem vindo ao inferno

Militares - parte 4

  Norman
 

Depois de olharmos para o lado em que o oficial apontou, pegamos as nossas armas e começamos a atirar, todos nós e mais alguns outros oficiais também, atirávamos sem parar em quanto dávamos alguns passos para trás. O que nós vimos era um demônio, ou pelo menos parecia um, mais esse era bem diferente, ele era bem maior que os outros e de uma outra cor, parecia ser um vermelho sangue, mas naquela hora eu não tinha tempo para ficar reparando nisso

- Corram! – Disse um oficial em quanto saia correndo.

- Ele não morre! – Disse outro oficial enquanto fazia alguma coisa, acho que ele estava recarregando a arma, mas eu estava muito ocupado para prestar atenção nisso

- Socorro! Alguém me ajude! – Aquela coisa pegou vários oficiais de uma vez só, e colocava um por um, dentro da sua boca enquanto eles gritavam por ajuda.

No meio de todos aqueles tiros e de vários gritos, alguém lançou um sinalizador preto e nós começamos a correr de volta para a base, mas sempre parando para atirar nos demônios comuns que estavam por toda a parte. Demorou bastante pra chegarmos lá, e só quando estávamos muito perto da base quase para entrar que eu me dei conta da quantidade de pessoas que conseguiram voltar, o que era muito, muito pouco, comparado ao tanto de pessoas que saiu da base, somente um pouco mais de um quarto conseguiram voltar. Eu olhei para as únicas cinco pessoas que eu conheço que estão um pouco atrás de mim, estavam todos com uma expressão de medo e Gilda não parava de chorar. Após algum tempo aguardando, o enorme portão cinza se abriu, nos permitindo entrar na base, andamos por aquele enorme corredor branco ate chegarmos no nosso quarto, por sorte as crianças estavam dormindo e não viram as nossas roupas sujas de sangue, mas antes de eu fechar a porta eu avisto Krone passando no corredor e dou um leve toque no ombro de Ray em seguida apontando para fora, eu e ele saímos do quarto e chamamos Krone.

- Ei! Oficial Krone – Ray diz fechando a porta, e Krone se vira para nós, olhando em nossos olhos.

- Sim? Querem algo crianças? – Ela diz colocando aquele enorme sorriso no seu rosto o que me deu muita raiva, até parece que ela não sabe oque aconteceu lá.

- Queremos falar com você. – Ray diz balançando a cabeça em minha direção em um sinal de ele estava falando dele e de mim.

Ela apenas assente com a cabeça e vai andando pelo corredor e nós a seguimos, até chegarmos naquela mesma sala que ela havia nos chamado para conversar da última vez, nós nos sentamos nos mesmos lugares e ela também.

- Então o que queriam conversar? – E novamente ela abre aquele sorriso dela

- Queremos falar sobre aquela coisa que vimos lá fora – Digo colocando os braços em cima da mesa

- Que coisa? – Ela diz se fingindo de desentendida, nossa que ódio!

- Você sabe muito bem do que estamos falando! – Ray diz exaltando um pouco a voz, parece que ele também ficou irritado com ela.

Ela fica um tempo em silencio assim como nós, ela não queria nos contar e eu não sei o porquê disso, se ela simplesmente falasse seria tudo tão mais fácil. Depois de muito tempo em silencio ela solta um longo suspiro e começa a falar.

- Tá bom, tá bom, eu falo – Ela cria uma pequena pausa antes de continuar a sua fala – Como eu posso dizer, aquilo era como se fosse, a rainha dos demônios.

- A rainha dos demônios? -Ray perguntou, parecendo não acreditar muito naquilo

- Isso mesmo. – Ela disse ainda com aquele sorriso no rosto, eu realmente não entendo como ela consegue sorrir em um momento como este.