Ray
Ah, claro em armas, simples assim, ela só pode estar de brincadeira com a minha cara! Como ela pode dizer algo assim como se não fosse nada de mais, ela nem perguntou pra gente, e também não falou nada, e mesmo se tivesse logicamente teríamos recusado, ela é doida!- O que você quer dizer com isso?! O que vocês estão fazendo com a gente?! – Norman já estava tão alterado quanto eu, ele levantou a sua voz, mas ela parece ter falhado um pouco, talvez ele ainda esteja um pouco tonto.
- Calma Norman, vamos devagar. O que está acontecendo? O que vocês fizeram? – Perguntei o mais calmo o possível para que Norman também fique, ele pode acabar ficando mais doente se ele falar tão alto ou se ficar tão alterado
- Bom... na verdade, eu ainda não posso contar para vocês. – Ela só pode estar de brincadeira! Como assim ela não pode contar ainda?! Ah não, ela vai ter que contar!
- Não! Não tem isso de “eu não posso contar”! Você tem que contar! Temos todo o direito de saber! – Norman conseguiu se pronunciar antes de mim, e eu admito, não teria dito melhor.
- Infelizmente, eu não posso contar. Isso não cabe a mim, e mais, vocês vão descobrir em breve, não precisam ficar assim. Confiem em mim! – Confiar em você?! Até parece que uma coisa dessas é possível, e da para você tirar esse sorriso ridículo da cara! Nossa eu já estou irritado, de novo, que merda!
- Você sabe que isso não é o suficiente né? Uma hora ou outra, você vai ter que contar toda a verdade pra gente. – Nossa que voz mais cínica essa que o Norman deu, e sinceramente, eu não sei como ele ainda consegue falar com ela, ou até mesmo olhar para ela, tudo o que eu quero fazer agora é estrangular ela, até ela falar ou até ela morrer, o que vier primeiro.
- Veremos Norman. Isso nós veremos. Bom agora eu vou sair, nós vemos mais tarde! – Nossa isso me deixou mais irritado, o que ela quis dizer com “veremos”, fala sério!
Depois que ela saiu, a sala que estava a maior falação e também a maior guerra ficou completamente em silencio, não queríamos falar nada, e também não tínhamos nada para falar, tudo o que podíamos fazer era pensar seriamente sobre o que ela falou. O que eles queriam fazer com a gente? O que ela quis dizer com armas? Nós por acaso vamos ganhar algum tipo de poder ou alguma habilidade especial? O que era aquela coisa que injetavam no nosso corpo todos os dias? Será que as outras pessoas também tomaram aquilo?
As perguntas corriam soltas pela minha cabeça, mas somente perguntas, sem respostas. Eu precisava saber o que estava acontecendo, se não a minha cabeça iria explodir!
Quebra de tempo
Ao que parece todos os outros acordaram e já estavam melhores era hora de voltar para o nosso quarto. Todos saímos das salas praticamente ao mesmo tempo, nós nos encontramos no corredor e a primeira coisa que eu noto é...- Esperem, onde está a Emma?! – Eu olho para um lado e depois para o outro e não a vejo.
- Pensando bem agora, faz bastante tempo que eu não a vejo! – Gilda tem razão desde quando eu não a vejo? Desde ontem a noite eu acho.
- Depois que acordei o Don ficou vindo em cima de mim todo preocupado com a Conny em seu colo, e depois foi a Anna com o Phil, e o Norman estava do meu lado, mas eu não me lembro de ter visto a Emma! – Os outros parecem surpresos e pensativos, mas realmente eu não lembro de ter visto ela depois que fui dormir.
- Eu também não lembro! Eu acordei e fui falar com a Conny, mas ela já estava mal então eu não prestei muita atenção nisso! – Don já estava andando de um lado para o outro parecendo procurar por respostas, mas pelo jeito não funcionou.
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Bem vindo ao inferno
FanfictionDois amigos que depois acabam se tornando três, cada um com suas vidas pessoais uma mais complicada que a outra, mas tentando se ajudar ao máximo, e, como se isso não bastasse, em um piscar de olhos não somente suas vidas mas como a de todas as outr...