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Assim que a viram, correram em sua direção para abraça-la. A emoção de vê-la novamente depois de tanto tempo tomou conta de seus corpos que começaram a derramar lagrimas de alegria por finalmente poderem ver e tocar aquela amiga tão preciosa para eles. Exceto, aquela pessoa que estava estranha a dias, os amigos acharam que ela voltaria ao normal assim que visse Emma, mas estavam enganados.- Emma que bom que você voltou, venham temos que voltar para a base agora. – Gilda não abraçou Emma assim que a viu, não chorou de felicidade por ver a namorada, nem sequer sorriu ao vê-la, e suas primeiras palavras após reencontrar com a pessoa amada, mais pareciam que ela estava reencontrando a pessoa mais odiada de todas, foram frias e sem emoção.
- Gilda... está tudo... bem com você? – Seus amigos que estavam abraçados a ela até agora, a soltam para que ela possa conversar com Gilda. Emma dá pequenas pausas em sua fala, já que ela estava assustada, logo de cara percebeu que algo estava errado com a Gilda.
- Eu estou ótima, agora vamos voltar para a base. – Gilda deu as costas para Emma e começa a andar, mas Emma segura seu braço e olha em seus olhos, mas sem dar qualquer palavra.
Gilda apenas a ignorou e soltou seu braço das mãos de Emma, e continuou a andar. Os outros que estavam um pouco mais afastados ficaram ao lado de Emma para consola-la.
- O que, o que foi que aconteceu com ela? O que eu fiz de errado? – Emma já não aguentava mais e levou suas mãos até o seu rosto, e começou a chorar, mas dessa vez não era de felicidade, agora ela chorava de tristeza. Não entendia o porque da pessoa que mais ela queria ver, da pessoa que mais ela queria abraçar, da pessoa que ela mais queria estar junto, não querer estar com ela também, e aquilo foi o suficiente para partir o coração de Emma em mil pedaços.
- Nós também não sabemos o que está acontecendo com ela, ela está assim desde que ganhamos nossas habilidades. Então não chore, a culpa não é sua, você não fez nada de errado, tá bom? – Norman abraça Emma que apenas assente com a cabeça em um sim como resposta.
Emma podia ser uma menina alegre e extrovertida, mas na verdade, ela é assim apenas para esconder a sua verdadeira personalidade, porque de verdade, ela é uma pessoa muito sensível, que se machuca muito fácil e fica se culpando pelas coisas. E Norman e Ray, assim que a viram chorar de coração partido, imediatamente se lembraram do passado, um passado que pelo que eles mais buscavam era esquecer, esquecer toda aquela dor e sofrimento pelo qual passaram.
Eles voltaram para a base em total silencio, Emma ainda estava abalada, mesmo os outros tentando acalma-la, e dizer “tudo vai ficar bem”, “ela vai voltar ao normal”, “não tem com o que se preocupar”, ela continuava sem chão. Só conseguia pensar que a culpa era sua, que era culpa dela Gilda ter ficado daquele jeito, mas lá no fundo, ela sabia que não era, lá no fundo, ela acreditava que tudo iria voltar ao normal, e que elas iriam voltar a se falar novamente, mas sua culpa sempre falava mais, e mais alto.
Ficaram um pouco aliviados por ouvir que a missão foi um sucesso e que, por incrível que pareça, não perderam ninguém em batalha, apenas alguns feridos, mas ninguém morto, ou desaparecido. Mas é claro que isso não fazia com que Emma parasse de pensar em Gilda.
Quando voltaram para seu quarto, as crianças pularam em cima de Emma dando um forte abraço na mesma e dizendo “que bom que você voltou irmãzona!”, “estávamos com saudade irmãzona”. Emma não sabia dizer se aquilo havia a deixado mais feliz, ou, mais triste ainda, mas o que com certeza a deixou muito triste foi ver Gilda sentada em sua cama, logo em seguida pegando uma toalha e indo direto para o banheiro, sem olhar para nenhum deles, ela os ignorou completamente. Emma se segurou para não chorara na frente das crianças, mas foi difícil.
- Olá crianças! Como foi o reencontro de vocês, ficaram surpresos pôr na verdade o demônio ser a Emma? – A oficial Krone aparece atrás deles junto de seu sorriso largo que vai de orelha a orelha.
- Oficial Krone, precisamos falar com você. – Emma se levanta do chão, já que ainda estava agachada abraçando as crianças.
- Claro, venham, vamos para uma sala separada. – A oficial já saia da sala e nós seguimos a mesma, mas não sem antes falar para as crianças avisarem a Gilda que eles iriam dar uma volta rapidinho.
Andaram pelo corredor até a mesma sala que foram da ultima vez, só que dá última vez foram com Gilda e não com Emma. Se sentaram cada um em uma cadeira, Emma primeiro olhou aquela mesa redonda enorme e depois reparou que a sala era inteiramente branca.
- E então o que queriam falar? – A Oficial tira o silencio daquela sala enorme logo após todos se sentarem.
- Tem duas coisas que gostaríamos de falar. – Ray responde a oficial sério e colocando as suas mãos em cima da mesa
- Duas? – Perguntam Emma, Anna e Don, indicando que Norman já deve saber qual é a segunda coisa.
- Claro podem começar. – A oficial se aconchega no encosto da cadeira, para poder prestar mais atenção ao que eles querem perguntar
- Primeiro: Tem mais de uma rainha, não tem? – Ray começa a falar perguntando primeiro o que menos interessava a todos daquela sala.
- Bom, pode se dizer que existem rainhas falsas, copias baratas da verdadeira, mais a verdadeira ainda não foi identificada. – Ela parecia que continuaria a falar, mas deu uma pausa antes – E a outra pergunta, o que seria?
- Gilda! – Exclamam todos juntos o que os deixa surpresos, menos a oficial, que parecia já ter se acostumado com aquilo
- Sim, o que tem ela? – No começo eles ficam um pouco desconfiados de que ela já saiba o que está acontecendo com Gilda, mas depois concluem que não tem como a mesma saber o que se passa com Gilda.
- Ela anda estranha, desde que descobrimos as habilidades, e não sabemos o que ela tem – Norman responde a oficial que parece pensar um pouco.
- Estranha como? – Pergunta a oficial, e o que eles reparam é que essa deve ser primeira conversa em que a oficial está levando a sério de verdade.
- Ela está mais fria que o normal... não parece ser ela... ela não está mais carinhosa e nem gentil como era antes, ela está seria, e não demonstra emoções... ela perece estar... sem sentimentos. – Emma parecia um pouco abalada mas mesmo assim responde a pergunta da oficial que fica um tempo em silencio pensando em algo.
- Bom, isso com certeza foi um efeito de suas habilidades. A solução melhorou as suas habilidades físicas, mas como Gilda era frágil mentalmente, a solução não tinha outra opção a não ser tirar essa parte “frágil” dela, no caso tirar a sua gentileza, pena, tristeza, saudade, amor e todos os seus outros sentimentos que a solução considerava “inútil”. – Quando a oficial parou de falar ficamos chocados, e sem reação.
- Mas, então porque isso não aconteceu comigo e Anna também? – Don pergunta e Anna afirma com a cabeça
- Bom, porque provavelmente vocês não têm medo de matar demônios, e não são tão sentimentais igual Gilda era. – A oficial responde a Don e Anna que parecem estar processando toda aquela informação.
- E tem como fazer ela voltar ao normal? – Emma pregunta desesperada para a oficial.
- Bom nós não podemos fazer nada, mas talvez se você conversar com ela, pode haver uma pequena possibilidade d’ela voltar ao normal. – A oficial responde à pergunta preocupada de Emma.
Eles agradecem a oficial por ter respondido as suas perguntas, e se levantam para irem embora, no corredor Emma pede para eles que deixem ela sozinha com Gilda por um momento.
Quando entraram no quarto, Gilda estava com seu pijama branco sentada em sua cama lendo um livro, Anna e Don, chamam seus irmãozinhos, e dizem para eles que a irmãzona Gilda e a irmãzona Emma, precisavam conversar um pouco.
Depois que todos saem do quarto Emma se senta na frente de Gilda em sua cama para conversar com a mesma.
- Gilda precisamos conversar.
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Bem vindo ao inferno
FanfictionDois amigos que depois acabam se tornando três, cada um com suas vidas pessoais uma mais complicada que a outra, mas tentando se ajudar ao máximo, e, como se isso não bastasse, em um piscar de olhos não somente suas vidas mas como a de todas as outr...