"Meu orgulho, meu ego, minhas necessidades e meu jeito egoísta fizeram com que uma mulher boa e forte como você saísse da minha vida. Agora eu nunca conseguirei limpar a confusão que eu fiz."— Bruno Mars ( When I Was Your Man)
GIOVANNA
Quando começa a escurecer, as luzes se acendem, fica ainda mais lindo, com tochas espalhadas e pisca-pisca nas árvores. Os rapazes acendem a fogueira e a galera se aconchega para se esquentar, fizemos uma rodinha e logo alguém puxa um música. Vejo Carlos tocando violão e Eduardo canta Tempo Perdido do Legião Urbana e a galera acompanha.
O violão vai rodando pela rodinha e cada hora é um que puxa a música. Eu estava com a cabeça encostada no peito do Leo, com seu braço em volta de mim vendo as faísca do fogo subir, alguém entrega o violão para ele e eu me aprumo para ele tocar. Leo me olha sorrindo e começa a cantar Coisa Linda.
— Linda do jeito que é, da cabeça ao pé, do jeitinho que for. É, e só de pensar sei que já vou estar morrendo de amor.— ele canta sorrindo e olhando para mim, e eu o canto o refrão junto com ele.
— Linda feito manhã, feito chá de hortelã, feito ir para o mar. Linda assim, deitada, com a cara amassada, enrolando o acordar.— Ele canta e a galera toda fica olhando.
— Coisa linda, vou pra onde você está, não precisa nem chamar.— cantamos juntos o refrão.— Ah, se a beleza mora no olhar, no meu você chegou e resolveu ficar. Pra fazer teu lar.
Quando terminamos a música, a galera aplaude, eu sorrio para o Leo e ele me beija rapidamente. O violão continua rodando, vejo quando a Nicole entrega ele para Victor.
—Não, Nick, eu não toco bem — ele diz.
—Você já aprendeu a tocar algumas músicas —Nicole insiste, nunca soube que Victor tocava.— Vai lá!
— Bom, galera, eu não toco tão bem quanto a Pacific Band — ele diz o nome da banda com sarcasmo.— Nem canto como a Giovanna. — ele me olha com um sorriso debochado, tenho vontade de bater na cara dele para acabar com esse sorrisinho.— Então me perdoem.
Ele começa a tocar alguns acordes, mas tem que começar de novo porque erra. Então ele começa a cantar Outra Vida do Armandinho.
— Talvez não seja nessa vida ainda, mas você ainda vai ser a minha vida.— ele canta com aquela voz rouca, eu tento colocar na minha cabeça que é só uma música, mas a forma como ele me olha enquanto canta, a forma como me encara e não tira os olhos de mim, fazem meu coração parar de bater.— Então a gente vai fugir pro mar, eu vou pedir pra namorar, você vai me dizer que vai pensar, mas no fim, vai deixar.
Eu preciso me lembrar como se respira, porque de repente parece algo difícil de se fazer.
— Talvez não seja nessa vida ainda, mas você ainda vai ser a minha vida. Sem ter mais mentiras pra me ver, sem amor antigo pra esquecer, sem os teus amigos pra esconder. Pode crer, que tudo vai dar certo.— ele canta essa parte e abre um sorriso, sinto meu corpo gelar e tento não olhar para ele, a galera parece ter notado o climão que se instalou entre nós.— Sou pescador, sonhador. Vou dizer pra Deus nosso senhor que tu és o amor da minha vida, pois não dá pra viver nessa vida morrendo de amor.
Quando ele termina mantém os olhos fixos em mim e a galera aplaude, solto a respiração que nem sabia que estava prendendo. Baixo o olhar tentando não vê-lo, mas é impossível, não consigo fugir de seus olhos penetrantes.
Me levanto num salto, me afasto da fogueira pisando duro e caminho até a mesa de bebidas praguejando o idiota do Victor.
— Posso falar com você?— diz Ryan entrando no meu caminho, eu estava sem paciência agora e sou capaz de arrebentar a cara desse imbecil se ele tentar alguma coisa.
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Amor Proibido
Teen FictionGiovanna Ramirez nunca entendeu bem a briga e a rivalidade entre Ramirez e Drummond. Acostumada a ter tudo que deseja e fazer sempre o que quer, descobre que tem muito mais segredos por trás dessa briga do que ela pensava. Victor Drummond, cresceu...