••Capítulo 100••

1.5K 66 1
                                    

"Há apenas uma maneira disso acabar, alguém morre ou alguém se machuca."— Nessa Barrett (Die First)

GIOVANNA

Acordei com a merda do galo cantando, minha vontade era de matar ele. Sabendo que não conseguiria dormir mais, eu levantei, fui para o banheiro, lavei o rosto e escovei os dentes.

— Bom dia — falei para minha vó que tomava café.

— Acordou cedo!

— Esse galo não me deixou dormir — ela riu, peguei uma xicara de café e me sentei.

— O tio Guilherme não voltou ainda? — ela negou. Eu peguei meu celular e tentei ver se tinha alguma mensagem, mas a internet não colaborava.— O sinal aqui é sempre tão ruim assim?

— Na varanda funciona melhor.

Fui até a varanda e tentei pegar sinal, mas estava difícil, o telefone da casa tocou e vovó foi atender, eu desisti de conseguir sinal e entrei, minha vó estava na sala com o telefone na orelha com uma cara pálida.

— Oi? É a vó dela (...) Hum? Desculpa, não entendi. (...) Que? (...) Não preciso do endereço, sei onde é.— ela falava mais rápido e ficou séria quando me viu.— Eu aviso sim, obrigada por ligar.— ela estava tão séria que eu até me assustei.

— Quem era? O que houve? – observei o semblante assustado dela.

— Era um tal de Kauã...— ela se sentou na ponta do sofá e puxou a minha mão e a segurou.— É o Victor.

— O que tem ele?

— Ele sofreu um acidente de moto e está no hospital. — senti um choque percorrer por todo o meu corpo, o meu coração doer e palpitar mais rápido, como se o meu mundo inteiro tivesse parado de rodar.

— Ai meu Deus! — me levantei apressada.— Eu tenho que ver ele, a senhora me empresta o carro?

— Não vou deixar você dirigir desse jeito, eu te levo.

Fui para o quarto e me troquei rapidamente, vovó se arrumou, pegou a bolsa e saímos. Fui o caminho inteiro até o hospital apreensiva e com medo, torcendo para que nada grave tenha acontecido com ele.

Me identifiquei na recepção, mas a atendente grossa horrores não quis me deixar entrar porque só a família era permitida, então sentei ali na recepção e liguei pro Kauã.

— Kauã... — me levantei quando ele apareceu na recepção com uma carinha de quem estava exausto. O abracei e ele devolveu o abraço apertado. — Como ele tá? O que foi que aconteceu?

— Ainda em observação. Parece que ele tava em alta velocidade e ultrapassou o sinal e bateu em um carro que vinha no cruzamento.— levei a mão na boca sentindo o meu coração palpitar a cada palavra dele.— Ele teve uma lesão no braço, rafiamento do fígado e acabou tendo uma hemorragia, por sorte estava de capacete, se não...

— Caralho, Kauã...— sentei quando senti que as minhas pernas iam falhar. — O que os médicos disseram?

— Ele teve que fazer uma cirurgia às pressas, trataram a hemorragia, mas ele tem que ficar em observação.— Kauã se sentou ao meu lado e soltou um suspiro pesado, vovó acariciou minhas costas.

— O Victor vai ficar bem, né? Eu queria ver ele, mas não me deixaram entrar.

— A Regina tem que liberar pra entrar, também não me deixaram entrar por não ser da família.— ele encostou a cabeça na parede e fechou os olhos.

— Cê tá cansado, né? Por que não vai para casa?

— Não posso, a Nicole ta vindo pra cá e eu tenho que esperar ele acordar. Vou lá ver se tem alguma notícia dele, eu venho aqui te avisar, ok?— eu assenti.

Amor Proibido Onde histórias criam vida. Descubra agora