"Você diz que sou louco, porque acha que não sei o que você fez. Mas quando você me chama de amor eu sei que não sou o único."— Sam Smith (I'm Not The Only One)
GIOVANNA
Na manhã seguinte acordei com uma puta dor de cabeça e com ressaca moral, seria muito melhor se tivesse esquecido, melhor do que ficar o dia inteiro me sentido envergonhada por tudo que eu disse ao Victor. Eu não lembrava exatamente de tudo, apenas de nos dois no bar e eu desabafando com ele, lembro vagamente dele me trazer em casa e só.
Passei o dia ajudando meu pai na farmácia, não procurei o Leo, não liguei nem mandei mensagem, se ele quiser que me procure, cansei de correr atrás.
Porém, na sexta eu tive que encarar ele de qualquer jeito, iríamos ensaiar para a apresentação no bar do Joe amanhã.
Quando cheguei no bar, Leo e estava lá, ele dedilhava o violão e cantava baixinho Meu Erro dos Paralamas do Sucesso, foi a primeira vez que eu via ele depois da briga de quarta-feira. Ele evitou me olhar nos olhos o tempo todo, esperamos os meninos chegarem, JP amenizava o clima falando algumas bobeiras.
— E aí?— Carlos diz se aproximando.
— Cadê o Eduardo?— Leo pergunta.
— O Eduardo está gripado, você vai ter que cantar sozinha, Gio — Carlos diz e eu assenti.
Os equipamentos já estávamos montados então começamos o som logo, começamos tocando De Tanto Amor do Nando Reis.
— Qual é gente? O que tá rolando?— Carlos perguntou. — Gio, você errou a letra outra vez e o Leo, você tá tocando fora do ritmo.
Eu bufo revirando os olhos.
— O Carlos tem razão, eu sei que as coisas estão estranhas para vocês, mas vocês precisam levar a coisa a sério, não podemos nos apresentar assim amanhã.— JP falou.
— Tá legal, vamos de novo!— Leo falou.
Começo a cantar Me dê motivos do Tim Maia, tava tudo correndo bem, até o Leo parar de tocar.
— O que foi?— perguntei parando de cantar.
— Não tá dando!
— O que não está dando?
— Isso — ele diz me entregando o violão.— A gente...
— E vamos de intervalo — JP diz saindo de trás da bateria, os meninos se afastam e eu continuo olhando para o Leo.
— Não vai dar pra nós dois tocarmos juntos amanhã, eu não vou tocar, a banda precisa mais de você do que de mim, ainda mais com o Eduardo gripado.
— Qual é, se você não sabe ser profissional o bastante para não misturar as coisas não desconte na banda.— digo praticamente gritando.
— Não está funcionando mais, você não vê?— ele grita de volta.— Não está dando certo!
— Por que eu tenho a impressão de que você não está falando da banda?— Leo desvia os olhos do meu soltando um suspiro pesado.
— É melhor a gente dá um tempo.
— Você está terminando comigo?— pergunto incrédula.
— É só um tempo!
— Você sabe quem essa coisa de um tempo não é verdade.
— Vai ser melhor para nós dois, para a gente pensar, entender o que queremos e o que sentimos.
— Eu sei muito bem o que sinto, fale por você...
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Amor Proibido
Ficção AdolescenteGiovanna Ramirez nunca entendeu bem a briga e a rivalidade entre Ramirez e Drummond. Acostumada a ter tudo que deseja e fazer sempre o que quer, descobre que tem muito mais segredos por trás dessa briga do que ela pensava. Victor Drummond, cresceu...