Amor Proibido

••Capítulo 75••

"Minha mãe não gosta de você e olha que ela gosta de todo mundo."— Justin Bieber (Love Yourself)

GIOVANNA

A sexta tinha chegado bem animada, fui avisada na escola que hoje a Pacific Band iria se apresentar no Bar do Joe, como sempre sou a última a saber das coisas. Agora estamos aqui na garagem da casa do Eduardo tentando passar o som para pelo menos termos uma playlist para a apresentação.

O repertório tava bem eclético, de MPB à funk acústico.

— Aí gente na boa, acho que já está bom de ensaio — falo largando o microfone.

— Ainda não está 100% — Carlos disse me fazendo revirar os olhos.

— Também acho que já está bom por hoje.— JP falou e aproveitou a pausa para beber água.

— Vamos só mais uma vez — Carlos insistiu fazendo sentir vontade de voar no pescoço dele.

— A gente já passou a tarde inteira ensaiando, eu tenho que descansar minha voz se quiser que eu canto mais tarde.— falei sem paciência já. — Não tem como passar todas as músicas em um dia só.

— Se você tivesse visto o grupo do WhatsApp a gente teria ensaiado antes. — Carlos falou.

— Ah tá, agora eu tenho culpa né? Vocês só ficam falando de jogo no grupo, se estivessem falando alguma coisa que preste eu com certeza teria visto.— rebato elevando o tom de voz.

— A Gio tá certa, não vai dar pra ensaiar tudo hoje.— Leo disse.

— Defendendo a namoradinha, que cômico!— dessa vez o idiota do Carlos passou dos limites, eu praticamente voei em cima dele, apontando o dedo na cara dele.

— Tu cala a sua boca e vê se para de falar merda!

— TPM, Gio?— deu um sorrisinho irônico.

— Deixa de ser babaca, Carlos — JP falou e me puxou de cima dele.

— É, acho que é melhor encerrar por hoje.— Edu disse, eu pego minha bolsa e as minhas coisas.

— Vê se pra de se meter onde não é do seu interesse para não dizer bosta.— falei para Carlos quando passei por ele.

Sai pisando duro com a cabeça até fervendo, cheguei em casa e fui direto para o meu quarto, me joguei na cama e apaguei.

Acordei com o porre do Inácio entrando no meu quarto e fazendo barulho.

— Tu acordando é feia pra caralho — falou e deu uma risada, eu mostrei meu dedo médio e esfreguei meu rosto.

— Que horas são?

— Hum, sete e vinte — falou olhando o relógio no pulso.

— Puta merda — passei a mão no cabelo.— Ah eu tenho que me arrumar.

— Vai cantar no bar do Joe hoje né?— concordei com a cabeça.

— Tô com uma dorzinha de cabeça — eu disse.— Pega um remédio para mim aí na gaveta.

Inácio me entregou o comprimido e eu peguei o copo de água que estava no criado mudo, bebi o resto da água num gole só e fiz careta. Odeio tomar remédio, sempre tenho a sensação que o comprimido ficou agarrado na minha garganta.

— Vou tomar banho!— avisei me levantando.

— Vai mesmo, tá numa inhaca!— riu e eu revirei os olhos.

— Você e a Carina vão?

— Vamos.

— Ok.

Fui para o banheiro, tomo um banho bem rapidinho, nem lavei o cabelo, me sequei, passei um hidratante. Coloquei um short jeans por cima da meia calça preta, vesti uma blusa preta e uma jaqueta de couro, calcei o meu coturno, fiz um reboco dos bons, passei um delineador e passei um batom meio nude, passei uma chapinha no cabelo e fiz uns cachos na ponta, coloquei uns acessórios e um brinco de argola.