••Capítulo 12••

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"Eu alucino quando você chama meu nome. Aparecem estrelas nos meus olhos. E elas não desaparecem quando você vem em minha direção, eu estou perdendo o controle da minha mente." — Dua Lipa ( Hallucinate)

GIOVANNA

Depois que a aula acabou, fui embora com as meninas. Nós despedimos quando cheguei em frente a minha casa e eu entrei.

— Oi filha, como foi a aula?— minha mãe pergunta quando eu entro em casa, joguei a mochila no sofá e me debrucei na bancada que dividia a sala da cozinha.

— Foi legal, quase perdi a primeira aula e tirei 7 naquele teste de química que fiz semana passada.

— Parabéns, filhota — mamãe falou sem tirar os olhos da panela, mas pela sua voz sabia que estava sorrindo.

— Eu vou lá tomar um banho — avisei e peguei minha mochila no sofá indo para meu quarto.

Deixei minhas coisas na cama e fui para o banheiro do meu quarto. Eu amo ter meu próprio banheiro, minhas coisas, odiava o quando tinha que usar o banheiro social, meu irmão sempre fazia uma bagunça depois de tomar banho, sem falar que nunca levantava a tampa do vaso e deixava todo respingado. Depois da reforma, ficou com duas suítes, meus pais ficaram em uma e eu fiz todo o drama possível para ficar com a outra.

Desliguei o chuveiro e me enrolei em uma toalha, vesti um short jeans e uma regata branca, penteei meus cabelos correndo e fui para a cozinha. O cheiro do bife acebolado estava me dando água na boca.

— Oi, pai — falei quando entrei na cozinha.—Oi, embuste!

O Inácio me deu língua e papai me beijou na testa. Sentei junto deles e mamãe colocou os pratos na mesa. Almoçamos enquanto meu pai  falava da movimentação na farmácia. Quanto terminamos, já fui logo recolhendo os pratos e colocando na pia.

— Deixa pra arrumar depois, pega o doce que fiz aí na geladeira — mamãe disse.

— Hum, fez sobremesa em plena segunda-feira?— falei abrindo a geladeira e pegando o pavê que minha mãe fez.

— Tá reclamando? É bom que não faço mais.

— Não tem ninguém reclamando, mãe, pode fazer todo dia — disse e ri.

— Aí, depois reclama que tá gorda — Inácio disse e eu o olhei brava.

— Você fica melhor de boquinha fechada, Inácio.

Comecei a atacar o pavê, doce é o meu ponto fraco, fico completamente descontrolada só de pensar num docinho. Sou uma chocólatra assumida e não vivo sem um doce, sempre tenho chocolate escondido.

Quanto terminei de comer, fui lavar a louça, deixei no escorredor e sequei minhas mãos no pano de prato. Fui para meu quarto e calcei meus tênis, prendi meu cabelo em um rabo de cavalo e peguei minha mochila.

— Tô saindo — avisei minha mãe quando passei pelo quarto dela.

— Vai onde?

— Dar uma volta de bicicleta. — Falei e me encosto no batente da porta. — Beijo, mãe.

— Toma cuidado — respondeu olhando em meus olhos.

— Pode deixar.

Girei os calcanhares entrando no corredor, desci as escadas e fui para a garagem, peguei minha bicicleta e a empurrei até a calçada. Coloquei meus fones de ouvido e comecei a pedalar, ao chegar na trilha, voltei a empurrar a bicicleta, tocava Lana Del Rey no fone.

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