"E agora minhas mãos machucadas embalam vidros quebrados do que um dia foi tudo. Todas as imagens foram banhadas em preto."— Pearl Jam (Black)
VICTOR
Entrei na mata com um frio estranho na barriga, sabia que a Maria Encrenca ia está aí, mas não fazia a mínima ideia do que ia acontecer e do que eu ainda continuava indo ali. Eu gostava de ir na cachoeira, era sossegado e tranquilo, tudo que eu precisava, pro outro lado, também gostava de ir encher o saco da mina e conversar com ela. Conheci um outro lado dela, mandona e esquentadinha, porém ingênua, nem sabe as coisas que a família dela fez com a minha. Ela não merecia está numa família dessas.
Quando a mata se abriu, vi a Giovanna do outro lado da cachoeira sentada em uma pedra, estava viajando. Fiquei um tempo olhando ela, de cabeça baixa e olhos fechados, queria saber o que se passava e me aproximei. Ela tomou um susto quando me viu e eu sorri vendo ela com aquela carinha de espantada.
Enquanto ela falava uns coisas sem eira nem beira e brigava comigo, eu não conseguia tirar os olhos dela. A guria estava muito gostosa, com uma calcinha preta enfiada naquela bunda deliciosa, estava só com uma camiseta branca molhada e grudada no corpo, ela estava sem sutiã deixando uma boa visão dos seus seios na blusa transparente.
— E aí, você não vai entrar na cachoeira? —pergunto.
Ela olha para trás e fica me encarando e analisando todo meu corpo até parar na minha cueca. Abri um sorriso vendo ela bastante concentrada no meu corpo.
— Para de me olhar como se quisesse um pedaço de mim — brinco e ela pareceu acordar de algum transe.
— Eu... não — começou ela mas eu a interrompi com um sorrindo por vê-la se atrapalhando toda com as palavras.
— Tava sim, tem até uma babinha aí — indico o canto da boca e riu.
— Idiota.— ela disse revirando os olhos, isso é meio que uma mania dela e eu pretendo descobri todas.— Você que é um pervertido e ficou me olhando agora a pouco.
— Você não pode parar desse jeito na minha frente e esperar que eu não olhe, princesa. — dou um sorriso e ela revira os olhos azuis, parecia ser uma mania dela.
Andei por entre as pedras e indo pra perto da Giovanna, me sentei perto dela e balancei os pés na água gelada.
— Você e aquele cara até que formam uma casalzinho bonitinho — disse rindo, mas tinha vontade de socar a cara dele.
— Tá falando do Leo?
— Sim, ele mesmo.
— Primeiro, nós não somos um casal e segundo, não sou sua amiguinha, Drummond.
— Você parecia tá se divertindo muito com ele lá na Stone — falei e ela desviou o olhar de mim.
— Você também se divertiu bem com aquela loira, né?
— Deu pro gasto.— falei sorrindo malicioso, ela me olhou por uns instantes e o silêncio pairou sobre nós.
— Victor — disse chamando minha atenção.—Sobre aquele dia, que a gente ficou...
— Relaxa, Giovanna, não foi nada de mais.—Disse já sabendo do que ela ia falar. — Você prefere fingir que não aconteceu nada, né?
Eu só estava adiantando as coisas, sei de todo o discurso que ela ia fazer sobre não podermos ser amigos e que nossos beijos foram um erro. Mas bem que ela se divertiu muito errando.
— É melhor.— falou e o silêncio voltou.
— Você não veio aqui na sexta.— disse só pra puxar assunto.
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Amor Proibido
Novela JuvenilGiovanna Ramirez nunca entendeu bem a briga e a rivalidade entre Ramirez e Drummond. Acostumada a ter tudo que deseja e fazer sempre o que quer, descobre que tem muito mais segredos por trás dessa briga do que ela pensava. Victor Drummond, cresceu...