••Capítulo 1••

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"Assim como fogo, queimando o caminho, se eu pudesse iluminar o mundo por apenas um dia. Veja essa louca e colorida charada."— Pink (Just Like Fire)

GIOVANNA

Abro a porta de casa e já sinto aquele cheirinho bom de comida, a minha mãe é uma cozinheira de mão cheia. Minha barriga ronca de imediato.

— Já chegou, filha?— minha mãe pergunta quando me viu entrar em casa.

— Já.— falei jogando a mochila no sofá e fui até a cozinha, minha mãe me olhou por cima do ombro e continuou descascando alguns alhos para por no molho.

— Como foi o primeiro dia de aula?— ela quis saber.

— Uma chatice.— falei tirando a tampa da panela e sentindo o cheiro de macarrão.

— Só isso que tem pra me dizer?

— Sim, o que mais você quer ouvir?—perguntei e rir.

— Se a Bruna e a Carina são da sua sala, a Gabi, o Leo, dos professores, se tem aluno novo, se tem algum gatinho.— minha mãe disse e deu um sorriso na última parte.

Revirei os olhos. Eu realmente não estava pra conversa naquele dia, não sabia se era do mau humor por ter acordado cedo para ir à aula ou se era a TPM chegando.

— A Bruna ficou em outra sala, a Gabi também e o Leo só vi de longe no corredor. Os professores são os mesmo, o mesmo povo chato, os mesmos garotos fedorentos. Só isso. Tudo continua a mesma coisa chatice. — bufo e apoio os braços na bancada da cozinha.— Na verdade, tudo nessa droga de cidade é uma chatice.

— Que estresse todo é esse, Giovanna?— meu pai perguntou entrando na cozinha.

— Não tem ninguém estressada aqui.— falei e ele se aproximou para me dar um beijo na têmpora.

— Como foi na escola?

— Nem pergunte isso, Otávio, hoje ela está revoltada.— mamãe disse e meu pai riu.— Me ajude a por a mesa, filha.

Eu assenti e peguei os pratos no armário, ajudei ela a colocar a mesa, depois me sentei pra comer também.

— Olá, família!— Inácio disse já se sentando a mesa.

— Oi, filho!— minha mãe colocou a travessa de macarrão na mesa. — Chegou bem na hora!

— E aí, maninha, como foi na escola?— Inácio perguntou de boca cheia. Mas que droga! Por que todo mundo pergunta a mesma coisa?

— Uma chatice!— digo e Inácio riu.— Vai precisar de ajuda na farmácia, pai?

— Seu irmão me ajuda!— falou e eu agradeci mentalmente por isso.

Ainda bem, já estava cansada de trabalhar na farmácia, mesmo que eu sempre ganhe um dinheirinho quando fico lá, mas é uma chatice. Mas agora tudo ia ser diferente, meu irmão se formou no ano passado em Farmácia, então agora ele que ajude nosso pai.

— Vou trocar de roupa e dar uma volta de bicicleta.— falei me levantando.

— Onde você tanto anda de bike aqui, maninha?— meu irmão perguntou.

— Só dou uma volta, é a única coisa que tem pra fazer nessa cidade.

Fui para o meu quarto e peguei um short e uma camiseta. Me troquei e prendi o cabelo em um rabo de cavalo, dei comida para a minha tartaruga (sim, eu tenho uma tartaruga de estimação. A Josefina)

Peguei meu celular e os fones e desci pra garagem para pegar a minha bicicleta. Se tinha uma coisa que eu adorava fazer era andar de bicicleta, acho que isso sempre me deixava calma, é ótimo pra pensar na vida e organizar os pensamentos.

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