••Capítulo 98••

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"E eu assisti enquanto você fugia da cena. Olhos de corça, enquanto você me enterrava, um coração partido, quatro mãos ensanguentadas. As coisas que eu fiz só para eu poder te chamar de meu, as coisas que você fez. Bem, espero que eu tenha sido seu crime favorito."— Olívia Rodrigo (Favorite Crime)

GIOVANNA

Acordar com Victor agarradinho a mim foi como receber um maná do céu, ainda mais quando ele sorriu para mim com a cara toda amarrotada.

— Bom dia, meu amor!— eu disse e beijei o canto da sua boca, Victor me agarrou ainda mais.— A gente tem que levantar!

— Só mais um pouquinho — resmungou.

— Victor, acorda, garoto. O Ben tá te esperando para ajudar ele.— escutei a mãe do Victor dizer, quando ela tentou abrir a porta eu dei um pulo da cama.— Por que essa porta tá trancada? Abre logo que eu vou pegar a roupa suja para lavar.

— Aí caralho e agora?— sussurrei.

— Shiu, calma.— Victor disse.— Tá bom, mãe, já tô indo, pode deixar que eu levo a roupa.— ele gritou essa última parte e também se levantou.

— Foi uma péssima ideia eu ter vindo pra cá. Sua mãe vai acabar me vendo aqui ou alguém, e como eu vou embora sem ninguém ver?

— Calma, amor, vamos dar um jeito.

— Estamos ferrados, ai droga eu preciso fazer xixi.— falei desesperada e Victor riu, eu empurrei ele que caiu na cama.

— Eu vou sair e levar a roupa, eu distraio minha mãe e você faz xixi.— eu assenti e ele me deu um selinho antes de pegar a roupa suja e sair do quarto.

Tomei todo o cuidado para chegar até o banheiro, fiz xixi e lavei o rosto tentando não fazer nenhum barulho. Consegui voltar para o quarto sem que ninguém visse, troquei minha roupa e arrumei a cama, Victor voltou um tempo depois com uns pães de queijo na mão e me entregou.

— Temos que arrumar um jeito de eu ir embora.— falei de boca cheia.

— Minha mãe tá na cozinha, não tem como você passar sem ela ver. Tu vai ter que pular a janela.

— Onde eu fui me meter, senhor?— Victor riu.

— É de boa, eu já cansei de pular a janela, você só vai ter que tomar cuidado pra ninguém te ver saindo.

— Quais são as chances de eu quebrar alguma parte do corpo?— rimos.

Eu me aproximei da janela para ver a altura, era um andar só, mas ainda sim era meio alto. Guardei minhas coisas e vesti o moletom, coloquei o capuz, coloquei a mochila nas costas e me virei para o Victor.

— Olha só as coisas que você me faz fazer.— ele riu.

— Vou ver se tem alguém — ele olhou pela janela.— Tá limpo, precisa de ajuda para subir?

Neguei, Victor me deu um beijo antes de eu pegar impulso e subir da janela, eu olhei para baixo com receio.

— Tchau, amor — ele disse e me deu um selinho, tomei coragem e pulei a janela, olhei para o Victor feliz por ter conseguido e não ter quebrado nada, exceto pelo canteiro de margaridas da mãe dele.— Eu falo que foi o cachorro.

— Espera ai, tem cachorro?

— É da Natasha, acho que tá preso.— dei de ombros e puxei o capuz.

— Tô me sentindo uma mestre do crime — ele riu.

— O povo da cidade deve ficar com medo de você invadir as casas.— brincou e eu dei risada.

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