Enquanto a festa acontecia lá fora, os dois não desperdiçaram tempo tirando as peças de roupa, só o mínimo necessário para que Anahí o recebesse, entre gemidos afoitos e beijos languidos. Ele conhecia cada espaço de pele, contemplava a maciez, o aroma, até a menor cicatriz ou linha de expressão, cada detalhe que para outro pudesse passar despercebido.
Era diferente, a conexão, a forma que os corpos se moldavam. Enquanto gozavam, juntos - como acontecia quase sempre, desde que Alfonso aprendera a reconhecer os sinais de que ela estava alcançando o ápice – ele fechou os olhos, afastando os pensamentos que começavam a voltar, amargando outra vez o estranho sabor dos lábios divididos. Mas, a respiração dela sobre si, o calor que emanava, soara como um breve acalento.
Então Anahí saiu do banheiro, cerca de trinta minutos depois, precisou usar os cabelos para cobrir as marcas deixadas em seu pescoço, principalmente depois de notar os olhares curiosos de Chris, que circulava pelo ambiente com um copo de Whisky na mão. Alfonso voltou logo depois tentando disfarçar, mas ao contrário de Anahí, não conseguira esconder o rastro dela em sua pele.
Ambos carregavam um sorriso cumplice, e apenas as paredes do banheiro foram testemunhas do furor que Alfonso fizera Anahí sua, deixando que seus beijos calassem qualquer questionamento. E era exatamente por esse motivo que os dois funcionavam, colados no corpo do outro, não existia espaço para pensamentos, apenas para a forma mais intrínseca de prazer. Pensamentos esses que rondavam a cabeça de Alfonso, e que ele insistia em reprimir, principalmente por compreender que ela não sentia necessariamente o mesmo.
Alfonso: Posso ir até seu apartamento amanhã? – Perguntou, não muito próximo, e Anahí precisou concentrar-se em decifrar os movimentos dos seus lábios.
Anahí: Vou precisar sair da cidade, logo cedo. – Respondeu, mantendo distância, haviam dado bandeira demais aquela noite.
Alfonso: Que pena.
Anahí: Eu te procuro quando voltar. Agora preciso ir, até breve. – Se despediu, sem esperar resposta.
Antes que pudesse se ambientalizar na própria festa outra vez, Alfonso vira Melanie se despedir dos amigos que também eram seus, notou a mudança repentina da sua expressão assim que os olhares se encontraram. Ela não se preocupou em demonstrar simpatia, o que o fez questionar se havia visto algo, se percebera o sumiço repentino dele e de uma das suas convidadas. Constatou que deveria parar de usá-la, antes que a amizade dos dois ficasse insustentável.
(...)
O vento batia em seu rosto, levando consigo todas as preocupações, a mão presa ao volante, enquanto a outra permanecia para fora da janela, captando a sensação de liberdade de si mesma. Apenas vinte e cinco quilômetros de estrada a separavam do que fora um dia, e não havia nada mais importante para Anahí que reencontrar a sua verdadeira essência, longe de todas as implicações de suas escolhas.
Santa Monica era o seu destino em praticamente todas as "viagens" que dizia fazer. O clima litorâneo era acolhedor, logo pode sentir o cheiro do mar, a mudança de ares, amava a cidade que nascera, pequena, mas alto astral. Anahí estacionou o carro em frente à sua antiga casa, catou no banco traseiro a pequena mala com seus pertences, e também um violino. Respirou fundo antes de bater na porta, ela não sabia de que forma seria recebida, mas se esforçaria para dar o seu melhor.
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Refém do Desejo
FanficUm gemido rouco ecoou no quarto de hotel, o êxtase puro e sublime do encontro de dois corpos que se deliciavam, enquanto sucumbiam aos próprios instintos. Os lençóis de seda egípcia, aninhavam agora, as pernas enlaçadas, gesto que se transformara no...