Anahí tinha decisões importantes para tomar, decisões essas que influenciariam definitivamente o seu futuro. Perder Alfonso também significava perder a sua maior fonte de renda. Enquanto dirigia de volta para casa, ela devaneava sobre suas únicas opções, que eram sair em busca de um novo cliente ou restabelecer contato com os antigos. Mas, de início, precisaria conter todas as mil perguntas que rondavam sua cabeça, a primeira delas sobre o que motivara Alfonso a tomar tal atitude, não recordava de nenhuma situação que houvessem discordado, talvez o desejo diminuíra, afinal foram três anos de muitos encontros regados a sexo, sexo e mais sexo. Apenas isso.
De todo modo não poderia se prender a tais questionamentos, quando a sua primeira e enérgica atitude seria entregar a chave do apartamento, uma vez que dificilmente conseguiria continuar pagando o aluguel. Depois disso tratou de separar as chaves e cartões que ele havia lhe dado anteriormente, não faria mais uso de nenhum deles. Por fim, os colocou em um envelope e entregou para Lauren, ciente que ele não estava na cidade.
Enquanto Anahí andava de um lado a outro catando todos os seus pertences, colocando-os em caixas separadas com etiquetas coloridas, Maya acompanhava sem entender, vez ou outra tentava chamar atenção da dona, sem sucesso, Anahí estava preocupada, não só com o pai, mas com ela mesmo. Não seria fácil voltar para os braços de quem com dificuldade conseguira se livrar, vários rostos estampavam sua mente, mas nenhum deles lhe agradava o suficiente para que pudesse arriscar um novo encontro. Todos estavam no passado, e não por um só motivo, mas por vários.
Alfonso embarcou para Washington levando consigo uma sensação de arrependimento que poderia sufocá-lo a qualquer instante, poupou até as palavras com os amigos que lhe acompanharam. O mau humor era visível em seu queixo contraído e cenho franzido, porque como esperado, Anahí não ligara, e isso só fez com que aumentasse seu descontentamento.
Uma semana passou como uma flecha para Anahí, que desocupou o apartamento antes que vencesse mais uma parcela do aluguel, e se perdera entre tantas caixas no seu novo lar, que mais parecia um quarto comparado ao anterior. Maya não teria tanto espaço para correr e brincar, mas seria momentâneo. No final do dia, Anahí sorriu satisfeita, não precisara se desfazer de todos os móveis, e no fundo o lugar pareceu mais aconchegante. Ela estava sentada no sofá, vestida em um moletom azul, enquanto fazia as contas do que precisaria pagar dali a poucos dias, com a economia do aluguel conseguiria antecipar as parcelas do plano de saúde do pai, e ganhar tempo para as demais.
Maya dormia no tapete, e na TV nada lhe agradava, ela catou o notebook para olhar sites de viagem, não custava nada sonhar. Então um link chamou sua atenção, e não conteve a gargalhada quando por fim entendeu o que significava Sugar Daddy.
Anahí: Porque não? – Questionou a si mesmo.
Um mês depois...
Para Alfonso, os dias pareciam não ter fim, as reuniões eram infindáveis, a gravata o sufocava, sem contar na simpatia forçada, quando a vontade era de mandar todos para aquele lugar. Faltava algo, faltava ela.
Passara um mês desde aquela manhã em que decidiu se afastar, nenhuma ligação, nenhuma mensagem se quer. Alfonso se esforçou para não voltar atrás, porque no final das contas ele estava certo, e a ausência dela só confirmou todas as suas dúvidas, principalmente a maior delas, de que Anahí era incapaz de sentir ou demonstrar algo que para ele estava cada vez mais claro, e aquilo doía. Receber aquele maldito envelope das mãos de Lauren, foi o que faltava para arruinar toda e qualquer mínima esperança.
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Refém do Desejo
ФанфикUm gemido rouco ecoou no quarto de hotel, o êxtase puro e sublime do encontro de dois corpos que se deliciavam, enquanto sucumbiam aos próprios instintos. Os lençóis de seda egípcia, aninhavam agora, as pernas enlaçadas, gesto que se transformara no...