Arthur: Avô? Oh meu Deus, eu vou ser avô. – Disse atônito, os lábios tremiam confusos, afinal não sabia se sorria ou chorava. – E porque ela não me contou? Nós nunca escondemos nada um do outro.
Anahí: Porque ela não sabe o que fazer, não a culpe por isso. Ana está nervosa, preocupada com tamanha responsabilidade e principalmente angustiada por não ter certeza se conseguirá ser boa como mãe. – Deixou um soluço escapar. – Não é o momento, não estava nos planos, na verdade nunca esteve.
Arthur: Nós não escolhemos o momento, apenas acontece e eu estarei aqui para ajudar no que for possível, diga isso a ela.
Anahí: A sua filha nunca teve tanto medo quanto agora. – Mordeu os lábios, precisava conter a própria angustia. – Seria tão reconfortante ter a oportunidade de dividir isso com a avó, não que você não seja importante, não a entenda mal, mas uma presença feminina e experiente talvez a deixasse menos...como posso dizer, menos assustada.
Arthur: Ela ficaria histérica. – Brincou, arrancando um sorriso tímido dela. – Principalmente porque Ana não é casada, era o sonho dela ver a neta de véu e grinalda. – Continuou, e Anahí mostrou a língua. – Infelizmente o tempo dela foi curto, mas vejamos pelo lado positivo, isso privou Ana de ficar sem as orelhas. – Completou.
Anahí: Não vou julgar porque na época dela as coisas funcionavam assim, não é? Namoro, noivado, casamento, só depois disso os filhos e todo resto. – Deu de ombros.
Arthur: Também não posso julgar, mas pulei a maioria dessas etapas. – Gargalhou. – Deixei Dona Lia de cabelos brancos antes da hora. – Pausou. – Ana disse quem é o pai? Não me diga que é Jamie.
Anahí: Não, de jeito nenhum. – Devolveu rapidamente. – Não é o Jamie, por Deus. – Passou as mãos nas laterais do rosto.
Arthur: Que alívio, imagina meu neto com o sangue daquele homem? Nunca confiei nele. – Admitiu, para ver Anahí derramar uma lágrima. – O que você tem?
Anahí: Nada, estou emotiva e ouvir você falando "meu neto" ganha uma proporção maior ainda. Não ligue pra isso, deve ser TPM. – Enxugou o rosto com o polegar.
Eles ficaram em silêncio por alguns minutos, Anahí encarava os próprios pés e Arthur olhava em direção a janela.
Arthur: Ela está feliz? Você conseguiu perceber se essa novidade a deixou feliz? – Reformulou.
Anahí: É cedo demais para saber, não acha? – Pousou as mãos no rosto.
Arthur: Talvez sim, na verdade não sei, nunca fui mãe. – Mostrou a língua e Anahí gargalhou.
Os dois conversavam concentrados, Anahí sentia o estômago dar mil voltas, também era difícil manter as mãos quietas. E então escutaram a campainha soar estridente, ela correu até a janela para olhar através das cortinas quem era a visita inesperada. Era Alfonso.
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Refém do Desejo
FanfictionUm gemido rouco ecoou no quarto de hotel, o êxtase puro e sublime do encontro de dois corpos que se deliciavam, enquanto sucumbiam aos próprios instintos. Os lençóis de seda egípcia, aninhavam agora, as pernas enlaçadas, gesto que se transformara no...