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Sina Narrando
(Pt/2)

Chegamos na quadra da faculdade e estava lotada de jovens bêbados e suados. Ainda era onze horas pra esse povo estar dessa forma. Tocava uma música eletrônica e os jovens pulavam animados. Entramos passando pelas pessoas até chegar em uma parte mais vazia. Sabina: Eu vou pegar uma bebida. Vai querer? Sina: No momento não.
Sabina: Já volto então.- Ela saiu e eu fiquei observando o povo dançar.
Xxx: Opa gatinha! Vamos dançar. - Um menino alto moreno, magro cheirando a álcool parou em minha frente.
Sina: Não obrigada, tô muito bem aqui.
Xxx: Qual é. Larga de se fazer de santa. Já sei que você tem uma filha não precisa fazer charminho. - Falou pegando em meu braço.
Sina: Me erra garoto idiota.- Soltei meu braço e sai de perto dele apressada, até me esbarrar em alguém e sentir um líquido gelado se espalhar pelo meu vestido.
Jennifer: Não enxerga não vadia.- Olho para quem me xingou e vejo uma garota loira oxigenada. Any já me falou sobre ela, se não me engano ele se chama Jennifer.
Sina: Eu não te vi ou, não precisa xingar. -Falei um pouco alto.
Jennifer: Fale direito comigo se não eu acabo com você vadia. Essa festa não é para pessoas pobres e esquisitas como você. Volte para onde você veio. Falou e saiu esbarrando em meu ombro. Respirei e contei até dez para não arrancar aquele cabelo ressecado dela. Não deveria ter vindo a essa festa. Sabina: O que aconteceu com você? – me olhou de cima abaixo
Sina: Essa festa só tem gente idiota. Eu vou embora.
Sabina: Não tem nem uma hora que chegamos. Fica vai.
Sina: Melhor eu ir. Você fica, vou pegar um táxi. Sabina: Não, eu vou com você.
Sina: Fica Sabina, eu sei o quanto você tava animada pra essa festa.
Sabina: Tem certeza?
Sina: Tenho. Até mais.- Beijei sua bochecha e fui caminhando pelo meio do povo até chegar de fora da quadra. Que saco de garota, agora tô cheirando álcool. Vai demorar uma eternidade para o táxi chegar aqui. Suspirei e me sentei em um banco do lado de fora. Peguei meu celular, disquei o número do táxi más ninguém me atendeu, tentei umas dez vezes e nada.
Sina: Merda. Porque fui sair de casa hoje. Droga.- Me encostei no banco.
Noah: Não está tendo uma boa noite não é? - Escuto uma voz rouca, masculina que fez meu corpo ficar em alerta. Olho para o lado e vejo Noah todo lindo com sua jaqueta de couro e um sorriso de lado estampado no rosto.
Sina: É. Digamos que eu não deveria ter saído de casa essa noite.
Noah: Não gosta de festas?
Sina: As festa não gostam de mim. Ele sorriu, e que sorriso lindo. Nossa ele tá de parabéns. Noah: Sua filha é muito linda.
Sina:Ela é um doce de criança. -Falei sorrindo ao lembrar da minha menina.
Noah: Ela ficou com seu marido? - Encarei ele que me olhava atentamente e voltei a olhar para frente. – Ele acha que eu sou casada? Claro né Sina, você tem uma filha e o mais certo seria que você fosse casada. Vi um cara a alguns metros longe da gente encostado em uma árvore olhando atentamente para mim. Ele deu um sorriso que me deu frio na espinha. Era ele, como ele me achou? Não acredito que ele voltou. Meu coração acelerou e minhas mãos suavam. Levantei de uma vez fazendo Noah se assustar e se levantar também.
Sina: Eu preciso ir.- Falei caminhando o mais rápido possível para longe dali.
Noah: Ei o que foi? Calma ae. -Disse caminhando ao meu lado.
Sina: Tenho que ir embora.
Noah: Calma, eu te levo. Você não vai achar táxi aqui essa hora.
Sina: Eu do um jeito.
Noah: Espera. -Segurou meu braço me fazendo parar.- Eu te levo, está tarde, pode ser perigoso, e eu tô de carro. Pensei por um momento e ele tinha razão.
Sina: Tudo bem. Eu vou com você. Ele sorriu e fez sinal com a cabeça para que eu o acompanhasse. Chegamos ao seu carro ele abriu a porta para mim e eu entrei, ele entrou e ligou carro começando a dirigir rumo ao meu apartamento. Eu encostei minha cabeça no vidro e fiquei vendo as ruas vazias da cidade. Não acredito que ele me achou. Meu Deus será que meu pior pesadelo vai voltar a me atormentar. Sem eu perceber as lágrimas desciam silenciosamente pelo meu rosto.
Noah: Chegamos. - Falou estacionado o carro. Olho para fora e vejo que já estamos na porta do meu prédio.
Sina: Obrigada. -Falei com a voz fraca.
Noah: Me desculpa, não imaginei que falar aquilo te deixaria assim. -Senti o olhar dele sobre mim mesmo estando de cabeça baixa.
Sina: Não foi culpa sua.
Noah: Vocês não estão mais juntos?- Perguntou com a voz baixa. Eu lhe encarei, eu não sabia oque responder, minhas pernas amoleceram, minhas mãos estavam tremulas, e um nó estava formado em miha garganta.
Sina: Olha. – Tentei firmar minha voz. _ É um assunto complicado, não quero falar sobre isso. Noah: Tudo bem. – Ele olhou no fundo dos meus olhos, me trazendo uma paz incrivel. _ Mas quero que saiba, que se quiser conversar, pode contar comigo. -Pegou em minha mão que estava sobre minhas pernas e a acariciou.
Sina: Obrigada. – Limpei uma lagrima que teimava em cair. _ De verdade, muito obrigada. Mas agora, eu preciso ir. – Dei um meio sorriso. Noah: Até mais. – Ele se aproximou de mim, me fazendo estremecer, deu um pequeno beijo carinhoso no meu rosto e limpou mais uma lagrima teimosa. Como pode alguém que eu acabei de conhecer, me trazer uma paz imensa, uma segurança indescritivel. Aquieta coração, por favor.

xoxo 😗✌🏻
por hoje é só bye 👋🏻

nossa querida menina |✓| Onde histórias criam vida. Descubra agora