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Noah Narrando

Eu não sabia o que fazer e eu apenas a olhava chorar, meu coração se apertava, eu sentia o dever de protege-lá de consola-lá e evitar que qualquer mal chegasse próximo a ela. Era um sentimento novo, o qual eu nunca havia sentido antes. 
Sina: Foi uma semana depois que eu fiz dezesseis anos, uma amiga minha que eu tinha na época a Beatriz, ela queria sair para comemorar, de principio eu não queria, mas de tanto ela insistir eu aceitei, ia ter uma festa na casa de um menino do colégio e nós iríamos, minha mãe tinha deixado, o que era muito raro e eu decidi ir, que mal poderia acontecer né.- Falou e abaixou sua cabeça encarando suas mãos._ Na festa tinha muita gente desconhecida, eu já tinha perdido da Bia e eu estava louca para ir embora, já era de madrugada, então eu decidi ir sozinha. Passei por um beco escuro e senti que eu estava sendo seguida, mas continuei a andar só que dessa vez mais rápido, quando senti uma mão pegar pelo meu braço e me encostar na parede. Era um homem forte, ele...ele começou a passar a mão pelo meu corpo e beijar meu pescoço. Eu, eu gritava por socorro, esperneava tentando me soltar, mas ele era mais forte. Ele rasgou a minha roupa...- Soluçou e chorou mais ainda. 
Noah: Não precisa continuar se não quiser. - Falei baixo beijando sua bochecha. Na verdade eu queria saber tudo, mas só se ela quisesse me contar é claro.  
Sina: Tudo bem. - Desfez o abraço.- Eu preciso fazer isso, não aguento mais guardar isso no meu peito. 
Noah: Fico feliz em poder ajudar.- Acariciei seu rosto. Eu sentia que ela confia em minha e isso era bom. 
Sina: Depois de algum tempo que tudo ocorreu. -Continuou. - Eu não havia contado pra ninguém, eu estava com medo, envergonhada. Havia um tempo que estava passando mal e um dia eu desmaiei na escola, me levaram para o hospital e eu fiquei sabendo que estava gravida. Minha mãe ficou muito decepcionada comigo e me obrigou a falar quem era o pai, que ela queria que nós casássemos, e eu falei que não sabia e contei tudo pra ela. E ela me deu um tapa na cara e disse que eu era uma vagabunda que eu tinha provocado ele com minhas roupas. Ela queria que eu abortasse porque ela não ia cuidar de nenhum bebê e que ela não queria sujar sua reputação e eu falei que não ia abortar, não ia matar uma vida inocente. Então ela me expulsou de casa. Sai de casa apenas com uma mala de roupa e alguns trocados que eu tinha juntado ao decorrer do tempo. 
Noah: Nossa. Eu.. eu não sei o que dizer Sina, eu não posso imaginar a dor que você sentiu esses anos todos relembrando isso.  Eu sinto muito. – Oque dizer nesse momento, ela era tão fragil, como alguém pode machucala dessa forma.  Ela ergueu sua cabeça, enxugou suas lágrimas e deu um meio sorriso. 
Sina: Mas essa dor toda me deu minha maior alegria, Lisa apesar de ter sido gerada em meia a dor, ela só me traz felicidade, não sei o que seria de mim sem ela. 
Noah: Ela é linda, se parece muito com você.   Sina: Sim, só os olhos que puxaram a ele que é parecido com o seu, só que o seu é mais intenso, mas de resto acho que ela tem muito aver comigo. 
Noah: Ela tem. -Sorri. 
Sina: Me desculpa descarregar meus problemas em cima de você. 
Noah: Não tem problema. Que bom que você confiou em mim.
Sina: É. Obrigada pela carona. 
Noah: Não por isso. Quero que saiba que você pode contar comigo para tudo Sina, você não merecia passar por isso, na verdade ninguém meresse. Você é linda e meresse ser muito feliz. Sina: Obrigada. 
Noah: As vezes a vida faz coisas que não entendemos, mas no final de tudo, acontecem coisas, maravilhosas que nos surpreendem. Não consigo nem imaginar oque você passou e o que você esta passando. E eu oque eu puder fazer por vocês, você pode ter certeza que eu farei. – Acariciei seu rosto. 
Sina: Você já esta me ajudando Noah, sem ao menos perceber. - Sorriu. Aproximei meu rosto do dela, e beijei o canto da sua boca. 
Noah: Oque você esta fazendo comigo?  Antes que ela pudesse responder, seu celular tocou, ela o pegou e o nome Joalin apareceu na tela.
Sina: Eu preciso ir. - Falou recusando a chamada. _ Obrigada mais uma vez. 
Noah: Sempre que precisar, pode contar comigo. - Beijei sua testa 
Sina: Tchau. – Sorriu e saiu do carro.  Ela desceu e caminhou rumo ao seu prédio. Deu uma última olhada para trás e acenou.  Eu estava até agora incrédulo, vendo o quão forte ela foi todo esse tempo com todas as pessoas a julgando sem saber realmente o que ela passou.  Se esse cara não estiver morto, ele que me espere.  Depois de um tempo ali parado, ainda em frente ao seu prédio, tentando raciocinar, tudo, eu sai dali sem rumo

editei esse capítulo ouvindo sunflower do Harry, então recomendo ouvir!

   xoxo😗✌🏻

nossa querida menina |✓| Onde histórias criam vida. Descubra agora