Capítulo 19

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PoV. Harry

Demorou para eu acordar de verdade e conseguir abrir os olhos.

O sábado apontava com um sol tímido entre as nuvens, tornando a temperatura do quarto mais fria e arrepiando os pelos curtos do meu corpo.

Soltei um longo e relaxado suspiro, aproveitando o colchão macio.

A voz de Louis foi ficando mais alta, conforme eu ouvia seus passos se aproximarem.

— Foi mal, cara. Eu esqueci do jogo. Eu apareço outro dia. - ele fez uma pausa, ao que tudo indicava esperando a pessoa do telefone responder - Eu sei, mas estou ocupado. Não vou dizer com quem, babaca. - ele riu - Tchau, Clifford.

O celular foi deixado na mesinha de cabeceira do meu lado e eu pisquei, afastando o sono, para conseguir vê-lo melhor.

Tomlinson tinha saído do banho, o cabelo úmido e cheirava à sabonete. O peito nu, com algumas tatuagens à mostra e usando nada além de uma calça de pijama.

Se apoiou no colchão e se inclinou para mim, deixando um beijo demorado na minha bochecha.

— Bom dia. - sussurrou, sua mão sorrateira alisando minhas costas nuas - Dolorido?

Sorri de canto.

— Não o suficiente. - provoquei.

Louis riu sarcástico.

Ficava meio difícil acreditar nas minhas palavras, depois da tarde e noite que tivemos. O Capitão tinha me surpreendido com a forma como me desestabilizou completamente.

Mas eu ainda podia provocar, só para manter o costume.

— Eu pedi serviço de quarto. - Louis falou, tirando alguns cachos do meu rosto - Todo o cardápio do café da manhã deles. Menos abacates, é claro.

— Você não gosta de abacate?

Ele fez uma careta.

— Você gosta?

Dei risada, sentando na cama e me espreguiçando.

A bagunça que criamos continuava ali, mas não é como se um de nós tivesse ânimo para arrumar. Mas talvez tirar os cacos do vaso, do chão, fosse mais seguro.

Enquanto Louis ligava a Tv, peguei meu celular e vi que Gemma tinha mandado mensagem. Avisei que dormi fora e estava bem, já abrindo uma loja online da Gucci. O ogro do Tomlinson tinha rasgado minha calça, então só me restava comprar umas peças online e mandar eles entregarem no Hotel.

No meio tempo, fui tomar um banho, tirar todo o resquício de gozo e o cheiro de sexo do quarto. Deixaria para lavar o cabelo outro dia, então não demorou para eu estar enrolado em um roupão branco e felpudo, saindo do banheiro.

Batidas na porta e uma voz robótica avisando que o serviço de quarto tinha chegado, eu abri a porta. O carrinho era controlado por sistema de GPS, então assim que chegou ao destino, parou de funcionar. O puxei para dentro, levando até perto da cama.

Meu estômago roncou vendo toda aquela comida bonita e colorida.

— Eles fizeram corações com as melancias, que fofo. - sentei na ponta da cama, com as pernas na posição de lótus.

Louis sentou ao meu lado e abriu uma das xícaras de capuccino. A espuma de cima tinha um coração feito com canela em pó.

Nós dois nos entreolhamos.

— Por acaso eles acham que estamos em Lua de Mel? - Tomlinson riu baixo, bebendo um grande gole e arruinando o coração.

Mordi a melancia, o gosto doce fazendo bem para minha garganta seca.

Just Like FireOnde histórias criam vida. Descubra agora