Capítulo 38

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Eis o último capítulo

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PoV. Louis

Colocaram um cobertor nos meus ombros e eu sorri agradecido.

O lugar estava um caos.

Saímos do estacionamento, a rua foi fechada pela polícia. Bombeiros e paramédicos chegaram.

O espião estava morto, a mãe de Perrie foi levada presa e o pai dela fugiu.

Agora eu estava no centro disso tudo, encarando o corpo de Mark ser colocado dentro de um saco preto.

Era surreal. Na verdade, pareceu que eu estava assistindo essa cena de fora do meu corpo, ao invés de viver o momento.

Mark estava morto.

Tudo acabou num piscar de olhos.

Perrie parou ao meu lado.

— O que vai acontecer com você? - perguntei, olhando para a garota.

Edwards era mais baixa que eu, braços definidos de boxeadora, olhos azuis selvagens e cabelo loiro desgrenhado.

Mas ela ainda era menor. E os pais já não seriam mais seus guardiões legais.

— Eu tenho um irmão mais velho. - ela deu de ombros - Ele vai vir morar comigo até eu me formar.

— E ele é...

— Não é como eles. - ela garantiu - Por isso foi morar longe. Eu vou ficar bem.

Nós dois nos olhamos, compartilhando do mesmo sentimento. Tínhamos acabado de perder figuras paternas, mas além de alívio, eu não sentia mais nada.

Mark tinha família, eles que façam um funeral ou qualquer coisa, eu não me importava.

— Acho que agora você pode contar para Jade o verdadeiro motivo do término. - falei.

Perrie suspirou, afastando os fios loiros do rosto. O céu começava a avermelhar, o pôr do sol chegando e refletindo na pele pálida dela.

Eu entendia agora. Perrie era como eu. Afastou Jade porque não queria colocar ela em perigo por causa dos pais desumanos que tinha, mas não conseguiu ficar muito longe porque era apaixonada.

— É... - Perrie sorriu pequeno - Acho que sim.

Ela se despediu com um soquinho e saiu. A polícia a escoltaria para casa, assim que pedisse. Sendo menores de idade, não podiam nos fazer muitas perguntas sem a presença de um advogado.

E por isso Anne Styles já tinha chegado, desesperada para ver o filho e furiosa com tudo que aconteceu.

Continuei encarando a entrada no estacionamento subterrâneo, chocado em como as coisas acontecem de uma hora para outra.

Aquele dia eu tinha acordado nervoso porque encontraria Harry para resolver o trabalho e acabamos numa cena de tiros.

Eu queria a minha mãe. Mas pedi para não ligarem para ela. Eu era maior de idade e Jay estava grávida, seria perigoso assustá-la assim. Contaria depois, com calma.

— Louis. - a voz tão conhecida soou atrás de mim.

Me virei.

Harry Styles, com olhos verdes apreensivos, parou ali perto. Ele tinha me garantido que estava bem, mesmo que eu visse a dor que sentia nas costas e na cabeça, quando se movia demais. Mark o derrubou feio e eu queria matá-lo duas vezes por isso.

— Minha mãe vai me levar para casa. - Harry contou.

Assenti.

— Ok.

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