Aquela noticia havia acalentado o coração da família daquele Duque, assim como o coração da tia de Amberly. Lady Gertrudes se sentiu que de certa maneira havia cumprido com a promessa que havia feito aos pais de Amberly. Sua amada sobrinha teria um casamento digno.
- "Deus escutou todas as minhas preces." - Lady Gertrudes disse ao abraçar a sua sobrinha depois que o duque foi embora.
- "Você sempre teve a esperança de que esse dia chegaria, não é tia?"
- "Eu sempre soube o quanto você vale e sabia que alguém veria isso."
Quando o Duque avisou a sua família que pensava em se casar de novo, sua mãe e sua irmã ficaram felizes por ele está se dando uma nova oportunidade.
- "Ela vai gostar de mim, papai?" - sua pequena filha havia perguntado com inocência.
- "Mas é claro...que ela vai gostar de você."
- "Eu vou poder chamá-la de. mamãe?"
- "Com o tempo, talvez...O importante é que é isso o que ela será pra você, meu anjo. Uma mãe..."
Aquela notícia não demorou para se espalhar por toda Londres. Muitas mães que tinham filhas com idade para se casar se sentiam iradas e aflitas, por não ter sido suas filhas que se casaria com o Duque. E seria a nova Duquesa Fitzgerald.
Inclusive essa notícia chegou aos ouvidos de seu bom amigo, que ainda não podia acreditar que ele finalmente tivesse se decidido se casar, pelo bem estar de sua família.
- "As notícias voam... Pela sua cara você já está sabendo." - o Duque expressou ao ver Andrew entrar em seu escritório. - "Sente-se... Deseja algo para beber?"
- "Então é verdade? Se eu não tivesse escutado dos seus lábios, eu seguiria acreditando que era um falso rumor de alguém que realmente não te conhece... Mas vejo que me equivoquei."
- "Realmente é verdade... Vou me casar... E é melhor que você tenha vindo e não que eu fosse até sua casa para ter contar, assim evitou que eu passasse pelo bombardeio de perguntas de sua mãe."
- "Quando você tomou esse decisão? Fui tão persuasivo que você se viu na obrigação de fazer caso ao que te disse?" - Andrew sorria ainda incrédulo.
- "Penso em fazer todo o possível pelo bem-estar da minha família. Em especial pelo futuro de minha filha. Se o dia de amanhã eu faltar, não pretendo que meu primo distante fique a cargo dela. E muito menos se converta no próximo Duque de Somersham. Seria a ruína de tudo o que meus antepassados conseguiram."
- "E a senhorita Debbington conhece suas razões?"
- "As mais importantes sim. E ela já aceitou... A propósito, aproveitando a sua visita, queria te pedir para ser meu padrinho de casamento."
- "E por acaso eu poderia negar tal honra?" - ele sorriu. - "Ainda estou atordoado com tudo isso, mas é claro que aceito ser seu padrinho."
Lorde Andrew Wetherby estava realmente feliz por seu amigo. E pelo futuro prometedor que haveria para aquela família. Um casamento que traria a possibilidade da chegada do próximo herdeiro homem para aquele título, e afastaria para sempre a chance de que o primo distante de Alexander tomar esse título como seu.
- "Sabia que essa seria a sua resposta." - Alexander riu enquanto também se sentia feliz. - "Espero em algum dia contar com a mesma honra..."
- "Temo que esse dia não chegue... Não existe uma mulher que me faça mudar de ideia."
- "Isso eu duvido... Algum dia chegará uma mulher que ira te fazer mudar de ideia."
- "Não vamos arruinar a boa noticia que você me deu com sermões... Eu já tenho o suficiente com a minha família. Por acaso eu tenho culpa por amar e admirar as mulheres?... Não acho que alguma mulher consiga conquistar o que é incontestável. Sou um libertino... Não se esqueça disso..."
A porta do escritório havia permanecido aberta, por isso Anne havia testemunhado aquelas palavras que feriram o mais profundo do seu coração. Eram palavras que confirmava que essa era a forma de pensar daquele homem que ela amava desde sua infância. Desde que era uma menina pequena.
Ela tinha tantas lembranças daqueles anos... Lembranças que a fazia lembrar que quando era uma menina, pensava que Andrew era um príncipe, embora que na realidade, em linha genealógica era o segundo para herdar o titulo de Conde de Edgecombe e o primeiro para herdar o titulo de Visconde Sinclair.
Lembrava nesse instante, que quando completou quatro anos, ela sempre havia procurado uma maneira de seguir ele e seu irmão para onde iam, toda vez que ele vinha de visita com sua família a sua propriedade em Somersham. E quando aprendeu a cavalgar, tentava se exibir com isso. Somente por que ele estava ali. Seu príncipe dos contos de fadas.
Ela sentiu uma profunda dor em seu coração enquanto ela se afastava daquele escritório. Antes que as lágrimas brotrasse em seus olhos, e tudo o que ela menos queria era que ele a visse chorar por ele. Por aquele amor que ele nunca sentiu por ela. Por que mesmo que doesse, ele sempre a veria como aquela menina pequena... Não como uma mulher. Não como aquela mulher que o faria mudar sua forma de pensar e a qual amaria por toda sua vida.
- "Eu não sou uma menina...porque você não vê isso?" - Anne disse ao chegar em seu quarto e começou a chorar desoladamente. Ela tinha tantas esperança depois de sua apresentação à sociedade. De que finalmente ele olhasse para ela. Mas nada daquilo havia acontecido. - "Fui uma tonta por ter me apaixonado por você... Andrew."
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AMBERLY - A NOVA DUQUESA DE SOMERSHAM
RomanceLady Amberly Debbington havia se resignado a ser uma solteirona pelo resto de sua vida. Na verdade, ela acabou concordando a comparecer a um baile da alta sociedade de Londres para satisfazer a sua tia, que ainda não havia perdido a esperança de enc...