AMBERLY - A NOVA DUQUESA DE SOMERSHAM

Capítulo XXXII

Maratona Final 2/4

Dentro do quarto Anne andava de um lado para o outro com o rosto cheio de preocupação. As contrações ficavam cada vez mais fortes e Amberly parecia ainda mais fraca. Ela supôs que era por causa do cansaço por ter caminhado por todo aquele trajeto percorrido naquela noite e por todo esforço que Amberly fazia para trazer aquele bebê ao mundo.

- "O bebê está quase saindo... Quando voltar a sentir dor, você precisa empurrar... Conseguimos colocá- lo na posição certa." - o médico dizia enquanto Anne se colocava ao lado de Amberly.

Depois de Amberly empurrar com toda pouco forças que lhe restavam, ela ouviu o forte choro do seu bebê.

- "É um menino!" - a parteira gritou. - "Duquesa, você teve um lindo menino!"

Amberly virou a cabeça para olhar na direção onde escutava o choro do seu filho, encontrando com aquele pequeno embrulho nas mãos daquela mulher. Brevemente, ela viu um pequeno corpinho vermelho, uma cabeça. Ela tinha um filho...Um filho de Alexander. Seu herdeiro.

De repente, as vistas de Amberly ficou embaçada, até que seus olhos se fecharam.

(...)

- "Amberly você teve um lindo menino!" - Anne disse sorridente, mas ela não recebeu nenhuma resposta. Fazendo com que todos naquele quarto olhassem na direção de Amberly, a vendo desacordada, isso era o que todos temiam.

- "Meu Deus, não agora. Não podemos perdê-la agora!" - disse o médico preocupado ao ver o semblante pálido da duquesa.

A parteira entregou o bebê para Anne, enquanto tentava ajudar aquele médico mais uma vez.

- "Há muito sangue... A duquesa está tendo uma hemorragia." - disse a parteira.

O sangue não queria parar, os lençóis estavam cheios dele, tingidos por um tom vermelho vivo, enquanto Amberly se encontrava entre a vida e a morte.

(...)

Quando Alexander soube do que aconteceu, ele sentiu a vida escapando de suas mãos. Lembrando-se a si mesmo de que a culpa também havia sido dele. Ele havia buscado aquele herdeiro, sem realmente amar sua esposa. E agora ela começava a pagar por isso. Ele já tinha seu legítimo herdeiro... E com isso, ele estava perdendo a mulher que havia começado a amar. E a qual ele havia mantido afastada de si mesmo.

Ele se odiava. Se odiava ainda mais ao dizer a si mesmo que esse desejo egoísta poderia custar a vida de que agora ele amava. Sim, ele a amava e por sentir isso por ela, ele havia fugido de sua presença tantas vezes. Que idiota havia sido! Sua mente nublou, ele deixou de ter pensamentos conscientes, e começou a vida ser guiado só pelo medo e o terror que percorria todo o seu ser.

- "Isso é sua culpa..." - sua irmã o acusou ao mesmo tempo que entregava aquela carta de Amberly que havia encontrado no escritório de Alexander. - "Ela havia te deixado isso... Espero que agora você se sinta feliz! Você já tem o que queria."

Alexander engoliu em seco. Ele se sentia completamente incompetente. Por isso ele fechou os olhos e pediu a Deus que escutasse as suas súplicas. Aquela que estavam bem no fundo do seu coração. Pedia pela saúde de Amberly. Por sua vida... Por ela, muito mais que antes, ao ler aquela carta que fez ele se sentir um miserável.

- "Amberly!" - Alexander murmurou e depois soltou um grito de desespero. - "AMBERLY!"

Uma mão segurou o seu pulso com força para evitar que ele subisse as escadas para ir até o quarto onde sua esposa lutava pela vida.

- "Não conseguirá nada indo até lá... Deixe que o médico faça seu trabalho. Ela vai ficar bem..." - sua mãe disse fazendo ele reagir. Embora ela também esteja preocupada, ela precisava manter a calma.

Alexander não podia tolerar aquele medo asfixiante. A culpa queimava sua alma. Sua cegueira por não querer ver a verdade que sempre esteve diante dele, e por medo nunca quis ver, agora estava entre a vida e a morte a mulher que havia o ensinado a amar de novo. E quem havia ferido por sua atitude egoísta .

Logo ele se viu nos braços de sua mãe completamente desesperado. Engolindo em seco por causa daqueles pensamentos que eram como punhais em sua vida e que feriam no mais profundo do seu ser.

Ele se pôs de joelhos e orou. Pediu a Deus para que tivesse piedade. Não para pedir o seu perdão, mas por Amberly.

A babá de Stephanie teve que deter a menina no meio do caminho, ao perceber que a menina havia se dado conta de que havia algo de errado com Amberly. Ela chorava gritando pedindo para vê- la. Ela queria estar com sua mãe. E aquilo fez com que Alexander se sentisse ainda mais desesperado.

- "Mamãe!... Mamãe!... Quero ver minha mamãe!... Mamãe não me deixe!... Quero ver minha mamãe!... Mamãe!... Mamãe!"