AMBERLY - A NOVA DUQUESA DE SOMERSHAM

Capítulo XVII

Os dias se passaram e logo o dia da primeiro baile organizado por Amberly havia como uma Duquesa. Tudo ficou pronto a tempo, Amberly havia dado conta daquele primeiro baile, é claro, ela teve ajuda da sua sogra e de sua cunhada, mas ela estava satisfeito do resultado. Amberly havia conseguido convidar as famílias mais seletas da sociedade inglesa, sem ofender ninguém. Algo que lhe fazia se sentir orgulhosa de si mesma, assim como Alexander também estava. Ela cumpria cada uma de suas expectativas a perfeição.

Essa noite, o salão de baile daquela propriedade estava ornamentado com flores de todas as cores e com alguns toques de verde. Os candelabros reluziam sob as luzes de suas velas e todo o salão parecia brilhar em todo seu esplendor com os movimentos circulares dos casais que dançavam.

Anne nessa ocasião estava usando um vestido num tom rosé com detalhes de renda na parte do busto, o vestido tinha um pequeno decote, claro tudo na medida, sem ser vulgar, ela estava usando um lindo conjunto de colar brinco e colar de pérolas. Ela estava absolutamente linda.

- "Boa noite, senhorita Anne..." - Lorde Wetherby havia dito ao se aproximar dela ao se sentir ignorado por sua pessoa conforme a noite foi passando. Só então teve coragem de interromper os seus pensamentos, ao vê- la sozinha no canto daquele salão de baile. - "O que faz aqui sozinha?"

- "Talvez esteja procurando um momento de privacidade..." - ela expressou secamente, sabendo que se demonstrasse um pouco de alegria por vê- lo, ele a ignoraria e se afastaria.

- "Estive observando que muitos cavalheiros estavam pretendendo chamar sua atenção."

- "Certamente sim..."

- "Você está buscando um pretendente em meio a todos eles?"

- "Se tiver alguém digno pra mim, não vejo porque não. Você não acha?"

- "Quer saber minha opinião?"

- "Na verdade não... Te conheço desde que era uma menina, então acho que sei qual será sua resposta." - Anne disse fingindo desinteresse.

Andrew continuava olhando para ela extremamente assombrado.

<<Que demônios acontecia com comigo?>> - ele se perguntava olhando para ela.

Ele estava sentindo uma pontada em seu peito como se diante dos seus olhos se abrisse uma verdade que ele mesmo havia se negado observar. Ela era uma mulher. Ela já não era mais aquela menina que ele se lembrava no passado. E ele não se importava de que ela fosse a irmã de seu melhor amigo... O que mais ele podia fazer?... Não podia continuar fingindo que não importava para ele que vários cavalheiros esteja olhando para ela.

Não... Ele havia visto ela primeiro.

- "Bom...?"

- "Bom o que, Andrew?"

- "Você vai continuar me tratando tão friamente?... Nem sequer sou merecedor de uma dança com você? Ou você já prometeu todas elas?"

- "E o que isso te importa, Andrew? Por Deus... não sou a única dama por aqui!"

- "Talvez você seja a única quem me interessa essa noite..."

Ele havia dito isso? - ele se perguntava ainda surpreendido.

Anne pela primeira vez não soube o que dizer. Na verdade, aquilo também havia a surpreendido.

- "Não me faça rir, Andrew..." - Anne disse fingindo desinteresse, mostrando o quão forte ela era, tentando se mostrar indiferente, algo diferente do que aquelas palavras a fazia se sentir.

- "Por que? Por acaso você esta feliz por ser o centro das atenções de todos esses cavalheiros presentes?"

- "Sim, eu estou feliz..." - disse tentando fingir felicidade.

O olhar que Anne lhe mostrou era de segurança, apesar dela estar mentindo. Podia lembrar daquele gesto que fazia quando era uma menina, quando ela não dizia a verdade. Como é possível que jamais tivesse o esquecido?

De repente Anne lhe deu as costas com a intenção de se afastar dali. Mas só foi tentar se mover que ela deu um passo em falso e só não caiu no chão porque Andrew havia a segurando bem a tempo.

- "Anne..." - disse a segurando fazendo o possível para que seus rostos estivessem mais próximos. Seus olhos se encontraram, fazendo Andrew admitir com mais força que sim, estava com ciúmes quando outros homens se aproximava dela. - "Você está bem?"

- "Sem... Obrigada."

Mas era algo que chocava com seus ideias.
E lhe doeu ver o seu jeito de olhar.

A prudência escapou dos pensamentos de Anne, pretendia lhe dar uma lição sem que ela imaginar que talvez poderia ir contra ela.

Quem era o gato? Quem era o rato? Quem casaria com quem?

Os olhos de Andrew a olhava dos pés a cabeça enquanto ela se afastava dele, enquanto aquela pergunta torturava o seu ser. Era como se de repente diante a sua pessoa, tivesse se apresentado uma mulher que ainda não havia visto nela. Ele ainda não podia assimilar isso nos seus pensamentos.